Depressão em idoso
A depressão em idoso é uma doença muito comum e a estimativa é que 15% da população idosa do Brasil, ou seja, um em cada sete, seja diagnosticada com depressão. No entanto, se alguns grupos com doenças clínicas forem considerados, esse número pode ser ainda maior.
É importante saber que a depressão em idosos pode se apresentar de forma diferente se comparado com os adultos jovens. Isso porque é mais difícil o idoso relatar tristeza, desânimo e falta de interesse, os sintomas mais conhecidos da depressão.
Sintomas de depressão em idosos
Saiba que no idoso é mais comum a depressão se manifestar através de outras queixas, dentre elas:
- Queixas somáticas: dores pelo corpo e alterações gastrointestinais, como dor de estômago, diarreia ou constipação;
- Alterações do sono, podendo ser falta ou excesso;
- Pensamentos fora da realidade, como se estivessem sendo perseguidos por alguém ou sendo roubados. Essa situação é chamada de “pensamentos persecutórios” ou mesmo autorreferentes, quando acham que outras pessoas estão falando dele;
- Problemas de memória: é comum terem falhas de memória leves e não sustentadas, que podem ser confundidas com quadros iniciais de demência, mas sem perda importante da funcionalidade, como acontece nas demências;
- Sentimento de que são pouco úteis, que a vida não tem mais sentido, podendo ocorrer pensamentos de morte ou suicídio.
Saiba que se o idoso ficar mais mal humorado ou reclamação podem ser sintomas de depressão em idosos, mas é importante avaliar se esse idoso já tinha essas características na personalidade quando era mais jovem. Isso significa que se o idoso já tinha essas características pode ser que tenha piorado por algumas restrições relacionadas a nova fase da vida. No entanto, se isso for novo e for associado a outros sintomas listados acima, deve ser avaliado no diagnóstico da doença.
Fatores associados à depressão em idosos
A depressão em idosos pode estar associada às doenças físicas, como hipotireoidismo, anemia e baixas doses de vitamina no sangue.
Ela pode acontecer após eventos graves de saúde, como as formas graves de Covid-19, AVC, infarto agudo do miocárdio e câncer. Saiba que essa associação com a depressão é três vezes mais comum em pacientes após o infarto, se comparado à população geral.
Além das doenças associadas, é importante saber relatar ao médico todas as medicações que o idoso utiliza diariamente, isso porque alguns remédios como corticoides, betabloqueadores e antiparkinsonianos podem desencadear ou piorar sintomas depressivos.
Quais as consequências da depressão no idoso?
A depressão em idosos causa sofrimento e piora a qualidade de vida, além de causar ou precipitar outras doenças clínicas. Se não tratada, aumenta em duas vezes o risco de infarto em pessoas diagnosticadas com doença coronariana, aumenta o risco para doença de Alzheimer e piora o prognóstico de pacientes em tratamento de câncer.
Prevenção e tratamento da depressão em idoso?
A depressão em idosos pode ser prevenida através do controle das doenças associadas à depressão, se alimentando e dormindo adequadamente, combatendo o isolamento, estimulando a participação em atividades sociais e fazendo atividade física com frequência. Nos casos indicados, a psicoterapia de apoio se faz necessária, além da presença da família e da rede de apoio que é fundamental para o bem estar emocional dos idosos.
O tratamento da depressão em idosos, na maioria das vezes, é a associação do tratamento medicamentoso com antidepressivos e a psicoterapia.
Lembre-se: prevenir é a melhor solução, por isso, se houver suspeita de depressão em idoso busque ajuda de um psiquiatra especializado em idosos.
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