Câncer de pênis – Carcinoma Espinocelular

O câncer de pênis é uma das doenças mais temidas por afetar diretamente o órgão sexual masculino. Embora seja raro em países desenvolvidos, é significativamente mais frequente em nações em desenvolvimento, como o Brasil. As regiões Norte e Nordeste do país apresentam algumas das maiores incidências de câncer de pênis no mundo.

Essa condição pode se manifestar de diferentes formas, já que diversos tipos de tumores podem acometer o pênis, incluindo melanoma, carcinoma basocelular e sarcomas. No entanto, o tipo mais comum é o Carcinoma Espinocelular, que será o foco das informações a seguir.

Quais os sintomas de câncer de pênis?

  • Lesão: essa lesão pode ser um nódulo, ou caroço, úlcera (depressão da pele) ou uma região da pele do pênis mais grossa, inchada e, muitas vezes, vermelha com aspecto inflamatório e que não melhora com o tempo. Essa é uma característica importante a ser notada, pois a lesão pode aumentar, ao invés de diminuir;
  • Cheiro: com a evolução da doença, a ferida pode ter um odor desagradável;
  • Ínguas ou gânglios na virilha: a principal via de disseminação desse tipo de câncer é pelos vasos linfáticos. Quando isso ocorre, os gânglios da virilha aumentam e são chamadas de ínguas. Saiba que eles ficam aumentados, fixos e nos casos mais avançados podem romper expondo uma tumoração no local;
  • Dor: as lesões podem doer um pouco, mas não é uma queixa comum.

Diante desse quadro, o homem deve procurar o médico o quanto antes para o correto entendimento do problema.

Diagnóstico de câncer de pênis

O diagnóstico do câncer de pênis começa com a avaliação clínica e o exame físico realizado por um especialista, que podem sugerir a presença de um tumor. No entanto, a confirmação definitiva é feita por meio de uma biópsia, na qual um fragmento ou toda a lesão é retirada e enviada para análise patológica.

O laudo da biópsia fornece informações cruciais, como:

  • A presença ou ausência de câncer;
  • O tipo de câncer (sendo o Carcinoma Espinocelular o mais frequente);
  • O tamanho e a profundidade da lesão;
  • A extensão do tumor, como se está restrito à pele ou se atingiu estruturas mais profundas, como o corpo cavernoso ou a uretra.

Após o diagnóstico, é essencial determinar se o tumor está limitado ao pênis ou se já se espalhou para os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Essa avaliação, chamada de estadiamento, utiliza exames de imagem como tomografia e ressonância magnética.

Tratamento para câncer de pênis

O tratamento do câncer de pênis tem como objetivo principal controlar a doença de forma eficaz, preservando ao máximo o órgão e sua funcionalidade sexual para melhorar a qualidade de vida do paciente. A escolha do tratamento depende da extensão do tumor e pode incluir:

  • Procedimentos cirúrgicos que busquem remover apenas a área afetada;
  • Radioterapia ou quimioterapia, dependendo do grau de disseminação da doença.

Com o diagnóstico e o estadiamento adequados, é possível personalizar a abordagem terapêutica, maximizando as chances de sucesso e a preservação da qualidade de vida.

Tratamento do câncer de pênis

Na maioria dos casos, o tratamento do câncer de pênis envolve procedimentos cirúrgicos, cuja extensão varia conforme a gravidade da doença:

  • Retirada simples da lesão: indicada para casos iniciais e menos agressivos;
  • Ressecção parcial do pênis: remove a parte do órgão que contém a lesão, preservando o restante sempre que possível;
  • Remoção total do pênis (penectomia total): necessária em casos avançados, quando o tumor compromete extensivamente o órgão.

A cirurgia pode ser acompanhada ou não da remoção dos linfonodos da virilha, dependendo da disseminação do câncer para o sistema linfático.

Nos estágios mais avançados, quando há envolvimento significativo dos gânglios ou outros órgãos, pode ser necessário complementar o tratamento com quimioterapia ou radioterapia, visando maior controle da doença.

Cada caso é avaliado individualmente, considerando a extensão do tumor, o estado geral do paciente e as melhores estratégias para preservar a qualidade de vida.

Causas e fatores de risco do câncer de pênis

Embora a medicina ainda não tenha determinado a causa exata do câncer de pênis, existem alguns fatores associados ao seu desenvolvimento. Esses fatores de risco aumentam a probabilidade de surgimento da doença e merecem atenção. Dentre os principais fatores, destacam-se:

  • Falta de higiene no pênis: a falta de higiene adequada, especialmente na glande (cabeça do pênis), é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento do câncer de pênis. A má higienização é frequentemente observada em condições precárias de vida, o que contribui para a maior prevalência da doença em países subdesenvolvidos;
  • Fimose: é a incapacidade de retrair a pele do pênis (prepúcio), impede uma higienização eficaz da glande, favorecendo o acúmulo de secreções que podem gerar inflamações e aumentar o risco de câncer;
  • Infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano): o HPV tem uma associação bem documentada com o câncer de pênis, embora o mecanismo exato pelo qual o vírus contribui para o desenvolvimento da doença ainda não seja completamente claro;
  • Tabagismo: é outro fator de risco significativo. Os fumantes têm maior probabilidade de desenvolver câncer em várias partes do corpo, incluindo o pênis. Além disso, o câncer de pênis em fumantes tende a ser mais agressivo e em estágios mais avançados;
  • Zoofilia: práticas sexuais com animais, como cabras, cachorros ou até galinhas, são mais comuns em algumas regiões do Brasil, especialmente no Norte e Nordeste. Esse comportamento tem uma relação significativa com o câncer de pênis, sendo um fator de risco relevante para a doença.

Como prevenir o câncer de pênis?

A prevenção do câncer de pênis está diretamente relacionada à redução dos fatores de risco conhecidos. Seguindo algumas medidas simples e práticas, é possível diminuir significativamente as chances de desenvolver a doença:

  • Realizar a higiene correta do pênis durante o banho é uma medida fundamental. Limpar bem a glande (cabeça do pênis) ajuda a evitar o acúmulo de secreções e inflamações que podem contribuir para o surgimento de câncer;
  • Remover a pele que cobre a glande, pode ser uma forma eficaz de prevenção, principalmente quando realizada nos primeiros anos de vida. Essa cirurgia melhora a higiene e elimina um dos principais fatores de risco para o câncer de pênis;
  • A vacina contra o HPV é uma medida preventiva importante para meninas e meninos. A vacina ajuda a prevenir a infecção pelo vírus, que está associado ao câncer de pênis;
  • O tabagismo é um fator de risco bem conhecido para diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de pênis. Parar de fumar reduz significativamente o risco de desenvolvimento da doença e também melhora a saúde geral;
  • Evitar relações sexuais com animais.

Seguindo essas medidas de prevenção e realizando check-ups regulares, é possível reduzir os riscos e garantir uma boa saúde íntima.

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Veja o vídeo com a explicação da especialista: