Como identificar um psicopata?
O termo “psicopata” é frequentemente usado no dia a dia para se referir a desafetos ou criminosos, mas, na maioria das vezes, seu uso é equivocado. A psicopatia é um transtorno de personalidade, conhecido pela medicina como transtorno de personalidade antissocial, que afeta cerca de 1% da população – predominando entre os homens.
Esse transtorno é causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Crianças que passaram por abusos ou violência, que cresceram com pais dependentes químicos, alcoólatras ou com transtornos de personalidade têm maior tendência a desenvolver essa condição.
Características de um psicopata
Entre as principais características de quem tem transtorno de personalidade antissocial, estão:
- Ausência de empatia: dificuldade de se colocar no lugar do outro, sendo pessoas frias e indiferentes aos sentimentos alheios;
- Desconsideração por normas sociais: não valorizam o que é certo ou errado, agindo apenas conforme seus interesses pessoais;
- Manipulação: utilizam mentiras, charme, fraudes ou enganações para atingir objetivos;
- Ego inflado: apresentam senso de superioridade, vaidade excessiva e exibicionismo;
- Desrespeito às leis: violam regras sociais e legais, podendo apresentar histórico de crimes ou comportamento impulsivo;
- Agressividade: envolvimento frequente em brigas ou agressões verbais e físicas.
- Irresponsabilidade: falham repetidamente em manter empregos ou cumprir obrigações financeiras;
- Ausência de remorso: mostram indiferença ao machucar ou prejudicar outras pessoas;
- Falsidade: manipulam com facilidade e distorcem fatos para obter vantagens.Sintomas de um psicopata.
Os sintomas geralmente surgem na adolescência, atingem o auge entre os 20 e 30 anos, e a impulsividade tende a diminuir após os 40 anos.
Todo psicopata é violento?
É importante destacar que nem todo criminoso é psicopata, e nem todo psicopata é violento. Em um estudo, observou-se que cerca de 30% dos presos apresentavam o transtorno, um número elevado se comparado ao 1% da população geral, mas ainda assim uma minoria entre os detentos. Pesquisas recentes em neurociência apontam que a psicopatia está ligada a alterações em áreas do cérebro como o sistema límbico, os lobos frontais e o córtex pré-frontal, regiões responsáveis pelas emoções e decisões.
Além disso, nem todos os psicopatas possuem inteligência acima da média. Assim como em qualquer grupo populacional, existem indivíduos mais ou menos inteligentes. O que costuma gerar confusão é a facilidade de manipulação que alguns apresentam, embora essa habilidade nem sempre esteja relacionada à inteligência.
Casos não violentos também existem: muitos psicopatas atuam em áreas como fraudes financeiras, golpes e até mesmo na política, buscando apenas benefícios pessoais, sem se importar com leis ou sentimentos dos outros.
O tratamento costuma ser um desafio, já que pessoas com esse transtorno raramente buscam ajuda. Ainda assim, medicamentos podem ajudar a controlar impulsividade e agressividade. E, para quem convive com um psicopata, é fundamental buscar apoio psicológico para lidar melhor com a situação.
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