Comer chocolate faz mal?

O chocolate é um dos alimentos doces mais consumidos no mundo. Sua história começou com os maias, provavelmente os primeiros povos da América do Sul a cultivar a planta do cacau. Nesta época, eles preparavam uma bebida de cacau com água quente e, muitas vezes, aromatizada com canela e pimenta, chamada de “alimento dos deuses”.

Muitos anos depois, na Europa, o cacau foi misturado ao leite para formar o chocolate que progrediu até o que conhecemos hoje, com diversas variações e combinações, com adição de frutas secas, castanhas, especiarias, dentre outros ingredientes.

Nutricionalmente falando, o principal componente do chocolate é o cacau e ele contém uma quantidade significativa de gordura e polifenóis, que são antioxidantes de origem vegetal. Dentre esses, o mais conhecido é o flavanoide.

O chocolate, originado dos maias, evoluiu na Europa ao ser misturado ao leite. Rico em cacau, contém gordura e flavonoides, potentes antioxidantes.

Saiba que são os polifenóis que causam o sabor amargo do chocolate. E então, esse sabor amargo é “mascarado” durante seu processamento com o acréscimo de leite, açúcares, muitas vezes, manteiga e outros emulsificantes. A parte do cacau é que traz mais benefícios à saúde. Assim quanto mais cacau tiver no chocolate, mais saudável ele é. 

5 benefícios do chocolate para à saúde

O chocolate oferece diversos benefícios para à saúde: 

  1. Rico em antioxidantes: os flavonoides, presentes no chocolate, principalmente nos mais escuros, tem uma importante atuação contra os radicais livres produzidos pelo organismo, favorecendo assim um ambiente antioxidante e anti-inflamatório;
  2. Saúde cardiovascular: os antioxidantes presentes no chocolate podem ativar uma cascata de reações, resultando na dilatação dos vasos sanguíneos, redução da pressão e melhora do fluxo de sangue para o cérebro e outros órgãos vitais. Esses antioxidantes, especialmente os flavonoides, também ajudam a reduzir o LDL (colesterol ruim), ideal para uma boa saúde cardiovascular;
  3. Saúde mental: o consumo de chocolate causa um bem-estar momentâneo, especialmente pela liberação da endorfina. Alguns estudos sugerem que os antioxidantes podem reduzir a quantidade de cortisol, um dos principais hormônios relacionados ao estresse, ou seja, o chocolate pode melhorar o humor. Mesmo relacionado à depressão, alguns trabalhos científicos estão encontrando relação de que o consumo de chocolate, particularmente o chocolate amargo, pode estar associado à redução da probabilidade de sintomas depressivos clinicamente relevantes. 
  4. Função cognitiva: alguns estudos indicam que os flavonoides do cacau podem ter efeitos benéficos na função cerebral, incluindo melhora da memória, do foco e da cognição em geral.
  5. Pele: este ponto gera uma dubiedade quanto ao uso do chocolate. Isso porque, a atividade vasodilatadora dos flavonóides contribui para melhorar a microcirculação, capacidade de manter a temperatura, hidratação bem como o efeito anti-inflamatório e antioxidante. Por isso, o chocolate tem função significativa na proteção da pele contra os raios ultravioleta tóxicos, que estão associados a câncer de pele. No entanto, dependendo da quantidade ingerida, devido aos aditivos, alto teor de açúcar e produtos lácteos, algumas pessoas podem apresentar piora da acne e da dermatite atópica, por exemplo. Por isso, é importante ficar atento para a composição do chocolate processado e a quantidade ingerida.
O chocolate amargo libera endorfina, reduz o cortisol (hormônio do estresse) e pode melhorar o humor, com estudos sugerindo redução dos sintomas depressivos.

Vale ressaltar que os benefícios estão diretamente relacionados a quantidade de cacau do chocolate e que o melhor chocolate é o que tem mais cacau e menos açúcar, gordura saturada e outros aditivos. 

Qual o melhor chocolate?

Os chocolates escuros, normalmente, têm mais de 35% de cacau. Entretanto, o ideal para consumir é chocolate com mais de 70% de cacau, pois eles são menos doces e um pouco amargos, considerados saudáveis e principais responsáveis pelos benefícios citados.

O recomendado é consumir até 20 gramas por dia para usufruir dos benefícios, isto é, se não houver contraindicação médica e não apresentar ganho de peso com esse alimento. Vale saber que, assim como os outros alimentos, o chocolate escuro pode ser inserido na dieta, desde que de maneira equilibrada e ajustada para as necessidades e objetivos de cada pessoa.

É essencial destacar que os chocolates ao leite, os mais consumidos, apresentam em média 10% de cacau, o restante é aditivo. Eles são calóricos e não oferecem tanto benefício, se comparados com os mais escuros, por isso, o recomendado é que o consumo dele seja eventual.

De igual forma o chocolate branco, feito de manteiga de cacau e açúcar, também deve ter o consumo moderado.

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