Hiperatividade infantil: como diagnosticar?

Todas as pessoas possuem um nível de atividade, o qual engloba atividades motoras e físicas, como movimentar-se, manipular objetos e realizar ações corporais. A hiperatividade infantil, também conhecida como agitação ou inquietação, refere-se a um excesso no nível de atividade.

É importante compreender que a hiperatividade infantil varia de acordo com a idade da criança e seu estágio de desenvolvimento. Por exemplo, crianças entre três e cinco anos geralmente apresentam movimentação constante e concentram-se em uma atividade por curtos períodos. Conforme crescem, esse nível de atividade pode mudar, assim como seu controle sobre ele.

Como identificar a hiperatividade infantil?

Para determinar se uma criança é hiperativa, é importante observar seu comportamento em diferentes contextos, tais como:

  • A criança está constantemente mexendo as mãos e os pés, pulando e correndo, mesmo em situações que demandam que ela permaneça sentada ou quieta. Enquanto é natural que ela corra e pule em um parque, se ela demonstrar essa agitação em momentos que exigem tranquilidade, pode ser um indício de hiperatividade;
  • Além disso, a criança pode ter dificuldade em participar e se envolver de forma calma em brincadeiras ou atividades mais prolongadas. Ela pode também falar ou gritar excessivamente, mesmo em situações que demandam silêncio. Esses comportamentos persistentes e inadequados podem sugerir a presença de hiperatividade infantil;
  • Também é importante observar o comportamento das outras crianças da mesma faixa etária, seja na escola, nos parques ou em clubes, para avaliar se o nível de atividade da criança em questão é excessivo em comparação com seus pares. No entanto, é essencial considerar se essa hiperatividade representa um problema para ela. Nem todas as crianças agitadas sofrem com a hiperatividade, já que algumas simplesmente possuem uma energia naturalmente mais elevada, o que não necessariamente é uma questão preocupante.
Uma criança que não consegue se envolver de forma mais calma em brincadeiras ou atividades prolongadas pode ser um sinal de hiperatividade.

Quando a hiperatividade infantil é um problema?

Existem casos em que a hiperatividade infantil se torna problemática. Alguns sinais que indicam essa situação incluem:

  • Dificuldade em manter o foco nas atividades de seu interesse – mesmo em tarefas que a criança aprecia, ela enfrenta dificuldade em se manter engajada naquela atividade;
  • Dificuldade em se concentrar em tarefas acadêmicas, o que pode resultar em dificuldades de aprendizado;
  • Menor habilidade em estabelecer conexões com outras crianças, o que pode levar a problemas nas interações sociais, mais conflitos e uma menor capacidade de se colocar no lugar dos colegas;
  • Desafios na interação com adultos e na conformidade com regras: a hiperatividade da criança pode dificultar sua adaptação a diferentes ambientes.

É essencial entender que a hiperatividade não é algo passageiro; ela persiste ao longo do tempo e em diversos contextos, impactando negativamente o desenvolvimento da criança.

Se esses sintomas persistirem, é aconselhável procurar um profissional especializado em saúde mental infantil, como um psiquiatra especializado em crianças e adolescentes, pois pode ser que a criança esteja enfrentando transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Além disso, é importante estar atento aos sinais de alerta. Se a criança não apresentava hiperatividade e isso mudou nos últimos dias ou semanas, pode ser um sinal de alerta significativo. Quando há uma mudança abrupta no comportamento da criança, é essencial investigar possíveis fatores estressores no ambiente familiar, escolar ou comunitário. Nesses casos, é recomendável buscar a orientação de um profissional especializado.

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