Diarreia: conheça as possíveis causas

A diarreia é a evacuação de fezes amolecidas ou aquosas, com aumento na frequência em mais de três vezes ao dia.  Se uma pessoa está com diarreia, a primeira coisa que ela deve prestar atenção é: há quanto tempo isso está acontecendo? As diarreias são divididas em:

• Diarreia aguda: duram até 14 dias
• Diarreia crônica: duram mais de 30 dias

Isso é importante pois ajuda no diagnóstico e tratamento. 

1) Diarreia aguda

As diarreias agudas são as mais comuns. Normalmente, elas melhoram entre dois e quatro dias, mas podem durar até duas semanas.

Causas:

• Viroses: são as principais causas de diarreia aguda, caracterizadas por infecções por vírus, sendo os mais comuns o rotavírus e adenovírus. Normalmente, atingem as crianças, por isso, a vacina contra o rotavírus está no calendário vacinal das crianças. Saiba que se uma criança está com diarreia, os pais ou responsáveis precisam verificar se ela vacinada contra o rotavírus e se ela teve contato com alguém com diarreia.
• Infecções por bactérias ou por parasitas: essas infecções ocorrem após ingerir alimento contaminado ou água não tratada. É importante se atentar pois as infecções por bactéria são as mais graves e podem causar febre alta ou sangue nas fezes. Já as infecções por parasitas costumam ser mais leves e mais alongadas.

Sintomas de diarreia aguda

Existem outros sintomas que podem aparecer junto com a diarreia.  Se notar, informe ao médico para que ele entenda a gravidade da situação. Entre os sintomas que podem aparecer, estão:

• Dor de barriga ou cólicas;
• Náuseas ou vômitos;
• Febre;
• Sangue nas fezes;
• Sinal de desidratação: esse é um sinal de gravidade ou sinal de alerta.

Sinais de alerta

Em alguns casos, a diarreia pode apresentar sinais de alerta que podem indicar algo mais grave:

• Cansaço;
• Urina escura;
• Boca seca;
• Aumento da frequência cardíaca;
• Tontura ao levantar;
• Fezes com sangue ou pus;
• Febre muito alta;
• Dor abdominal muito intensa.

Nesses casos, o paciente deve ser levado ao pronto-socorro, principalmente se ele for criança, idoso, paciente com diabetes ou problemas no coração.

2) Diarreia Crônica

As diarreias crônicas são aquelas com mais de um mês de duração, de forma contínua ou indo e voltando. Para auxiliar o médico a fazer o diagnóstico, é preciso reparar:

• Se a diarreia aparece ou piora quando se ingere algum alimento;
• Se a pessoa se sente estufada, com mais gases e às vezes com diarreia após ingerir alimentos que contenham leite. Isso pode ser um sinal de intolerância à lactose, que é a dificuldade na digestão de um componente do leite, cada vez mais diagnosticada nos dias de hoje;
• Se a pessoa tem esses sintomas quando come pães ou massa. Pode ser um sinal de alergia ao glúten, chamada doença celíaca;
• Se a diarreia tem relação com o estresse ou quando a pessoa fica nervosa: algumas colites ou síndrome do intestino irritável podem ter essa característica;
• Se não tem causa aparente: as retocolites ou doença de Crohn, que são doenças auto imunes, onde o próprio corpo gera uma inflamação no intestino, podem ser a causa;
• Quais remédios está tomando: existem muitos remédios que podem ter como efeito colateral a diarreia, como antibióticos e quimioterápicos;
• Se tem mais alguém na família que teve esse problema. Se a pessoa tem histórico familiar de doenças intestinais é preciso avisar o médico;
• Se a pessoa tem diarreia que não melhora e se está associada ao emagrecimento e perda de apetite, pois pode ser um dos sinais de câncer intestinal e um médico especialista precisa ser procurado;

Tanto nas diarreias agudas quando crônicas, é muito importante manter a pessoa hidratada, já que durante a diarreia ele perde muito líquido.

Como se hidratar?

Para se hidratar é preciso tomar muita água, bebidas esportivas e suco de frutas. Evite bebidas com cafeína, leite, refrigerantes, bebidas com álcool ou bebidas com gás. Para crianças, além de água e sucos, deve-se dar as soluções de hidratação oral que existem nas farmácias ou o soro caseiro, que vão ajudar a repor os líquidos e sais minerais perdidos mais rapidamente.

Outra recomendação importante é sobre a comida. É importante evita alimentos que soltem o intestino, como saladas, mamão, ameixas, frituras e doces. O ideal é a ingestão de alimentos mais leves e de fácil digestão, como bolacha água e sal, arroz, purês, polvilho e sopas.

Caso precise de ajuda médica, busque por um Gastroenterologista.

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