Varíola dos macacos
A varíola dos macacos, ou monkeypox, é uma doença causada por um vírus comum na África e com casos esporádicos em outros países. Porém, em 2022, houve um número crescente de casos na Europa e outros continentes.
Saiba que a varíola dos macacos é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida, principalmente, de animais para humanos. Ela foi detectada primeiro nos macacos, por isso, o nome “varíola dos macacos”, mas é comum acometer vários animais, incluindo esquilos e ratos.
Sintomas da varíola dos macacos
A varíola dos macacos apresenta sintomas semelhantes a varíola humana, erradicada após a vacinação em massa mundial, só que mais leves. Os sintomas da varíola dos macacos geralmente incluem:
- Febre;
- Dor de cabeça intensa;
- Dores musculares;
- Dor nas costas;
- Fraqueza;
- Gânglios linfáticos inchados;
- Lesões na pele.
Essas lesões podem ser planas ou ligeiramente elevadas, preenchidas com líquido amarelado e podem abrir feridas ou formar crostas. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares. Podem se espalhar por todo o corpo, incluindo rosto, tronco, membros, palmas das mãos e solas dos pés, além de genitais.
Essas lesões podem ser confundidas com outras doenças, como catapora, sífilis ou herpes.
Os sintomas, geralmente, duram entre duas e quatro semanas e desaparecem por conta própria, sem tratamento. Em alguns indivíduos, os sintomas podem levar a complicações médicas e, raramente, à morte. Pessoas com deficiências na imunidade e crianças podem estar sob risco de sintomas mais graves.
Transmissão da varíola dos macacos
A varíola dos macacos pode ser transmitida de animais para humanos, via contato direto ou indireto, pode ocorrer através de arranhões ou mordidas e também através da ingestão de carne de um animal contaminado.
Além disso, a varíola dos macacos pode ser transmitida de um humano para o outro e aparentemente é essa forma de transmissão que levou ao aumento dos casos vistos em 2022. As pessoas com varíola dos macacos são infecciosas enquanto apresentarem sintomas.
No entanto, saiba que é possível pegar varíola dos macacos através do contato físico próximo a alguém que tenha sintomas. As lesões de pele, suas secreções e crostas são particularmente infecciosas. Roupas, roupas de cama, toalhas ou objetos como talheres, pratos e copos que tenham sido contaminados com o vírus de uma pessoa infectada também podem infectar outras.
As lesões ou feridas na boca podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva. A varíola dos macacos também pode se espalhar através de contato pele a pele durante o sexo, beijos, toques, sexo oral e penetração com alguém que apresente sintomas. Saiba que o risco de infecção também ocorre em pessoas que interagem de perto com alguém doente, incluindo profissionais de saúde, membros da família e parceiros sexuais.
Esse surto tem afetado especialmente homens que fazem sexo com homens, que relataram relações sexuais recentes com novos ou múltiplos parceiros, mas é importante ressaltar que o risco não se limita a homens que fazem sexo com homens e qualquer estigma deve ser combatido.
Como evitar a contaminação pela varíola dos macacos?
Para evitar o contágio, evite o contato próximo, incluindo sexo com pessoas que apresentem suspeita de varíola dos macacos ou com a doença confirmada. Além disso, tome medidas de prevenção que são as mesmas para diversas doenças. Caso precise ter contato próximo com alguém que tenha sintomas, incentive-o a se isolar ou cobrir qualquer lesão de pele com um curativo leve ou roupas.
Se precisar ficar fisicamente próximo a uma pessoa doente, ambos devem usar máscaras cirúrgicas. Evite contato pele a pele e use luvas se precisar tocar em alguma lesão. As medidas de higiene de mãos frequentes e uso de preservativo nas relações sexuais também são válidas na prevenção da varíola dos macacos.
Suspeita de varíola dos macacos
Se suspeitar de varíola dos macacos ou apresentar os sintomas listados, procure um serviço de saúde para avaliar o quadro e coletar material para o diagnóstico. Neste caso, o diagnóstico é feito através de biópsia da lesão realizada por um médico.
Vale ressaltar que os macacos não são os responsáveis pelo aumento do número de casos em todo o mundo e, por isso, não faz nenhum sentido agredir esses animais.
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