Calvície: saiba sobre queda de cabelo

A alopecia androgenética, ou calvície, é uma das causas comuns de queda de cabelo. Ela pode ocorrer em mulheres, mas é muito frequente entre os homens: a estimativa é que 85% dos homens apresentem algum grau de calvície ao longo da vida, enquanto 50% das mulheres poderá ter algum grau de calvície após a menopausa. Por isso, é importante saber mais sobre a calvície e conhecer as principais informações sobre o tema:

A calvície é genética ou hereditária?

Se o pai ou a mãe têm histórico familiar de calvície, há 50% de chance de herança genética. Se houver histórico familiar de calvície dos dois lados, há 85% de chance de herança genética. A expressividade, ou seja, a chance de ela aparecer, é variável e às vezes pode até “pular” gerações.

O que acontece na calvície?

Os fios de cabelo vão ficando mais finos a cada novo ciclo de crescimento, até que atrofiam e não crescem mais. Esse processo acontece de maneira lenta e gradual. O padrão de calvície depende da herança: pode haver perda na coroa, nas entradas, ou perda de densidade em todo o topo da cabeça.

Quais os sinais de alerta para calvície?

Entre os sinais estão:

  • Ver o couro cabeludo por transparência;
  • Perda de densidade;
  • Cabelos mais finos;
  • Queimar o couro cabeludo após exposição solar;
  • Ver o couro cabeludo quando o cabelo está molhado;
  • Aumentar o número de voltas no elástico ao amarrar o cabelo;
  • Aumento do tamanho da testa e redemoinhos mais visíveis na coroa.

Ao notar esses sinais, é importante buscar tratamento.

Se seu coro cabeludo queima durante a exposição ao sol, é um sinal que pode estar com calvície.

Como é o diagnóstico da calvície?

O diagnóstico da calvície é clínico, não sendo necessário solicitar exames bioquímicos e de sangue. Esses exames são pedidos para descartar outras causas de queda de cabelo. Com o exame dermatoscópico, a tricoscopia do couro cabeludo é realizada através de uma lupa de contato, permitindo avaliar a diferença entre a parte de trás, que tem um cabelo normal, e a região acometida pela calvície, onde os fios são mais finos e miniaturizados.

Existem critérios específicos para o diagnóstico, e mesmo uma pequena diferença entre as áreas pode iniciar o diagnóstico de calvície.

Não há necessidades de exames bioquímicos e de sangue para o diagnóstico de calvície.

Como é o tratamento da calvície?

Não há tratamento preventivo, mas é fundamental iniciar um tratamento precoce, ou seja, nos primeiros sinais da calvície. O objetivo é evitar a progressão, manter o que a pessoa tem e, se possível, melhorar um pouco. Com o tratamento, é possível diminuir em até 80% a velocidade de progressão da calvície. Nos pacientes mais jovens, principalmente nos primeiros anos de tratamento, pode haver melhora em algumas áreas, especialmente na coroa.

O tratamento pode incluir medicamentos como a finasterida, loções para o couro cabeludo como o Minoxidil, e tratar causas associadas como dermatite seborreica ou caspa. Nos casos de perda capilar avançada, pode ser realizado o transplante capilar, um procedimento cirúrgico para colocar cabelo nas áreas afetadas. Atualmente, os resultados são naturais e com boa densidade, aumentando a popularidade dessa cirurgia ano após ano. Fazer o transplante capilar não dispensa o tratamento clínico para as áreas ao redor, evitando a necessidade de uma nova cirurgia.

Técnicas para transplante capilar

Existem duas técnicas para o transplante capilar: FUE e FUT. Na técnica FUE, os fios são retirados um a um. Na técnica FUT, é retirado um fuso do couro cabeludo, que é suturado antes de os fios serem separados um a um. Em ambas as técnicas, os fios são colocados um a um no ângulo correto e com a maior densidade possível na área receptora.

É importante ressaltar que o diagnóstico e tratamento devem ser individualizados. Não é recomendado tomar o remédio da vizinha ou seguir o tratamento do guru da internet. Se notar sintomas de calvície, procure um dermatologista especialista em cabelo.

Veja o vídeo com a explicação da especialista: