Depressão em jovens: quais os sintomas? Quando procurar ajuda?
A depressão em jovens vai além de uma simples tristeza. Atualmente, esse tema é discutido em escolas, faculdades e ambientes de trabalho devido ao seu aumento de frequência e impacto intenso que pode causar. Mas afinal, qual a diferença entre tristeza, falta de vontade e depressão?
Primeiramente, é preciso saber que o jovem é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pessoas entre 15 e 24 anos, que estão em transição entre a adolescência e a idade adulta. O objetivo deste texto informativo é abordar esse grupo etário.
Tristeza e depressão: quais são as diferenças?
A tristeza é uma emoção normal e universal, geralmente desencadeada por frustrações e perdas na rotina. Quando alguém está triste, pode se tornar apático, quieto, com menos vontade de realizar suas tarefas e menos prazer nas atividades do dia a dia. É importante destacar que essa condição é transitória e pode durar de minutos a horas, ou até mesmo alguns dias, dependendo do que aconteceu.
Apesar de ser desconfortável, é importante entender que quando se está triste, não se deve evitar ou esconder esse sentimento. Pelo contrário, é um sinal para refletir sobre a realidade, aceitá-la e ajustar expectativas e planos conforme necessário.
Isso significa que quando alguém experimenta tristeza devido a um desempenho ruim em uma prova ou a uma briga com alguém importante, é fundamental tolerar esse sentimento e usá-lo como uma oportunidade de reflexão. A partir disso, pode-se aceitar as próprias limitações e da realidade vivida, enquanto se pensa em mudanças para melhorar o desenvolvimento e a vida.
Sinais de alerta para depressão
A tristeza, irritabilidade, falta de vontade ou apatia são sinais de tristeza, mas também podem indicar depressão. Fique atento às orientações abaixo:
Se a tristeza ou falta de interesse persistirem por mais de duas semanas, na maioria dos dias, a ponto de prejudicar a rotina, é um sinal de alerta. Saiba que é comum o jovem ter alteração de humor que gera irritabilidade e, necessariamente, isso não indica tristeza, mas é um sinal de alerta.
- Caso ocorra mudança do padrão de sono com insônia ou hipersonia (sono excessivo, inclusive, durante o dia);
- Se houver mudança do padrão alimentar, com perda de apetite e peso, ou excesso alimentar;
- Ocorrer mudança da atividade motora, com agitação ou lentificação observada pelas pessoas, ou ainda aumento do cansaço e falta de energia;
- Ocorrer a mudança do jeito de pensar, com um padrão de pensamentos negativos, como culpa excessiva, pessimismo ou ideais ruins sobre si mesmo, como críticas repetidas sobre o corpo, a capacidade e inteligência ou o valor que a pessoa tem para os outros.;
- Presença de pensamentos ou comportamentos que indicam falta de vontade de viver, de forma mais passiva, como uma ideia de ter uma doença ou sofrer um acidente ou simplesmente dormir para sempre, até mais ativa, como a ideação suicida. Nesses casos, procure um médico de saúde mental;
Alertas de comportamentos
Além desses sinais, também são classificados como alertas comportamentos como tristeza ou irritabilidade associada à falta de concentração, comportamentos de se cortar, se machucar ou ainda queixa de dores recorrentes, como dor de cabeça, dor nas costas ou de estômago.
Ao notar um ou mais destes sinais de alerta, procure ajuda de um profissional de saúde mental, como psicólogo ou psiquiatra para uma avaliação. É importante saber que se a depressão for reconhecida precocemente, ela pode ser cuidada de forma mais fácil, inclusive sem medicamentos, por meio de terapia de apoio, atividade física e mudança de hábitos.
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