Quando suspeitar que existe atraso no desenvolvimento?
Muitos pais e cuidadores de crianças ficam preocupados quando o assunto é atraso no desenvolvimento. No entanto, antes de saber quais são os sinais que podem indicar alguma alteração do desenvolvimento da criança é importante conhecer os marcos do desenvolvimento e o que se espera da criança. Isso é fundamental para identificar possíveis alterações e atrasos.
Somente após conhecer esses marcos e notar que algo não foi atingido ou desconfiar que há algo de errado na forma como a criança brinca, se movimenta, aprende, fala ou age, é recomendado conversar com o pediatra.
Investigação e intervenção precoce
É essencial saber que a investigação e a intervenção precoce de alterações do desenvolvimento podem ser determinantes para que a criança melhore suas habilidades e aprendizado.
Saiba que neste caso a intervenção precoce significa iniciar o quanto antes as terapias específicas para cada necessidade da criança, com o objetivo de melhorar o desempenho e as capacitações ao longo de toda sua vida. Diante disso, é possível que a criança que apresente alguma alteração do desenvolvimento necessite de acompanhamento com especialistas, como:
- Pediatras do desenvolvimento e comportamento;
- Neurologistas;
- Psiquiatras;
- Psicólogos;
- Fisioterapeuta;
- Fonoterapeuta;
- Terapeuta ocupacional.
Lembre-se de que cada criança deve ser encaminhada para o especialista que necessita, de acordo com as terapias e tratamentos que suas condições específicas exigem.
Quando suspeitar que existe atraso no desenvolvimento?
Para isso é importante conhecer alguns sinais importantes. Seguem as alterações do desenvolvimento de acordo com cada faixa etária até os 3 anos de idade:
Aos 2 meses:
- Não reage a sons altos e vozes;
- Não acompanha com o olhar objetos ou pessoas em movimento;
- Não sorri para pessoas;
- Não tenta levantar a cabeça quando deitado de bruços.
Aos 4 meses:
- Não sustenta a cabeça;
- Não vocaliza (ou seja, não faz barulhos com a boca);
- Não leva as mãos à boca.
Aos 6 meses:
- Não tenta pegar objetos que estão ao seu alcance;
- Não leva os objetos à boca;
- Não responde aos sons do ambiente;
- Não rola;
- Aparenta ter a musculatura mais flácida ou muito rígida;
- Não sorri quando interage com outras pessoas;
- Não mostra afeto pelos pais ou cuidadores.
Aos 9 meses:
- Não se sustenta em pé quando apoiado;
- Não senta sem apoio;
- Não balbucia sílabas (mamama, bababa, dadada);
- Não se reconhece pelo nome ou não reconhece familiares;
- Não olha para onde o cuidador aponta ou tenta trazer sua atenção;
- Não transfere brinquedos de uma mão para outra.
Aos 12 meses:
- Não se arrasta ou não engatinha;
- Não mostra interesse em brincadeiras de esconder;
- Não faz movimentos como “tchau” ou então “não” com a cabeça;
- Perde alguma habilidade que já tinha conquistado.
Aos 18 meses:
- Não anda;
- Não aponta para mostrar algo que deseja;
- Não copia os outros;
- Não sabe as funções dos objetos que lhe são familiares;
- Não fala pelo menos 6 palavras;
- Não aprende palavras novas;
- Não se importa ou não repara quando os pais ou o cuidador se afasta;
- Perde alguma habilidade que já tinha conquistado.
Aos 2 anos:
- Não associa duas palavras (ex: “me dá”, “esse não”);
- Não copia ações ou palavras;
- Não segue instruções simples (ex: “pegue os sapatos”);
- Não anda de forma equilibrada;
- Perde alguma habilidade que já tinha conquistado.
Aos 3 anos:
- Cai muito ou não consegue subir degraus;
- Baba muito ou tem uma linguagem difícil de ser compreendida;
- Não fala frases;
- Não entende instruções simples;
- Não fantasia nas brincadeiras (ex: finge cuidar da boneca, finge dirigir o carro);
- Não quer brincar com outras crianças ou brinquedos;
- Não faz contato com os olhos;
- Perde habilidades que já tinha conquistado.
É importante lembrar de que todas as crianças, inclusive aquelas que têm alguma condição específica de saúde, podem atingir o seu potencial de desenvolvimento quando inseridas em um ambiente afetuoso, saudável e com estímulos adequados para as suas necessidades individuais e crescimento.
Portanto, se a criança apresenta alguma alteração de desenvolvimento, o acompanhamento e as orientações com a equipe de saúde serão muito importantes para que ela adquira progressivamente novas habilidades, atingindo assim todo o seu potencial.
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Veja o vídeo com a explicação da especialista: