Entenda por que as birras acontecem

As birras são momentos em que a criança tenta atrair toda atenção para si mesma de uma forma negativa. Com isso, a tendência é que os adultos envolvidos se cansam ou se irritam e acabam fazendo tudo o que ela quer, levando a uma situação estressante para os pais e filhos. 

Por que as birras acontecem?

É importante saber que os bebês se tornam crianças pequenas de uma hora pra outra e a partir dos 10 meses, eles começam a interagir mais com o mundo, ter mais noção de quem são, do que gostam e do querem naquele momento. Tudo isso acontece, muitas vezes, antes das palavras e de serem capazes de explicar o que querem e, consequentemente, conseguir convencer as pessoas do porquê aquilo é tão importante naquele momento. 

Além disso, nessa idade as crianças não são capazes de dividir a atenção ou o foco. Ou seja, quando estão interessadas em algo, não conseguem pensar em mais nada e é como se o mundo inteiro girasse em torno daquilo. As birras acontecem na época em que as palavras ainda não estão lá e as crianças usam como instrumentos o ato de se jogar no chão, chorar, gritar e até se machucar, para convencer os adultos do que elas querem. 

Birras acontecem quando crianças pequenas ainda não conseguem expressar seus desejos com palavras e usam o choro e gritos para comunicar o que querem.

É importante saber que as crianças não são iguais: algumas são mais intensas, outras mais moderadas, algumas desenvolvem a linguagem mais rápido, outras demoram mais e usam as birras como instrumento. No entanto, saiba que todas as crianças passam por essa fase e não há vergonha nenhuma nisso, a questão é saber como lidar com essa situação.

Como agir durante as birras?

  • Não dê a atenção pretendida: nem atenção positiva: “toma, pega logo o que você quer!”, nem a atenção negativa: “não faça isso, para!!”. É necessário se afastar para permitir que a criança se acalme e entenda que a birra não é um instrumento aceitável;
  • Aprenda a se acalmar em situações de estresse. Esse é um grande ensinamento. Sendo assim, mantenha a calma e diga: “essa atitude não é legal. Vou deixar você se acalmar e depois a gente conversa”. Se afaste, sem deixar de vigiar a criança para ela não se machucar e não deixar ninguém se aproximar. Isso porque, quando a plateia some, em alguns instantes a criança vai ser capaz de sair do modo birra e certamente vai procurar o adulto. Quando ela estiver mais calma, explique por que ela não pode fazer ou pegar o que pretendia – é muito mais fácil respeitar o limite quando entendemos o porquê de ele existir. Em seguida, dê outras opções de brincadeira, para ajudar abrir o leque de possibilidades que a criança não é capaz de perceber sozinha naquele momento;
  • Às vezes é preciso dizer sim: se não for prejudicial para ela ou para outras pessoas, deixe a criança brincar, mexer e experimentar. É assim que ela aprende e interage com o mundo.

Essas atitudes podem parecer cansativas, mas agir assim de maneira consistente em todas as birras, eventualmente elas vão diminuir ou até desaparecer. Afinal, quando a birra não funciona, ela deixa de ser um instrumento útil.

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