Conheça os tipos de câncer de pele
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo. É muito mais frequente do que as pessoas imaginam, representando próximo de um terço dos tumores registrados no Brasil.
Por ser tão frequente é importante saber quando se deve suspeitar do câncer de pele. Existem vários tipos de cânceres de pele, que podem ser divididos em 2 grupos: os tumores de pele Não Melanoma e os tumores de pele Melanoma.
Câncer de pele: tumores de pele não melanoma
Iniciando pelos tumores de pele não melanoma que são muito mais frequentes, primeiramente deve-se avaliar a localização. O câncer de pele está associado à exposição do sol. Por isso é muito mais comum em áreas expostas como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e as costas.
O segundo fator associado ao câncer de pele é a idade – quanto mais tempo de exposição do sol, maior será o risco. Essa é uma das razões para atingir normalmente pessoas com mais de 40 anos. Portanto, se uma pessoa tiver mais de 40 anos com alguma lesão nas áreas mencionadas, ela já deve ficar atenta.
Outras características que devem chamar a atenção são manchas que coçam, descamam ou que sangram, e pequenas feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
Dentre os grupos de cânceres não melanoma temos o Carcinoma basocelular que, além dessas características, habitualmente tem coloração rósea e vasos na superfície e que pode ter brilho. Menos frequentemente ele pode ser pigmentado ou formar um tipo de ferida que não cicatriza. Já no outro tipo chamado de Carcinoma espinocelular, a lesão é lisa avermelhada e descama. É comum as pessoas falarem que parece uma casquinha que não cicatriza.
Esses dois tipos representam mais de 95% dos tumores de pele. A grande vantagem é que normalmente têm altas taxas de cura e baixa mortalidade. Isso é diferente do Melanoma.
Câncer de pele: tumores de pele melanoma
O melanoma é um tumor originado nos melanócitos, que são as células que produzem o pigmento que dá a coloração da pele chamado Melanina. Deve-se suspeitar desse problema se tiver pintas que mudam de tamanho, forma ou cor com o passar do tempo. Como o tumor normalmente está associado a um crescimento descontrolado das células, o resultado é o surgimento de lesões irregulares, com diferentes cores e que crescem progressivamente.
Isso nem sempre é fácil de perceber, por isso existe uma regra chamada ABCDE:
A- Assimetria: A lesão suspeita é assimétrica, ou seja, se dividirmos a lesão em 4 partes (como se fosse uma pizza), observamos que um lado é diferente do outro;
B- Bordas: lesões benignas tem bordas regulares, diferentes das lesões suspeitas que tem bordas irregulares;
C- Cores: A lesão se torna suspeita quando apresenta várias cores como diferentes tonalidades de marrom, preto, azul, branco e vermelho;
D- Diâmetro: Embora existam melanomas pequenos, o tamanho deve chamar mais a atenção se for superior a 6mm;
E- Evolução: É avaliado se a lesão mudou ao longo do tempo. Ou seja, se ela cresceu, mudou de cor, ficou elevada ou começou a apresentar sintomas como coceira ou formação de ferida.
Diferente dos outros tumores de pele mencionados, o Melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo mucosas. Nas pessoas de pele negra é mais comum nas áreas claras como palmas das mãos e planta dos pés. É o tipo mais grave, mais agressivo e com alta possibilidade de metástase se não tratado a tempo. Felizmente é pouco comum, representando apenas 3% dos tumores de pele.
Fatores de risco
Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas quem tem pele clara, albinas, vitiligo ou usam imunossupressores têm a pele menos protegida do sol e por isso têm maior risco de desenvolverem câncer de pele. Outros fatores de risco são:
• Antecedente pessoal ou familiar desse tipo de câncer;
• Pessoas que trabalham sob exposição direta do sol;
• Exposição a câmeras de bronzeamento artificial. Elas estão proibidas no Brasil.
Dentre os tipos de câncer de pele, os tumores de pele Não Melanoma são mais relacionados com a exposição solar crônica ao longo da vida.
O melanoma também tem relação com a exposição solar, mas do tipo aguda, como em queimaduras solares principalmente na infância.
Pintas no câncer de pele
No caso do melanoma, a presença de múltiplas pintas também é um importante fator de risco.
Para todos, especialmente para os grupos de risco, é fundamental saber quais são as medidas que podem ajudar a prevenir o câncer de pele. As principais são:
• Evite exposição solar entre 10 e 16 horas, quando os raios solares são mais intensos;
• Use óculos de sol, roupas com proteção ultra violeta, chapéus de abas largas, sombrinhas ou guarda sol;
• Use protetor solar com fator de no mínimo 30 quando há exposição ao Sol. Aplique o protetor a cada duas horas ou depois que entrar na água.
Isso também vale nos dias nublados porque, diferente do que as pessoas imaginam, a radiação ultravioleta passa e atravessa as nuvens.
Todas estas medidas são para evitar o surgimento do câncer. Se ele aparecer, deve-se ficar atento às características mencionadas. Se houver lesões suspeitas deve-se procurar um médico para avaliação. No caso, o mais indicado é um Dermatologista. Quanto antes o diagnóstico, maior a chance de cura e com menor risco de sequelas.
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