Cigarro Eletrônico: Riscos à Saúde e Propaganda Enganosa
O cigarro eletrônico, também conhecido como DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar), vaper, pod e e-cigarette são dispositivos com bateria, que aquecem uma solução líquida com nicotina até sua vaporização. Isso é feito para que a pessoa consiga inalar o conteúdo.
Apesar de muitos acreditarem que ele é pouco tóxico, o cigarro eletrônico tem em sua composição mais de 80 substancias tóxicas, além de nicotina, propilenoglicol, acroleina, etilenoglicol, fomaldeido e acetona. Ele também conta com metais pesados, como níquel, chumbo e alumínio, e com flavorizantes, substâncias que dão sabor ao cigarro eletrônico e que fazem com que os jovens sejam atraídos por eles.
Saiba que existem várias gerações de cigarros eletrônicos e já existem, inclusive, inaladores que utilizam sais de nicotina e funcionam através de alimentação USB.
Cigarro eletrônico e a propaganda distorcida
A propaganda do cigarro eletrônico é focada especialmente nos jovens, pois foi notado que os cigarros comuns não têm tanto glamour e seus malefícios já são conhecidos. Por isso, ele é apresentado como uma novidade que não oferece perigos ou danos à saúde, já que conta com uma tecnologia “inofensiva” e uma boa alternativa ao cigarro.
No entanto, é importante saber que esses dispositivos eletrônicos para fumar são nocivos à saúde e causam muitos prejuízos: as pessoas estão mais suscetíveis à propaganda, às informações enganosas e ao desenvolvimento de dependência química pela nicotina.
O que o cigarro eletrônico pode causar?
Apesar de serem pouco divulgados, o cigarro eletrônico causa muitos prejuízos à saúde de quem fuma. Veja quatro problemas que ele pode causar:
O cigarro eletrônico vicia
O cigarro eletrônico é cigarro e, assim como o cigarro comum, ele é perigoso, vicia e é nocivo à saúde. É por este motivo que desde de 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu sua comercialização.
O cigarro eletrônico causa problemas pulmonares
Ao contrário do que a indústria divulga, a ciência sabe que os cigarros eletrônicos induzem inflamação no pulmão, podendo causar descompensação de doenças como DPOC (enfisema, bronquite crônica) e asma. Este dispositivo também se mostrou com potencial de induzir o aparecimento de células cancerígenas em trabalhos com camundongos. Além disso, o cigarro eletrônico pode causar doenças agudas no sistema respiratório, mesmo em pessoas sem histórico de doenças, as chamadas EVALIs – do inglês E-cigarette or vaping product use associated lung injury.
Vale saber que essa inflamação pulmonar é muito perigosa e frequente. Em 2019 foram descritos 2.800 casos de EVALi nos EUA, com 68 mortes diretamente ligadas ao uso do cigarro eletrônico e à inflamação pulmonar.
O cigarro eletrônico aumenta o risco cardiovascular
Os efeitos maléficos também podem afetar o sistema cardiovascular, isso porque os vasos sanguíneos também sofrem inflamação e resultam em infarto e derrame (Acidente Vascular Cerebral). Saiba que já existem evidências de aumento da incidência de doenças do coração e do cérebro em usuários de cigarros eletrônicos e principalmente em indivíduos jovens, pois essa faixa etária está abusando do uso.
Aumentar as chances de fumar o cigarro comum
Além dos danos diretos à saúde, os cigarros eletrônicos são muito perigosos para os jovens, pois induzem ao uso do cigarro comum. Já existe evidência científica mostrando que a pessoa que fuma cigarro eletrônico tem três vezes mais chance de se viciar em cigarros comuns, posteriormente.
Outro ponto importante é sobre as pessoas que fumam cigarro comum e passam a usar o cigarro eletrônico para tentar parar de fumar. Essa estratégia não é eficiente, pois muitas vezes essa pessoa fuma os dois cigarros, passando mais tempo com o dispositivo. Se comparado com o cigarro comum, saiba que o cigarro eletrônico é tão viciante quanto.
Para parar de fumar, é preciso usar estratégias reais. Para isso, procure um médico especialista, como um Pneumologista.
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