Alcoolismo: sinais de dependência e abstinência

O alcoolismo e o consumo de bebida alcóolica é uma realidade para mais da metade dos brasileiros – 55% de acordo com o Datafolha – e neste artigo você vai saber quais os riscos que a dependência à bebida pode trazer para sua vida.

O álcool sempre acompanhou a humanidade estando presente em rituais religiosos, na gastronomia e nos momentos de festa e confraternização. Por outro lado, também estimula a agressividade, aumenta o número de acidentes e causa muitos problemas de que vamos falar aqui.

A maioria das pessoas que bebe, faz isso de forma moderada e não é considerada dependente, por isso, ainda existe uma grande dificuldade de se perceber quando o uso de álcool passa a ser considerado um problema de saúde, uma doença, que nós chamamos de alcoolismo, dependência do álcool ou, mais recentemente, de transtorno por uso de álcool.

É importante saber que o diagnóstico de alcoolismo não tem relação com o tipo e a quantidade de bebida ingerida, mas sim com a presença de 2 características : prejuízos relacionados ao álcool e a dificuldade em controlar o consumo.

Sinais e sintomas da dependência do álcool

  • Falta de controle sobre o consumo, que significa beber mais e gastar mais tempo do que gostaria bebendo ou se recuperando dos efeitos;
  • Desejo intenso ou urgência em consumir álcool que nós chamamos de “fissura”;
  • “Tolerância”, que significa precisar de quantidades cada vez maiores de álcool para obter o mesmo efeito;
  • Síndrome de abstinência: que é uma série de sintomas que acontecem quando a pessoa diminui o consumo ou para de beber;
  • Ter vários prejuízos ou problemas relacionados ao uso de álcool, pensar muitas vezes em parar de beber, mas mesmo assim não conseguir.

Não ignore os sinais

  • O álcool está atrapalhando as obrigações no trabalho, na escola ou em casa?
  • Tem problemas sociais e de relacionamento, como brigas, separação e afastamento de amigos?
  • Está deixando de fazer ou diminuindo muito outras atividades sociais e de lazer que não estejam relacionadas à bebida?
  • Tem se colocado em situações de risco físico como dirigir alcoolizado?
  • Tem tido problemas de saúde relacionados ao uso de álcool?

Sinais de alarme para alcoolismo

Quando um dependente de álcool diminui ou para de beber, ele desenvolve sintomas de abstinência que são: tremores, náuseas, vômitos, diarreia, suor excessivo, ansiedade, irritação, insônia. Esses sintomas podem ser tratados com medicação em casa.

Porém os dependentes graves, com longa história de uso, podem ter uma síndrome de abstinência mais grave que chamamos de abstinência complicada com delirium tremens. Os sintomas são: confusão mental, alucinações (a pessoa vê bichos, insetos ou vultos onde não existem essas coisas) e tremores marcantes. Também costuma haver delírios (como ideias de perseguição ou de que tem alguém tentando lhe matar), agitação, insônia ou trocar o dia pela noite.

Na abstinência dos pacientes mais graves também podem ocorrer convulsões e boa parte deles evolui para o delirium tremens. Este é um quadro muito grave e pode levar até à morte, por isso deve ser tratado no pronto-socorro.

Acho que ficou claro aqui que o alcoolismo é uma doença e tem consequências clínicas e sociais sérias.
Mesmo assim, as pessoas tem muita dificuldade em reconhecer o problema principalmente nas fases iniciais. Por vários motivos, o dependente de álcool tende a negar o diagnóstico, ou seja, não aceita que tenha um problema e nem que precise de tratamento. Isso é comum e faz parte do quadro.

Como ajudar um alcoólatra?

  • Não é uma tarefa fácil, mas as melhores ferramentas ainda são:
  • Conhecimento para se entender o problema e a gravidade da doença;
  • Sensibilidade para adotar uma postura que não deve ser nem de acusação e julgamento, mas também não pode ser conivente ou fingir que não existe um problema;
  • Atitude para buscar ajuda e tratamento com profissionais especializados, mesmo que o paciente ainda não aceite, você pode e deve buscar aconselhamento familiar;
  • O processo de reabilitação é difícil e pode haver recaídas, mas com o tratamento as chances de sucesso são muito maiores;

Ao identificar o problemas de alcoolismo, procure um psicólogo ou um médico psiquiatra.

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