Ansiedade em Jovens: Quando Suspeitar?

A ansiedade em jovens é um tema amplamente discutido nas escolas, faculdades e locais de trabalho. Esse assunto ganhou ainda mais relevância após a pandemia. Mas como identificar a diferença entre ansiedade normal e um transtorno de ansiedade?

Neste texto, abordaremos a ansiedade em jovens, definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pessoas entre 15 e 24 anos, que estão na transição entre a adolescência e a idade adulta.

O que é Ansiedade?

A ansiedade é uma reação emocional normal presente em todas as pessoas, desencadeada por situações que representam uma ameaça ou perigo futuro, próximo ou distante. Essa apreensão pode ser percebida no corpo (como aperto no peito, respiração mais rápida, nó na garganta ou dor de barriga, por exemplo) e nos pensamentos, que ficam mais rápidos e geralmente causam preocupações sobre o futuro, ou seja, situações que podem dar errado.

A ansiedade é uma reação normal a ameaças futuras, manifestando-se como aperto no peito, respiração rápida, nó na garganta e pensamentos acelerados focados em preocupações.

A ansiedade é adaptativa e pode ser benéfica na medida em que ajuda a pessoa a se preparar para resolver problemas da vida, melhorando estratégias de enfrentamento ou evitando situações problemáticas. Por exemplo, se alguém está ansioso para uma apresentação ou um jogo esportivo, essa pessoa pode aumentar o treinamento para garantir o sucesso, procurar apoio para enfrentar as dificuldades ou decidir adiar ou evitar o enfrentamento.

Quando a Ansiedade é um Problema?

Existem alguns sinais que indicam quando a ansiedade pode ser um transtorno e quando a pessoa precisa de ajuda psicológica ou psiquiátrica:

Duração Prolongada: Se a ansiedade dura por meses e está associada a um constante estado de tensão e preocupações, como inquietação, cansaço, falta de concentração, irritabilidade, tensão muscular ou alteração de sono, pode ser um caso de transtorno de ansiedade generalizada. Esse estado constante de ansiedade pode atrapalhar muitos jovens.

Crises Intensas de Medo: Se a ansiedade se manifesta em crises intensas de medo ou pânico com alterações físicas rápidas e intensas (como tontura, nó na garganta, coração acelerado, falta de ar, dor no peito, enjoo ou dor de barriga, tremores, sudorese, formigamento ou pensamentos como “vou morrer”, “vou perder o controle” ou “vou enlouquecer”), isso pode indicar crises de pânico. Se a pessoa começa a evitar lugares e situações com medo de ter essas crises, pode estar enfrentando um transtorno de pânico.

Crises intensas de medo com sintomas físicos rápidos (tontura, coração acelerado, falta de ar, dor no peito, enjoo, tremores, sudorese, formigamento) e pensamentos como “vou morrer” ou “vou enlouquecer” podem indicar crises de pânico.

Medo de Julgamento Social: Se a ansiedade é severa e dura meses, associada ao medo de julgamento negativo dos outros, medo de ser excluído ou ridicularizado, e esse medo faz a pessoa evitar falar com os outros, escrever em grupos de redes sociais, fazer apresentações ou conversas em grupo, comer na frente dos outros ou até ir ao banheiro fora de casa por vergonha, isso pode ser um indicativo de ansiedade social.

O que fazer?

Se a ansiedade parece ser patológica, é recomendável procurar um psicólogo ou psiquiatra para discutir os sintomas e obter ajuda específica. A intervenção profissional pode incluir terapias e, em alguns casos, o uso de medicações. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para ajudar os jovens a lidar com a ansiedade e melhorar sua qualidade de vida.

É importante que pais, educadores e os próprios jovens estejam atentos aos sinais de ansiedade. Entender a diferença entre uma ansiedade normal e um transtorno de ansiedade pode fazer uma grande diferença no tratamento e no bem-estar dos jovens. Procurar ajuda profissional é um passo crucial para garantir que a ansiedade seja gerenciada de forma eficaz.

Continue acompanhando nosso site e tenha acesso às informações de saúde e bem-estar confiáveis para você se cuidar melhor!

Veja o vídeo com a explicação da especialista: