Diabetes Tipo 2: Além do Açúcar – Fatores e Causas
Muitas pessoas com diabetes tipo 2 expressam confusão, afirmando: “eu mal consumo açúcar, por que tenho diabetes?”
Será que o açúcar é o único culpado ou o fator predominante? Vamos explorar essa questão a partir de uma perspectiva mais aprofundada.
O diabetes tipo 2 é o aumento dos níveis de glicose no sangue, normalmente manifestando-se após os 40 anos de idade. Sua origem está intimamente ligada ao que denominamos de resistência à insulina. Diversos fatores contribuem para esse aumento na resistência, mas dois deles merecem destaque: predisposição genética e acúmulo de gordura abdominal.
O que é o diabetes tipo 2?
Esse tipo de diabetes é uma condição complexa, mas aqui tentaremos simplificar o aspecto central de sua origem. Inicialmente, é importante lembrar que a insulina desempenha um papel fundamental ao facilitar a entrada da glicose nas células.
Pode-se imaginar a glicose como alguém necessitando entrar em uma casa, as células do corpo como a casa e a insulina como a chave para abrir a porta.
No diabetes tipo 2, que se desenvolve gradualmente, surge uma resistência à ação da insulina, que equivale à dificuldade da chave (a insulina) em girar a fechadura e abrir a porta.
A medida que a resistência à insulina se agrava, o pâncreas, responsável pela produção de insulina, passa a secretar maiores quantidades desse hormônio para superar a resistência e manter algum controle sobre os níveis de glicose no sangue.
Entretanto, esse excesso de produção ao longo dos anos desgasta progressivamente as células produtoras de insulina no pâncreas. Quando o diagnóstico de diabetes tipo 2 é estabelecido, o indivíduo já perdeu de 50% a 70% de suas células produtoras de insulina.
Insuficiência na produção de insulina
O cerne do diabetes tipo 2 envolve essa combinação de resistência à insulina com a insuficiência na produção de insulina. Mas de onde vem essa resistência inicial? Diversos fatores podem desempenhar um papel, porém, os mais cruciais são a predisposição genética e o acúmulo de gordura abdominal.
Se há histórico de diabetes na família, especialmente em pais e irmãos, existe uma predisposição genética. Se um dos pais é afetado, o risco é de 14%, mas quando ambos os pais têm diabetes, esse risco salta para 50%.
Gordura abdominal no diabetes tipo 2
Quanto ao acúmulo de gordura abdominal, sedentários com maus hábitos alimentares, por alto consumo calórico que leva ao acúmulo de gordura abdominal, podem desenvolver esta doença.
Essa gordura abdominal, em particular a visceral, situada entre órgãos como o fígado e as alças do intestino, produz substâncias inflamatórias que contribuem significativamente para a resistência à insulina.
Por conseguinte, mesmo que uma pessoa evite o consumo de açúcar, o fator preponderante para esta doença é a gordura abdominal, em particular a gordura visceral, e não a ingestão de açúcar.
No entanto, é relevante observar que aqueles que consomem grande quantidade de açúcar tendem a ganhar peso e, consequentemente, desenvolver gordura abdominal, aumentando a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.
Além disso, é importante reconhecer que outras variáveis estão associadas a um risco maior desta doença tipo 2, tais como histórico familiar da doença, idade acima de 45 anos, sobrepeso, pressão alta, origem oriental, ser mulher que deu à luz a um filho com mais de 4,5 kg ou teve diabetes gestacional durante a gravidez e ter a Síndrome do Ovário Policístico.
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