Epicondilite lateral do cotovelo, ou cotovelo do tenista

A epicondilite lateral do cotovelo, comumente conhecida como “cotovelo de tenista,” é uma condição que provoca dor na parte externa do cotovelo. Apesar do nome, essa lesão não afeta apenas os tenistas; qualquer pessoa que realize movimentos repetitivos do punho e braço pode desenvolver o problema.

A epicondilite lateral ocorre devido à inflamação dos tendões. O tendão é uma estrutura que parece uma corda e que une o músculo ao osso. Desta forma, para movimentar qualquer parte do corpo, como levantar a mão, esse músculo contrai, puxa o tendão e esse tendão puxa o osso.  

A epicondilite lateral é causada pela inflamação dos tendões que ligam o músculo ao osso, gerando dor ao movimentar a área afetada.

A tendinite, ou tendinopatia, significa basicamente que houve um processo degenerativo e inflamatório dos tendões. Ela ocorre, principalmente, por uma sobrecarga desses tendões, geralmente quando a pessoa usa as mãos em excesso durante um período longo. E nesse período, se ela não faz pausas para o músculo descansar e se recuperar, vem a sobrecarga.

O que é a epicondilite lateral?

A epicondilite lateral é uma condição médica que envolve a inflamação ou alterações de um ou mais tendões que se originam do epicôndilo lateral do úmero, a proeminência do lado de fora do cotovelo. Entre os tendões que se inserem no epicôndilo lateral estão:

  • Os tendões dos músculos extensores de punho e dedos, responsáveis pela extensão deles;
  • O tendão do músculo supinador, responsável pelo movimento de supinação do antebraço, o movimento de torcer o antebraço para fora.

As atividades que envolvem movimentos repetitivos ou de grande esforço desses músculos estão entre as grandes causadoras de tendinite e, normalmente, os homens entre 35 e 55 anos tem mais chances de desenvolver.

Como explicado, apesar do nome desta condição ser conhecido por “cotovelo do tenista”, a maioria das pessoas que tem epicondilite não joga tênis. Ela pode ocorrer em profissionais de outros segmentos, como encanadores, pintores, carpinteiros, açougueiros, garçons e praticantes de atividades físicas com movimentos repetitivos do antebraço como tênis, musculação e natação.

A epicondilite lateral, conhecida como “cotovelo do tenista”, é uma inflamação dos tendões do epicôndilo lateral do úmero, frequentemente causada por movimentos repetitivos ou esforço excessivo do antebraço.

Quando suspeitar de epicondilite lateral?

O principal sintoma da epicondilite lateral é a dor, localizada no epicôndilo lateral ou um pouco abaixo dele, podendo irradiar para o antebraço. Essa dor pode ter início agudo ou mais insidioso.  O paciente com epicondilite pode referir dor quando faz movimentos que exige ou movimenta o tendão inflamado, como ao segurar objetos, podendo ser desde canetas, até malas e bandejas. Além disso, a pessoa pode suspeitar desta condição ao torcer o antebraço para abrir uma maçaneta ou tampa de algum pote, ou ainda esticar totalmente o cotovelo.

Diagnóstico

O diagnóstico da epicondilite lateral normalmente é clínico, sendo a história clínica e o exame físico suficientes para o diagnóstico do problema. Em algumas situações, principalmente quando o quadro não melhora, o médico pode pedir algum exame complementar, como ultrassonografia ou ressonância magnética para avaliar melhor a área acometida e a extensão da lesão.

Tratamento

Inicialmente, o tratamento da epicondilite lateral é clínico, com a redução dos movimentos repetitivos do cotovelo, que causou a epicondilite. Nos casos em que a dor é mais intensa, pode ser necessário realizar algum tipo de imobilização como talas ou tipoia para repousar totalmente a articulação do cotovelo. Em pessoas que praticam atividades físicas, correções e adaptações ao treino são fundamentais. A utilização de bolsa de gelo, medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos também auxiliam nessa fase inicial do tratamento. 

O tratamento da epicondilite lateral começa com a redução dos movimentos repetitivos, podendo incluir imobilização, uso de gelo, anti-inflamatórios, e ajustes em atividades físicas. Em casos de dor intensa, talas ou tipoias podem ser necessárias.

Além disso, a fisioterapia também oferece muitos benefícios na reabilitação da epicondilite lateral, com auxílio na melhora da dor, alongamentos e fortalecimento muscular. Na maioria das vezes, o repouso, as medicações e a fisioterapia são o suficiente para resolver o problema. Mas, quando não há melhora, outras possibilidades terapêuticas, como infiltrações com ácido hialurônico ou corticoide, terapias de ondas de choque e até mesmo a cirurgia podem ser indicadas.

Como prevenir a epicondilite lateral?

Algumas dicas podem ajudar a prevenir a epicondilite lateral:

  • Faça alongamentos do antebraço;
  • Faça fortalecimento muscular;
  • Evite movimentos repetitivos em excesso;
  • Evite ficar muito tempo com o cotovelo flexionado;
  • Evite carregar objetos muito pesados;
  • Para pessoas que utilizam computadores, o apoio completo do antebraço na mesa e o uso de apoios para teclado e mouses são recomendados;
  • Faça uma revisão constante das técnicas esportivas, pois os movimentos inadequados aumentam o risco da epicondilite lateral.

Se notar os sintomas listados, busque ajuda de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo.

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