Câncer de boca: o que é, sintomas e tratamento
O câncer de boca é decorrente de um distúrbio no processo de renovação dos tecidos que compõem a boca, podendo gerar um tumor e se disseminar pelo corpo. Saiba que esse tipo de câncer é mais comum em homens acima de 40 anos e que a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020, foi de mais de 15 mil novos casos de câncer de boca, sendo 73% em homens e 27% em mulheres.
Quando suspeitar que a ferida na boca pode ser um câncer?
Existem vários sinais e sintomas que podem indicar que a ferida na boca é um câncer de boca, mas entre os mais comuns, estão:
- Feridas na boca, que inclui a língua, gengiva e palato (céu da boca), e nos lábios. Sao feridas que não cicatrizam por mais de 15 dias e que tem crescimento progressivo ou sangramentos;
- Manchas vermelhas ou esbranquiçadas persistentes;
- Dor ou dificuldade para falar, mastigar ou engolir;
- Nódulos no pescoço.
Grupos de risco para câncer na boca
- Fumantes: pessoas que já fumaram ou que ainda fumam;
- Consumidores frequentes de bebida alcoólica;
- Pessoas que se expõem ao sol sem proteção na face.
Se alguma lesão for notada, se a pessoa fizer parte dos grupos de risco ou se perceber algum sintoma, ela deve buscar ajuda médica especializada.
Diagnóstico para câncer de boca
A suspeita diagnóstica é feita durante o exame clínico, mas a confirmação depende da biópsia. A biópsia consiste em retirar um pedaço pequeno do lugar suspeito e enviar para o médico patologista.
O patologista, por sua vez, examina as células do tecido e emite o diagnóstico de câncer ou outra lesão. Na maioria das vezes, esse procedimento pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, mas alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou a ressonância nuclear magnética, são importantes, principalmente para avaliar a extensão do tumor. Lembre-se: quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, melhores são as chances de cura!
Tratamento para câncer de boca
Na maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico e isso vale tanto para lesões menores como para tumores maiores. A cirurgia contempla a retirada do tumor e linfonodos da região do pescoço. Em alguns casos, haverá a necessidade de algum tipo de reconstrução do defeito cirúrgico, visando a funcionalidade da região acometida.
Já em casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico é necessária a realização de radioterapia, com ou sem quimioterapia, após a ressecção do tumor, para complementar o tratamento e obter melhor taxa de cura.
É importante saber que a radioterapia e a quimioterapia, como tratamento inicial, são indicadas quando a cirurgia não é possível, seja pelo acometimento de estruturas vitais, como vasos calibrosos, ou seja pela falta de condição clínica do paciente para o porte cirúrgico.
É possível prevenir o câncer de boca?
O risco de desenvolver esta neoplasia pode ser reduzido atuando junto aos seguintes fatores de risco:
- Suspender ou limitar o fumo e o álcool, já que eles estão entre os fatores de risco mais importantes. Saiba que parar de fumar reduz significativamente o risco de desenvolver esse tipo de câncer, mesmo após muitos anos de consumo. O mesmo vale para o consumo de álcool, que deve ter sua ingestão reduzida;
- Realizar higiene oral com frequência: manter a cavidade oral limpa de impurezas diminui o risco de alteração da microbiota e de inflamações na boca, que contribuem para o desenvolvimento do câncer;
- Usar dentaduras mal adaptadas: as próteses (ou dentaduras) que não se encaixam corretamente levam a áreas de trauma contínuo na mucosa oral. Este fator aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. Para os portadores de tais próteses, mantê-las ajustadas pelo dentista é imprescindível;
- Reduzir a exposição à luz ultravioleta. A radiação ultravioleta é um fator de risco importante e evitável para o câncer de lábio. Diminuir o tempo de exposição aos raios ultravioleta, usar chapéu, protetor solar e protetor labial com FPS 30 ou superior são medidas protetivas importantes;
- Tratar lesões pré-cancerígenas: áreas de leucoplasia (mancha branca) ou eritroplasia (mancha avermelhada) na boca são consideradas lesões pré-cancerígenas. A remoção dessas áreas diminui o risco de desenvolvimento de um câncer em alguma outra área da boca, mas não impede totalmente. Isso acontece porque todo o revestimento interno da cavidade oral provavelmente foi exposto aos mesmos agentes que causaram essas lesões. Por isso, é importante para os pacientes que têm ou tiveram tais lesões manterem acompanhamento médico periódico.
Portanto, se notar qualquer um dos sintomas ou se fizer parte do grupo de risco, procure um médico Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
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