Crescimento infantil: quando se preocupar e como ajudar

O crescimento é um processo dinâmico e multifatorial — envolve genética, hormônios, saúde óssea, nutrição, sono e exercícios. Ele é um dos principais indicadores de saúde da criança.

Confira abaixo tudo o que você precisa saber:

Fatores que influenciam o crescimento

1- Genética

A altura dos pais influencia, mas não determina totalmente. Se os pais tiveram problemas de crescimento não tratados, o potencial genético do filho pode ser maior do que aparenta.

2- Hormônios

O principal é o hormônio do crescimento (GH), mas também participam hormônios da tireoide, sexuais (estrógeno, testosterona) e outros como as IGFs. O GH tem pico de produção à noite, durante o sono profundo.

3- Esqueleto

A placa de crescimento nos ossos garante o crescimento em altura. Doenças ósseas podem gerar crescimento desproporcional.

4- Fatores permissivos

Alimentação equilibrada, sono adequado (com dormir cedo) e exercícios físicos ajudam a criança a atingir seu potencial de crescimento.

Fases do crescimento

  • Intrauterina: maior crescimento, dependente da saúde materna.
  • Nascimento a 2 anos: crescimento rápido; GH começa a atuar.
  • 2 anos até puberdade: crescimento mais lento e constante.
  • Estirão puberal: meninas crescem cerca de 8–12 cm/ano; meninos, 10–14 cm/ano.

Quando desconfiar de problemas?

  • Queda persistente nas curvas de crescimento;
  • Ficar muito atrás dos colegas;
  • Baixa estatura (abaixo de -2 desvios padrão para idade/sexo);
  • Atraso na puberdade (sem mamas até 13 anos ou sem aumento testicular até 14 anos);
  • Velocidade de crescimento abaixo do esperado para a idade;
  • Sinais como pele/cabelos finos, atraso dentário, musculatura pouco desenvolvida, desproporção corporal, pescoço largo.

Como calcular a altura-alvo familiar?

  • Meninos: (altura do pai + altura da mãe + 13) ÷ 2
  • Meninas: (altura do pai + altura da mãe − 13) ÷ 2
  • Variação média: ± 5 cm.

O que fazer para ajudar?

  • Garantir alimentação saudável (legumes, verduras, frutas, proteínas, carboidratos);
  • Promover atividade física regular (1h/dia, 5x/semana);
  • Respeitar as horas de sono adequadas à idade;
  • Consultas regulares ao pediatra.

Importante!

Nem toda baixa estatura precisa de hormônio. Muitas vezes, tratar doenças associadas (anemias, parasitoses, problemas gastrointestinais, cardíacos ou respiratórios) resolve o problema.

Fique atento se a criança demora muito para trocar de roupa/sapato, isso pode ser um sinal. Após o fechamento das cartilagens de crescimento, não há mais possibilidade de ganhar altura.

Se você suspeita de algo, procure um pediatra ou endocrinologista pediátrico.

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Veja o vídeo com a explicação da especialista: