Picada de cobra: medidas importantes a serem tomadas
A picada de cobra é uma situação preocupante e, em casos como esse, é essencial agir rapidamente. Ao planejar visitar uma região onde elas são encontradas, conheça as medidas adequadas que precisam ser tomadas.
Quando ocorrer uma picada de cobra, é fundamental buscar ajuda médica o mais rápido possível para receber o soro antiveneno imediatamente. Essa medida é crucial para reduzir as consequências da picada. Enquanto espera pela assistência médica, mantenha o membro afetado em repouso, se possível. É importante destacar que as pernas e os pés são as áreas mais frequentemente picadas, representando cerca de 70% dos casos. Caso esteja acompanhado, apoie-se em outras pessoas para chegar a um local de socorro, minimizando o apoio na perna picada.
Se houver a oportunidade, lave o local da picada com água e sabão, pois isso diminui as chances de infecção na região afetada. Feito isso, aguarde atendimento médico.
É crucial ressaltar que não se deve amarrar (fazer torniquete), cortar, chupar ou aplicar substâncias na área da picada. Essas práticas são ineficazes e aumentam o risco de infecção secundária, síndrome compartimental e necrose, podendo levar à perda parcial ou total do membro. Portanto, evite-as! O foco principal deve ser buscar atendimento hospitalar o mais rápido possível.
Picada de Cobra e Soro Antiveneno
No Brasil, aproximadamente 86% das picadas são causadas por cobras do grupo da jararaca. As cascavéis representam cerca de 10% dos casos, enquanto as surucucus e cobras corais são responsáveis por um número menor de ocorrências. É importante destacar que cada tipo de cobra requer um soro antiveneno específico. Isso nos leva a uma pergunta comum:
Vale a pena procurar a cobra para identificar sua espécie?
Se isso não representar riscos é válido procurar identificá-la, mesmo que seja apenas para tirar uma foto. Há um motivo importante para isso: se chegar ao hospital sem sintomas e não tiver a foto ou a cobra em mãos, a orientação médica será a internação por 24 horas, para observação. Isso ocorre porque, em alguns casos, a cobra pode injetar uma quantidade tão pequena de veneno que os sintomas e as alterações sanguíneas demoram a se manifestar.
Ao chegar no hospital sem sintomas, o médico não tem como determinar se foi uma serpente não venenosa cujos sintomas surgirão mais tarde. No entanto, é importante frisar que mostrar uma foto “similar” encontrada na internet não é suficiente. Mas, se não conseguir visualizar a cobra, se ela fugir ou se tiver receio de se expor a riscos, não se preocupe. Isso não impedirá o médico de escolher o soro adequado.
Sintomas de picada de cobra
Na maioria dos casos, os sintomas se tornam claros poucas horas após a picada. Felizmente, cada serpente brasileira provoca sintomas e alterações sanguíneas distintas umas das outras, o que auxilia no diagnóstico.
Por exemplo, a picada de jararaca e surucucu causa inflamação intensa no local. Por outro lado, a picada de cascavel e coral não apresenta muitas manifestações na área afetada, mas pode levar à fraqueza muscular em todo o corpo.
Ao chegar ao hospital, o médico saberá distinguir, com base em diversos fatores, qual cobra o picou, administrando o soro adequado e, se necessário, indicando outros tratamentos.
É importante ressaltar que é provável que seja necessário ficar internado por algum tempo para controlar possíveis complicações decorrentes da picada de cobra.
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