Fascite Plantar: Entenda a Dor no Calcanhar e suas Causas
A dor no calcanhar, chamada de fascite plantar, é uma queixa comum entre a população. Ela é uma condição que afeta a sola do pé, próxima ao calcanhar. Estima-se que uma em cada dez pessoas apresentará dor plantar no calcanhar em algum momento da vida, por isso é importante identificar as causas e conhecer os sintomas.
A fascia plantar é um espesso ligamento de tecido fibroso e pouco elástico que recobre a musculatura da sola do pé, estendendo-se desde o osso calcâneo até a base dos dedos dos pés. Sua função é sustentar o arco do pé e absorver e distribuir a energia do impacto durante a caminhada, corrida e salto.
Como é a dor da fascite plantar?
Geralmente, essa dor é mais intensa nos primeiros passos, principalmente após acordar. Muitas pessoas relatam uma sensação de agulhadas no calcanhar ao se levantarem da cama, que melhora ao longo do dia. Além disso, a dor pode ser desencadeada por longos períodos em pé ou ao se levantar após ficar sentado por algum tempo.
Saiba que as causas exatas da fascite plantar ainda não são totalmente conhecidas. Na maioria dos casos, a dor é provocada pelo estiramento excessivo ou pequenos rasgos na fáscia plantar, causados principalmente pela repetição de microtraumatismos nessa estrutura.
Causas de fascite plantar
É importante saber que, embora a causa exata não esteja estabelecida, a medicina identificou grupos de maior risco para o desenvolvimento dessa condição:
- Idade: é mais comum entre 40 e 60 anos;
- Atividade física: as atividades que colocam muito estresse no calcanhar, como corrida de longa distância, podem contribuir para o desenvolvimento da fascite plantar. Além disso, um treino excessivo, aumento abrupto na distância ou intensidade da corrida ou caminhada, uso de tênis inadequados e superfícies de solo rígidas também podem ser fatores de risco;
- Pé e pisada: a forma do pé influencia no desenvolvimento da fascite plantar. Os tipos de pé mais associados a esse problema são o pé plano (também conhecido como pé chato) e o pé cavo (com o arco muito pronunciado). Além disso, quem possui pisada supinada (pé voltado para fora) tem maior risco, assim como aqueles que apresentam problemas no tendão de Aquiles e dificuldade em levantar o pé;
- Tempo em pé: ficar muito tempo em pé é um fator de risco, principalmente para profissionais que passam a maior parte do dia nessa posição, como professores;
- Peso: a obesidade aumenta a pressão exercida no calcanhar e na superfície plantar do arco do pé, aumentando as chances de desenvolver fascite plantar.
Além desses fatores, existem outras doenças que podem estar associadas à fascite plantar, como doenças reumáticas sistêmicas, fibromialgia, espondiloartropatia, entre outras.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da fascite plantar é realizado com base nos sintomas, histórico do paciente e exame físico. Dependendo do caso, podem ser necessários exames complementares, como radiografias, ultrassom ou até mesmo ressonância magnética.
É importante saber que o tratamento inicial deve ser sempre baseado em medidas conservadoras para alívio da dor, incluindo a modificação de hábitos para evitar impacto excessivo, uso de calçados adequados, realização de exercícios de alongamento e fortalecimento por meio da fisioterapia.
Em alguns casos, terapia de ondas de choque, órteses específicas, acupuntura, infiltração com corticoide e outros tratamentos mais recentes podem ser recomendados. Cerca de 80% dos pacientes apresentam melhora com essas medidas. Mas, se a dor persistir após 6 e 12 meses de tratamento conservador, a cirurgia é indicada em alguns casos.
É importante ressaltar que ignorar a fascite plantar pode ter consequências negativas, já que a dor crônica no calcanhar pode se tornar um problema, afetando significativamente sua qualidade de vida. Além disso, ao modificar sua maneira de andar para evitar a dor, outros problemas nos pés, joelhos, quadris e até mesmo nas costas podem surgir.
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