Apneia do sono
A apneia do sono é um distúrbio em que a pessoa deixa de respirar por alguns segundos, diversas vezes, enquanto dorme. Por definição, a Síndrome da Apneia do Sono é considerada quando, no intervalo de uma hora, a pessoa que está dormindo tem cinco momentos em que deixa de respirar por alguns segundos.
Este é um problema muito comum. No Brasil, a estimativa é que a cada três pessoas, uma sofra com este problema.. No entanto, apesar de ser frequente, muitas vezes essa doença não é percebida e, por consequência, não é diagnosticada e tratada corretamente, podendo causar diversos problemas graves.
Quando suspeitar de apneia do sono? Quais são os sintomas?
Primeiramente, observar pessoa os sintomas durante o sono:
- Ronco alto durante à noite: roncar durante o sono é comum, principalmente quando a pessoa deita de barriga para cima ou consome bebidas alcoólicas. Mas, nem todas as pessoas que roncam têm apneia do sono. Ao suspeitar deste problema, é recomendado pedir para outra pessoa reparar se há paradas respiratórias. Saiba que pode ocorrer engasgos, em que parece que a pessoa está sufocada e depois volta a respirar com intensidade, em outros momentos ela apenas deixa de respirar;
- Sono agitado: na apneia do sono é comum a pessoa se mexer muito na cama, parecendo que não tem posição boa para dormir;
- A pessoa acorda muitas vezes durante o sono e a maioria é para urinar, uma situação chamada de noctúria.
Como resultado desses episódios citados acima, a pessoa pode começar a apresentar os sintomas decorrentes que são:
- Cansaço diário, já acorda cansado;
- Sonolência: são comuns relatos em que a pessoa dorme depois de 10 minutos com a TV ligada;
- A pessoa acorda com a boca seca;
- Sente dor de cabeça pela manhã;
- Tem alteração no humor, irritabilidade e dificuldade em se concentrar;
- Perda de memória;
- Diminuição do desejo sexual.
O causa a apneia do sono?
A apneia obstrutiva do sono, que é a mais comum, ocorre devido à obstrução da entrada do ar para os pulmões. O principal responsável por essa obstrução é o relaxamento dos músculos da garganta. No entanto, outros fatores podem interferir nesse processo:
- Aumento do peso: fator de risco mais comum em adultos. O aumento do tecido adiposo no pescoço reduz o calibre da via aérea predispondo à obstrução durante o sono;
- Idade: pode ocorrer em qualquer idade, até em crianças, mas é comum em pessoas após os 40 anos. É mais frequente em homens mas nas mulheres ocorre principalmente após a menopausa. Isso porque, com o envelhecimento, ocorre diminuição progressiva do tônus e elasticidade dos tecidos da garganta, favorecendo a obstrução das vias aéreas;
- Deformidades craniofaciais, como retrognatia, alterações no nariz, como desvio de septo, e alterações na garganta, como aumento das amígdalas e uvula que podem resultar em menor espaço para passagem de ar, desde o nariz até a boca e garganta;
- Amígdalas e adenoide grandes: é menos comum em adultos e são as causas frequentes de apneia do sono nas crianças.
Diagnóstico da apneia do sono
É realizado através de um exame chamado polissonografia, realizado à noite em um laboratório de sono sob a supervisão de um técnico. O paciente deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro da passagem do ar pelo nariz/ boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados.
Os sensores são fixados de maneira que permitem que o paciente consiga se movimentar durante o exame, não atrapalhando o sono. Em casos selecionados, o exame pode ser realizado na residência da pessoa através de aparelhos portáteis.
O que a apneia do sono pode causar?
Além do cansaço, déficit de atenção e problemas de memória, quem tem apneia do sono tem mais risco de ter problemas cardiovasculares, como pressão alta, que necessita de vários medicamentos, infarto e arritmias cardíacas. Também aumenta o risco de ter diabetes tipo 2, colesterol, alterações da tireoide e até mesmo acidentes de trânsito.
A apneia do sono tem cura?
É difícil falar em cura da apneia, tendo o objetivo de controlar a doença, o que na prática significa tratamento com cirurgias, fonoterapia, aparelhos de avanço da mandíbula ou Cpap. Entre os resultados estão a redução dos sintomas e melhora na qualidade de vida.
Se notar algum dos sintomas procure um Otorrinolaringologista ou Médico do Sono.
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