Câncer cerebral primário
O tumor no cérebro é motivo de muita preocupação. A primeira informação que é necessário esclarecer ao ser diagnosticado com um tumor cerebral é diferenciar um tumor metastático para o cérebro de um tumor primário do cérebro.
Tumor metastático para o cérebro
O tumor metastático é aquele tumor que foi originado em outro órgão, como pulmão, mama e rim, e se espalha para outros órgãos, neste caso o cérebro. Isso é importante porque o cérebro é um dos principais órgãos em que essas metástases se alojam, ou seja, muitos tumores de outros órgãos, como mama, pulmão e tireoide têm metástase no cérebro.
Sendo um câncer metastático no cérebro, ele segue o comportamento do tumor de onde foi originado e o tratamento é baseado nisso. Desta forma, um câncer de pulmão com metástase no cérebro deve ser tratado como câncer de pulmão metastático e não como câncer de pulmão mais um câncer de cérebro. Isso porque, nesse caso, o câncer não é primário de cérebro e sim um tumor de pulmão que está no cérebro.
Câncer cerebral primário
Dentre os cânceres cerebrais primários, os mais frequentes são denominados Gliomas, que correspondem a cerca de 81% dos tumores malignos primários no adulto. Além desse, os mais importantes são os astrocitomas, e oligodendrogliomas, os glioblastomas e que podem variar em agressividade, sendo classificados entre um 1 e 4 (quanto maior o número, mais agressivo é o tumor).
Quando suspeitar de câncer de cérebro?
Os sinais e sintomas dos tumores de cérebro dependem da localização, tamanho e do impacto que ele gera no controle de pressão intracraniana. No entanto, entre os principais sintomas estão:
- Tontura;
- Desequilíbrio;
- Alterações;
- Apatia;
- Agressividade;
- Confusão mental;
- Dificuldade para fala e nomear as coisas;
- Náuseas e vômitos.
Em muitos casos, a primeira manifestação ocorre através de crises convulsivas e dor de cabeça. O sintoma relacionado ao aumento da pressão intracraniana mais frequente é a dor de cabeça, que em geral é progressiva, ou seja, vai se tornando mais forte e mais difícil de melhorar com uso de analgésicos, como dipirona, dorflex e neosaldina.
Em fases mais avançadas, essa dor de cabeça está associada frequentemente a vômitos e confusão mental, além de alterações neurológicas, como fraqueza de um lado do corpo, por exemplo o braço e/ ou perna).
Dependendo do local do cérebro que o tumor compromete, a pessoa pode ainda apresentar sintomas mais específicos: se afetar a parte do cérebro responsável pela visão, pode causar dificuldade de visão; se afetar o local da fala, a pessoa passa a ter dificuldade de falar e assim por diante. Diante desse quadro é recomendado procurar um médico para correta avaliação.
Diagnóstico de câncer de cérebro
O diagnóstico de câncer de cérebro é feito da mesma maneira, se comparado com outros tumores cerebrais: história clínica, exame físico e exames de imagem, sendo a ressonância magnética o melhor exame para avaliação, devido à riqueza de detalhes.
Vale saber que o diagnóstico é confirmado com a retirada de parte ou de todo o tumor, dependendo da sua localização e riscos/ sequelas que a ressecção do tumor pode causar.
Para escolher as opções, o Neurocirugião vai conversar com o paciente e ele pode usar, se julgar necessário, diversos recursos tecnológicos, como fluorescência, neuronavegação e monitorização eletrofisiológica para minimizar os riscos da cirurgia.
Após parte ou todo o tumor ser retirado, o material é enviado para o médico Patologista, que por sua vez vai avaliá-lo em um microscópio e em alguns casos complementar com exames de mutações celulares para, ao final, definir o diagnóstico de qual o tipo de câncer de cérebro e sua agressividade.
Tratamento para câncer de cérebro
Entre os tratamentos mais indicados estão a cirurgia de retirada do tumor, que pode ser complementada com quimioterapia e/ ou radioterapia.
As chances de cura e perspectiva de vida variam de um tipo para outro, além da agressividade e de suas características individuais. Mas, de maneira geral, os gliomas não estão entre os tumores com maior taxa de sobrevida, com exceção dos gliomas grau 1, os demais são considerados incuráveis. O objetivo do tratamento é aumentar essa sobrevida e, principalmente, melhorar a qualidade de vida da pessoa.
É importante saber que, além dos gliomas, existem outros tipos de tumores primários de cérebro, como os ependimomas, Meduloblastomas, Meningiomas e Schwanomas em especial aqueles que acometem o nervo vestibular, também conhecido como neurinoma do acústico. Existem tumores que afetam a glândula hipófise, conhecidos como adenomas hipofisários, dentre outros. Cada um deles tem características, sintomas, diagnósticos e tratamentos específicos.
Se tiver qualquer suspeita de tumor ou câncer no cérebro, busque ajuda de um médico Neurologista e Neurocirurgião.
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