Crises de convulsão: como lidar?
A convulsão, geralmente, é o aspecto motor relacionado à crise epiléptica. Isso significa que nem toda a crise epiléptica tem convulsão. Normalmente, essa crise ocorre por um disparo sincronizado, ou seja, ritmado, dos neurônios do cérebro. Pode ser em todo cérebro ou somente em uma região específica.
Quando isso acontece, temporariamente o cérebro perde o controle dos membros ou da região da face, podendo ser traduzido como abalos musculares intermitentes ou posturas anormais do corpo, chamado de convulsão quando existe uma manifestação motora.
Características de convulsão
A convulsão pode ser muito diferente de pessoa para pessoa. Ela pode variar desde uma crise de ausência até mesmo uma convulsão generalizada. A crise de ausência, comum em crianças, pode passar despercebida, isso porque às vezes a criança só pára o olhar e retoma o contato em segundos. Isso faz com que ela perca o rendimento escolar, por exemplo.
No entanto, existem outras crises, como as parciais ou focais, quando a pessoa fica acordada, percebendo toda a sua crise. Quando isso acontece, a pessoa pode notar um repuxamento no rosto, o braço formigando ou ainda ter uma sensação “diferente”. A pessoa também pode sentir alguns abalos e braço rígido e,a partir daí, ela pode ter a perda de consciência.
Outra situação que também pode acontecer é a crise generalizada. Ela é a mais comum: a pessoa tem perda de consciência, prende os dentes, saliva bastante, pode virar o rosto, virar os olhos, travar o corpo no chão e até ficar tremendo.
O que fazer em caso de convulsão?
O primeiro ponto é pensar na segurança da pessoa e não se desesperar. Normalmente, a pessoa agarra quem está tendo convulsão, mas isso não deve ser feito, pois pode piorar a evolução do quadro. Além disso, é ideal manter a pessoa protegida: se ela está em pé, ajude-a deitar, amparar a cabeça com um travesseiro ou alguma roupa para impedir que ela bata a cabeça contra o chão. O ideal é virar a cabeça dessa pessoa para ela escoar o excesso de saliva.
Saiba que um dos grandes mitos é que a pessoa vai enrolar a língua e sufocar, mas na verdade isso não acontece. Lembre-se de não introduzir caneta, colher ou o dedo na boca da pessoa tendo uma crise. Apenas vire a cabeça da pessoa e espere a saliva sair.
Duração
Vale lembrar que a crise vai acabar e que, normalmente, ela dura por volta de um minuto. Nesse tempo, solicite que outra pessoa chame ajuda de uma ambulância. Assim que o socorro chegar, conte ao especialista o que aconteceu, a condição que a pessoa estava, se consumiu bebida alcoólica ou se ela teve perda de consciência.
Informe ainda quanto tempo a pessoa permaneceu desacordada e as manifestações que ela teve: se ficou contorcida, se virou os olhos, se mordeu ou apertou os dentes, se ela se machucou de alguma forma, se ficou sonolenta, confusa ou agitada.
O que causa uma crise de convulsão?
A principal causa da crise convulsiva é a falta do uso da medicação. Parece óbvio usar a medicação corretamente para evitar esta situação, mas com a rotina, muitas pessoas esquecem de tomar o medicamento no horário.
Entre outras causas clínicas mais comuns estão: excesso de bebida alcoólica, falta ou abstinência de bebida alcoólica, uso de medicações sedativas ou falta e privação dessas substâncias, infecções, alguns problemas no sangue, como a falta de sódio, redução da glicemia o excesso de glicose no sangue.
Já, entre as causas mais graves, estão: tumores cerebrais, hemorragias, ruptura de aneurisma, aumento do volume cerebral por líquido excessivo no cérebro e meningites. Por isso, é importante que quando a pessoa sofre sua primeira crise convulsiva, ela seja levada para o hospital.
Diferenças entre crise epiléptica e epilepsia
A epilepsia é uma doença e crise epiléptica é um sintoma neurológico. A epilepsia é uma doença caracterizada pela repetição, pela recorrência de crises epilépticas. Essas crises podem acontecer em um dia ou podem ter um intervalo de vários meses.
Existe uma diferença entre a pessoa que teve uma primeira crise e a epilepsia: no primeiro caso, a primeira crise deve sempre ser levada ao pronto-socorro, pois se trata de uma emergência neurológica. O paciente com recorrência de crises deve fazer um acompanhamento neurológico.
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