Deficiência Intelectual
A deficiência intelectual (DI) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, juntamente com limitações na capacidade adaptativa. É uma condição que pode se manifestar desde os primeiros anos de vida da criança e pode variar em gravidade.
Quais são os principais sintomas de deficiência intelectual?
É importante observar se a criança apresenta algum sintoma de deficiência intelectual, que pode ser:
- Aquisição lenta de conhecimento e habilidades: pessoas com DI podem ter dificuldades significativas em aprender novos conceitos, como ler, escrever, fazer cálculos, resolver problemas abstratos e realizar tarefas cotidianas;
- Comportamento imaturo para a idade: muitas vezes, essas pessoas demonstram interesses e comportamentos que são mais compatíveis com faixas etárias mais jovens. Isso pode incluir brincadeiras consideradas adequadas para crianças mais novas, dificuldade em lidar com situações sociais e emocionais, e um maior risco de serem manipuladas ou vítimas de abuso;
- Habilidades limitadas de autocuidados: pessoas com DI podem ter dificuldade em realizar tarefas de autocuidado, como tomar banho, se vestir de forma independente e alimentar-se.
Gravidade da deficiência intelectual
A gravidade da deficiência intelectual pode variar amplamente e é frequentemente classificada da seguinte maneira:
- Leve: QI entre 50 e 69. Pode ter dificuldades em áreas como o uso de dinheiro e resolução de problemas, mas pode aprender com estratégias de ensino;
- Moderada: QI entre 35 e 49. Geralmente precisa de apoio substancial, especialmente em habilidades de comunicação e autocuidado;
- Grave: QI entre 20 e 34. Requer supervisão contínua em atividades de vida diária e comunicação limitada;
- Profunda: QI inferior a 20. Precisa de cuidados e supervisão constantes, muitas vezes com deficiências físicas associadas.
O que causas a deficiência intelectual?
A DI pode ter diversas causas e agrupadas em três períodos:
- Pré-natais: incluem alterações genéticas, síndromes genéticas (como a Síndrome de Down), tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, efeitos de medicações durante a gestação, doenças crônicas maternas não controladas e desnutrição materna;
- Peri-natais: envolvem eventos que ocorrem durante o trabalho de parto e até 30 dias após o nascimento, como anóxia neonatal, prematuridade e baixo peso ao nascer, bem como icterícia grave;
- Pós-natais: refletem fatores que ocorrem após 30 dias de vida até a adolescência, incluindo desnutrição, falta de estimulação, infecções graves, meningite, intoxicações e acidentes.
Diagnóstico e tratamento de DI
O diagnóstico da DI envolve avaliação multidisciplinar, que pode incluir psicólogos, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Essa equipe avaliará o funcionamento da criança ou indivíduo em várias áreas e ajudará a desenvolver um plano terapêutico personalizado.
O tratamento da DI visa estimular habilidades e independência. Pode incluir psicoterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e orientação médica. É essencial envolver ativamente a criança ou indivíduo e sua família no processo de tratamento.
Pessoas com DI têm os mesmos direitos que qualquer outro cidadão e têm acesso a serviços de educação, saúde e oportunidades de trabalho. Existem também benefícios e apoios disponíveis, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e isenções fiscais, que podem variar de acordo com a legislação do país.
É importante procurar ajuda profissional ao perceber sintomas ou fatores de risco relacionados à DI. O diagnóstico precoce e a intervenção adequada podem fazer uma diferença significativa no desenvolvimento e na qualidade de vida das pessoas com DI.
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