Dengue: sintomas, diagnósticos, tratamentos e muitos mais!

A dengue, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, está causando uma grave epidemia nacional no Brasil, devido ao aumento no número de casos. Isso, tem gerado preocupação em toda a população e demandado ações urgentes das autoridades de saúde.

Neste contexto desafiador, é importante que todos estejam cientes dos riscos associados à dengue e adotem medidas preventivas para proteger a si mesmos e às suas comunidades. Por isso, neste texto, você vai saber sobre a dengue, sintomas, diagnóstico e tratamento.

Epidemia de dengue no Brasil

Depois de tantas informações sobre o Covid-19, muitas pessoas quando são diagnosticadas com problema de saúde, pensam que é o coronavírus. Em alguns casos, pode até ser, mas vale lembrar que o Brasil tem uma epidemia de Dengue!

Em 2019, mais de um milhão e meio de pessoas (1.544.987) tiveram o diagnóstico de dengue, sendo que 782 do total, morreram dessa doença.

Sintomas de dengue

Uma dúvida muito comum está relacionada aos sintomas, afinal, quando suspeitar de dengue? Inicialmente, é recomendado avaliar os sintomas e se descobrir se há casos na cidade. No entanto, seguem sete sintomas principais:

  • Febre alta (maior que 38,5ºC);
  • Dor de cabeça, principalmente atrás dos olhos;
A dengue causa dor de cabeça.
A dengue causa dor de cabeça.
  • Dor no corpo (mialgia), freqüentemente na região lombar;
  • Dores nas articulações (nas “juntas”);
Atente-se às dores nas articulações.
Atente-se às dores nas articulações.
  • Cansaço: normalmente, quem está com dengue relata muito cansaço, como se faltasse energia;
  • Manchas vermelhas pelo corpo, principalmente no tronco (tórax, abdome e região dorsal);
  • Náuseas e vômitos.

Geralmente, os sintomas aparecem após quatro e sete dias da picada e podem durar até 10 dias. Os sintomas citados acima, fazem parte da forma clássica da doença, mas existem formas graves, chamadas de “dengue com sinais de alerta” e “dengue grave”.

Dengue com sinais de alerta

  • Dor na barriga;
  • Vômitos persistentes;
  • Queda das plaquetas no sangue;
  • Sangramentos espontâneos em alguns lugares, principalmente boca e nariz;
  • Acúmulo de líquidos na barriga, chamados de ascite ou na pleura (derrame pleural);
  • Muito cansaço.
Os sinais de alerta para dengue incluem dor abdominal e vômitos.
Os sinais de alerta para dengue incluem dor abdominal e vômitos.

Dengue grave

  • Choque: taquicardia, extremidades frias, hipotensão arterial;
  • Sangramento grave, sendo digestivo e hemorragia do sistema nervoso central;
  • Comprometimento grave da função dos órgãos, como alterações do fígado e coração;
  • Rebaixamento do nível de consciência.

Evolução da dengue

De modo geral, quando a pessoa apresenta, pelo menos, três formas dos sintomas clássicos, a melhora ocorre em até dez dias. Já, os sintomas mais graves apresentam uma ameaça e a principal pergunta, relacionada a isso, é: é possível saber quem vai evoluir com a forma mais leve e quem vai apresentar a forma grave? A resposta é não.

É importante saber que as crianças pequenas, idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer tem maior risco de ter dengue. Diante disso, deve haver atenção redobrada.

Se houver suspeita de sintomas de dengue, é fundamental procurar um médico ou serviço de saúde para avaliação, já que não é possível saber quem terá evolução leve ou grave.

Diagnóstico de dengue

O diagnóstico é feito com história clínica, baseado nos sintomas relatados pelo paciente, exame físico realizado com a prova do laço, um exame simples baseado na colocação de um garrote no braço para verificar se aparecem petéquias na pele do braço (sinal de sangramento) e exame de sangue como hemograma e plaquetas.

O diagnóstico é feito através de exame de sangue.
O diagnóstico é feito pelo exame de sangue.

Para confirmação do diagnóstico, pode ser usado o teste rápido usado, normalmente, nas triagens ou exames de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral.

Qual o tratamento para dengue?

É válido saber que não existe um medicamento antiviral específico para combater o vírus. O tratamento suporte é realizado com repouso, hidratação e analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol, nos casos de febre, se atentando aos sinais de alarme citados. Na presença deles, busque um pronto-socorro.

O que NÃO fazer em caso de dengue?

Vale destacar um ponto importante: em caso de suspeita de dengue não use medicamentos antiinflamatórios não hormonais (AINEs), como Cataflan, Voltaren, Diclofenaco e Aspirina. Esses remédios podem interferir com a agregação plaquetária e favorecer sangramentos.

Evite água parada

A principal forma de prevenção da dengue é o combate ao mosquito. Ele tem uma vida média entre uma e quatro semanas, durante a qual permanece abrigado em ambientes domiciliares próximos aos criadouros, com hábitos diurnos e vôo curto (até 800 metros). Isso significa que o mosquito que está no ambiente foi criado lá mesmo ou nos arredores.

É válido lembrar que ele precisa de água parada para se reproduzir então, por isso, lajes, calhas que represam água, caixas d´água não protegidas, acúmulo de lixo (latas, pneus, garrafas) devem ser evitados.

Evite acúmulo de lixo para prevenir o mosquito.
Evite acúmulo de lixo para prevenir o mosquito.

Além do combate ao mosquito existem medidas para diminuir seu risco de picadas como roupas compridas que diminuem a exposição da pele, repelentes inseticidas e véus protetores.

É possível ser picado mais de uma vez?

A resposta é sim! Existem quatro tipos de vírus de dengue, sendo os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Ou seja, se uma pessoa pegou o sorotipo 1, está protegida contra esse tipo, mas pode pegar dengue novamente pelos sorotipos 2, 3 e 4 e, muitas vezes essa re-infecção é ainda mais grave.

Zika, Chikungunya e Febre Amarela

Saiba que os sintomas de dengue são semelhantes aos de outras doenças também transmitidas por mosquito e que chamamos de arboviroses: Zika, Chikungunya e Febre Amarela, dependendo da região são mais ou menos frequentes, mas na suspeita de qualquer uma delas, busque pelo serviço médico de urgência, por um clínico geral ou infectologista.

Vacina contra dengue

Existe uma vacina presente apenas em clínicas particulares, indicada apenas para quem já teve dengue mediante recomendação médica. O Instituto Butantan também criou uma vacina contra os quatro sorotipos. Ela já está em fases avançadas do estudo e com resultados promissores.

Até que essas vacinas estejam disponíveis a todas as pessoas, o recomendado continua sendo o combate ao mosquito e eliminação das águas paradas.

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Veja o vídeo com a explicação da especialista: