Miocardite: o que é, sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

A miocardite é uma inflamação no músculo do coração que tem sido cada vez mais discutida, especialmente após a pandemia da COVID-19. Essa condição pode provocar dor no peito, arritmias e, em casos mais graves, até risco de morte. Entender os sintomas e saber quando procurar ajuda médica pode ser essencial para evitar complicações.

O que é a miocardite?

Miocardite é a inflamação do miocárdio, o músculo responsável por bombear o sangue oxigenado para todo o corpo. Esse trabalho é fundamental para garantir a nutrição dos órgãos e tecidos. Quando esse músculo é afetado, todo o funcionamento do sistema cardiovascular pode ser comprometido.

Quais são os sintomas de miocardite?

O sintoma mais comum da miocardite é a dor no peito. Em alguns casos, pode haver febre. Em situações mais graves, a inflamação pode causar arritmias cardíacas, falta de ar, inchaço nas pernas e, em casos raros, levar à morte súbita.

O que pode causar miocardite?

A causa mais frequente da miocardite são infecções, especialmente virais. Entre os principais agentes infecciosos estão os enterovírus e, mais recentemente, o coronavírus (COVID-19). A miocardite também pode surgir como complicação de doenças como gripe, febre reumática e doença de Chagas.

Além das infecções, doenças autoimunes podem desencadear a inflamação, quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo.

Diagnóstico e tratamento de miocardite

O diagnóstico depende da combinação de sintomas, exame físico (com ausculta cardíaca para detectar sopros ou arritmias) e da avaliação da história clínica do paciente. Para confirmar a condição, o médico pode solicitar exames laboratoriais e eletrocardiograma.

Outros exames de imagem, como ecocardiograma, ressonância magnética e cintilografia, também são importantes para avaliar a forma e o funcionamento do coração.

O objetivo do tratamento é reduzir a inflamação, aliviar os sintomas e tratar os possíveis danos à função cardíaca. Anti-inflamatórios podem ser utilizados para controlar o processo inflamatório e melhorar a dor no peito. Quando há comprometimento do funcionamento do coração, o tratamento segue os mesmos princípios da insuficiência cardíaca.

Miocardite e COVID-19: o que dizem os estudos

Com o avanço da vacinação contra a COVID-19, aumentou a preocupação com casos de miocardite como possível efeito adverso. No entanto, os dados mostram que a chance de desenvolver miocardite pela COVID-19 é 60 vezes maior do que pela vacina.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 75% dos casos relacionados à vacina ocorreram em homens, com idade média de 30 anos após a primeira dose e 24 anos após a segunda. Em crianças, os casos foram extremamente raros e, na maioria, leves. Dessa forma, os benefícios da vacinação superam em muito os riscos.

Como prevenir a miocardite?

Para reduzir os riscos, recomenda-se adotar medidas simples no dia a dia: dormir bem, manter uma alimentação saudável, evitar o uso exagerado de medicamentos como antibióticos, antiparasitários e antifúngicos, e realizar consultas médicas regularmente.

Caso apareçam sintomas como dor no peito, falta de ar ou inchaço nas pernas, a orientação é procurar atendimento médico o quanto antes, preferencialmente com um cardiologista.

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