Dermatite seborreica e caspa: quais são as causas e o que fazer?

A dermatite seborreica é um problema muito comum e a estimativa é que 20% da população mundial, ou uma em cada cinco pessoas, tenha esse problema. Normalmente, a dermatite seborreica afeta as áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas, como couro cabeludo (caspa), face, região peitoral e conduto auditivo. Já na face, as lesões são mais frequentes nas sobrancelhas, barba, lateral do nariz, pálpebras, dentro e atrás das orelhas.

No entanto, apesar de não ser grave e não afetar a saúde geral, pode causar incômodo e desconforto, prejudicando a autoestima e qualidade de vida dos pacientes. Isso porque muitas pessoas com dermatite seborreica evitam usar roupas escuras que podem evidenciar a presença das escamas que vão se soltando da pele ou do couro cabeludo.

Dermatite seborreica em recém-nascidos

Nos recém-nascidos, a dermatite seborreica é chamada de crosta láctea. Embora ela não apresente risco à saúde do bebê, os pais podem ficar preocupados. No entanto, é importante saber que essa é uma condição temporária e raramente permanece após o primeiro ano de vida. Nos adultos, a doença tem caráter crônico com períodos de melhora e de piora.

O que causa a dermatite seborreica?

A causa exata não é totalmente conhecida, mas a predisposição genética e vários fatores externos podem intensificar a dermatite seborreica, como estresse emocional, clima frio e seco, tabagismo, ingestão de álcool e alguns medicamentos. É importante saber que a dermatite seborreica está relacionada à presença de um fungo na pele, porém essa não é a causa direta.

Além disso, é válido citar que ela não é uma micose, não é contagiosa, não está associada à falta de higiene e algumas doenças neurológicas e do sistema imunológico, como Parkinson e HIV, aumentam a incidência de dermatite seborreica. Por isso, ao ser diagnosticado com a doença é preciso se atentar.

Quando suspeitar de dermatite seborreica?

A dermatite seborreica é caracterizada pelo aparecimento de placas avermelhadas e descamativas. Essas escamas, finas e esbranquiçadas, quando são lesões no couro cabeludo e se soltam da pele, dão origem à caspa. Eventualmente, as crostas são mais grossas, amareladas e bem aderidas à pele que pode coçar ou não, variando de pessoa para pessoa. Na presença dos sintomas listados, procure um médico dermatologista para correta avaliação.

Diagnóstico

Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente, sem a necessidade de exames complementares. No entanto, é válido se atentar, pois outras doenças dermatológicas também podem causar lesões avermelhadas e descamativas, como psoríase, dermatite atópica e alergia de contato.

Saiba que quando a dermatite seborreica afeta o couro cabeludo, é normal as pessoas confundirem com piolho, já que as lêndeas são brancas, pequenas, ficam grudadas nos fios e podem parecer caspa. Porém, diferente das escamas da dermatite seborreica, as lêndeas se concentram na região da nuca e não se soltam facilmente dos fios. O diagnóstico correto é feito pelo médico dermatologista e se houver dúvida exames extras podem ser solicitados.

Tratamento

Não existe cura para a dermatite seborreica e o tratamento pretende controlar a doença: para a dermatite seborreica do couro cabeludo, xampus específicos podem ajudar bastante. Nas crises, medicamentos tópicos com ação anti-inflamatória são utilizados. Além disso, é válido saber que alguns cuidados podem ajudar no controle da dermatite seborreica, especialmente quando a área afetada é o couro cabeludo:

• Não tomar banho com água muito quente;
• Enxaguar bem a cabeça após a aplicação do xampu;
• Não aplicar o condicionador no couro cabeludo, mas no comprimento dos fios;
• Não dormir com os cabelos molhados;
• Evitar usar gorros, chapéus ou bonés;
• Evitar químicas como alisamento e progressivas.

Com qual frequência lavar os cabelos?

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, lavar os cabelos todos os dias não faz mal. Esse ato é benéfico principalmente para quem tem cabelos oleosos. Saiba que ao seguir essas recomendações, na maioria das vezes, será possível controlar a doença.

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