Esteatose hepática: o que é gordura no fígado?

A esteatose hepática, ou gordura no fígado, refere-se ao acúmulo anormal de gordura nas células do fígado. Pequenas quantidades de gordura no fígado são normais, mas quando esse acúmulo ultrapassa um determinado limite, pode levar a problemas de saúde.

É importante saber que, no geral, o acúmulo de gordura no fígado não causa sintomas. Ou seja, é possível que alguém não sinta nada ou nem saiba que tenha gordura no fígado.  Existem três aspectos importantes sobre a esteatose hepática que deve ser destacado:

Principais causas de esteatose hepática

  • Uso excessivo do álcool;
  • Obesidade e diabetes, que estão associadas à doença hepática gordurosa não alcoólica;
  • Pressão alta;
  • Colesterol;
  • Alguns medicamentos;
  • Doenças crônicas do fígado como a hepatite B e a hepatite C.

Devido aos hábitos da vida moderna, com pouca atividade física e dieta hipercalórica, a obesidade e diabetes são doenças cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo. O resultado disso é que a esteatose hepática também está se tornando um importante problema de saúde pública.

Causas de obesidade: pouca atividade física e dieta hipercalórica.
Causas de obesidade: pouca atividade física e dieta hipercalórica.

A estimativa é que entre 25% e 30% da população mundial tenha doença hepática gordurosa não alcoólica. E, não é por acaso que essa é a doença hepática crônica mais comum.

Consequências da esteatose hepática

Quem tem gordura no fígado, ou doença hepática gordurosa não alcoólica, tem risco aumentado de ter doenças cardiovasculares, como o infarto e derrame. Essas doenças são as principais causas de morte no Brasil e no mundo.

Além disso, é importante saber que a doença gordurosa no fígado costuma aparecer antes do infarto ou do derrame, e por isso, é um alerta. Isso significa que a pessoa com esteatose hepática deve se preocupar com o fígado e com a prevenção dessas doenças cardiovasculares associadas.

Isso acontece se a doença hepática gordurosa não alcoólica está intimamente associada à síndrome metabólica, um conjunto de alterações composto por obesidade, diabetes, elevação do colesterol e da pressão arterial.

Essa gordura pode prejudicar diretamente o funcionamento do fígado, dependendo da pessoa e da gravidade do caso. No entanto, é possível ter gordura no fígado sem grandes repercussões, ou esteatose simples, que é mais comum.

Entretanto, é possível ter também uma inflamação associada, a esteatohepatite, e até mesmo a formação de cicatrizes no fígado, a fibrose hepática. Saiba que em alguns casos, a cirrose ou câncer de fígado podem se desenvolver como consequência desse acúmulo de gordura no fígado.

Grupos de risco

  • Pessoas com vários componentes da síndrome metabólica, como a obesidade, principalmente abdominal, com gordura mais na barriga, e diabetes;
  • Pessoas mais velhas;
  • Mulheres na menopausa;
  • Pessoas com alterações persistentes nos exames de sangue que avaliam o fígado (enzimas hepáticas).
Pessoas com gordura abdominal tem mais chance
Pessoas com gordura abdominal tem mais chance

Como diagnosticar a esteatose hepática?

Exames de imagem, como ultrassom, ou ressonância magnética podem detectar essa alteração. Algumas alterações em exames laboratoriais que avaliam o fígado podem sugerir o problema e indicar uma investigação mais completa.

Entretanto, se a pessoa tem os fatores de risco para gordura no fígado, como obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto e ingere bastante bebida alcoólica, é recomendado realizar avaliação do fígado.

Se o diagnóstico de esteatose hepática for confirmado, não é recomendado seguir o tratamento indicado por outras pessoas ou mesmo da internet. O ideal é buscar ajuda médica de um Gastroenterologista Clínico ou Hepatologista, que deverá indicar o acompanhamento em conjunto com nutricionista, nutrólogo, endocrinologista ou cardiologista.

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