Câncer de fígado – hepatocarcinoma

Encontrar um nódulo no fígado é sempre um motivo de preocupação pelo risco de ser um câncer de fígado. Mas tem todo nódulo é um câncer, e nem todo câncer no fígado é originado nesse órgão. Existem algumas características que ajudam a fazer essa diferenciação..

Nódulo no fígado

Nódulo é um nome genérico para alguma alteração dentro do fígado que se torna diferente do restante que é normal. Popularmente, ele é conhecido como “caroço” no fígado. Saiba que o câncer pode se apresentar como um nódulo mas, na maioria das vezes, o nódulo não é um câncer e sim uma alteração benigna, como o adenoma, hemangioma, hiperplasia nodular focal e cisto no fígado. Por isso, se houver diagnóstico de nódulo no fígado, não há motivo para ter desespero, pois até que os exames confirmem, esse nódulo é benigno.

Para o diagnóstico do nódulo, o especialista irá solicitar alguns exames de imagem, como ultrassom, tomografia ou ressonância magnética.

Um nódulo no fígado é uma alteração geralmente benigna, como adenoma ou hemangioma, e só exames como ultrassom ou tomografia podem confirmar se é maligno ou não.

Tumor metastático

É o tumor que nasceu em outro órgão, como no pulmão, mama e intestino, e se espalha para outros órgãos, neste caso para o fígado. Para exemplificar, vamos sugerir que um tumor esteja crescendo no pulmão. Neste caso, o tumor é feito de células do local em que ele nasceu. Algumas dessas células podem entrar na circulação sanguínea, se alojarem em outro lugar e crescerem nesse novo local. Saiba que esse tumor em um novo local diferente de onde ele nasceu é chamado de metástase.

Vale saber que o fígado é um dos principais órgãos em que essas metástases se alojam, ou seja, muitos tumores de outros órgãos, como intestino, mama e pulmão têm metástases no fígado. 

Essa informação é importante, pois os tumores têm comportamentos muito diferentes: o câncer de pulmão tem evolução e tratamento diferente, se comparado com o câncer de mama, que é diferente do câncer de intestino e assim por diante.

Comportamento de origem

O câncer metastático no fígado segue o comportamento do tumor de onde teve origem e o tratamento é baseado nisso. Sendo assim, um câncer de pulmão com metástase no fígado deve ser tratado como câncer de pulmão metastático e não como câncer de pulmão mais um câncer de fígado. Isso porque o paciente não tem câncer de fígado. Ou seja, é um tumor de pulmão que está no fígado, mas não nasceu de células do fígado.

É por este motivo que ao suspeitar de tumor no fígado deve-se saber se é um câncer de fígado ou metastático, que não teve como origem o fígado. E, para ter certeza sobre essas informações, alguns exames complementares podem ser necessários, como exames de sangue, de imagem e até biópsia do nódulo.

Câncer de fígado, hepatocarcinoma

Para suspeitar de câncer de fígado, é importante estar atentos a dois pontos essenciais: sintomas e grupos de risco:

Sintomas de câncer de fígado

Existem muitos sintomas que sugerem câncer de fígado, entre eles:

  • Perda de peso;
  • Falta de apetite;
  • Dor na parte de cima do abdômen;
  • Náuseas e vômitos;
  • Fraqueza e cansaço;
  • Edema abdominal;
  • Pele e parte branca dos olhos amareladas;
  • Fezes esbranquiçadas.

Normalmente, esses são os sintomas que surgem quando a doença não está nas fases iniciais. 

Dor na parte de cima do abdômen é um dos sintomas do câncer de fígado.

Grupos de risco para câncer de fígado

  • Hepatite B ou C: as hepatites aumentam o risco de câncer no fígado. A sorologia é um exame de sangue que faz o diagnóstico.
  • Consumo excessivo de bebida alcoólica: é uma das principais causas de cirrose, que pode causar danos irreversíveis no fígado e aumentar o risco de câncer.
  • Gordura no fígado: o acúmulo de gordura, ou esteatose hepática, está cada vez mais frequente e aumenta o risco de câncer.

Se uma pessoa apresentar os sintomas e fizer parte dos grupos de risco, deve se atentar para a possibilidade de tumor de fígado.

Diagnóstico e tratamento para câncer de fígado

Atualmente, existem testes e procedimentos para realizar o diagnóstico de câncer de fígado, como exame de sangue, de imagem ou biópsia, que é a remoção de uma parte do tecido do fígado para análise em laboratório.

Em relação ao tratamento, ele pode ser realizado com agulhas que “queimam” o tumor. Esse procedimento é chamado de ablação, com ressecção cirúrgica ou até com o transplante de fígado. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo especialista, para então decidir qual a melhor opção de tratamento.

Saiba que quando o fígado tem boa função, geralmente, a ressecção cirúrgica pode ser realizada retirando todo o câncer. Mas, quando a pessoa já está com a coloração amarelada na pele ou com líquido na barriga, indicando que o fígado está ruim, a melhor opção é o transplante, que apresenta ótimos resultados no tratamento do câncer do fígado. 

É possível prevenir o câncer de fígado?

A resposta é sim e a primeira coisa a fazer é diminuir os principais fatores de risco:

  • Reduzir o consumo de álcool;
  • Manter o peso saudável, seguindo uma dieta equilibrada e fazendo atividade física;
  • Se vacinar contra a hepatite B. Existe vacina disponível pelo sistema público e ela é administrada em três doses que protegem da doença;
  • Prevenir a hepatite C, evitando contaminação, pois não existe vacina. Para isso, use preservativo, tenha cuidado ao fazer a unha, tatuagem e colocar piercing. Busque lugares confiáveis e que esterilizem adequadamente seus aparelhos e agulhas. Prefira os estabelecimentos que usam seringas e agulhas descartáveis.

Essas medidas ajudam a evitar as principais causas de doença crônica no fígado e auxilia na prevenção do câncer de fígado. Além disso, é importante, nas consultas médicas de rotina, fazer exame de sangue e dosar as enzimas hepáticas (TGO, TGP, FA, GGT e as bilirrubinas). Se as enzimas estiverem alteradas, podem indicar alguma doença crônica do fígado. 

Reduzindo o consumo de álcool você consegue prevenir o câncer de fígado.

Quem possui doença crônica pode evitar o surgimento do câncer? 

Não é possível evitar o câncer, porém, se o tumor for descoberto bem pequeno, tem grande chance de cura. Por esse motivo, as pessoas com problema crônico no fígado precisam fazer acompanhamento com um especialista e realizar exames a cada 6 meses para verificar se há câncer. Se houver, e for pequeno, é possível escolher o melhor tratamento.

Se identificar os sintomas listados, fizer parte dos grupos de risco ou se tiver feito o diagnóstico da doença, busque ajuda de um Cirurgião do Aparelho Digestivo especialista em fígado ou um Hepatologista Clínico.

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Veja o vídeo com a explicação do especialista: