HPV: saiba o que é!

O HPV é um vírus chamado Papiloma Vírus Humano, responsável pela infecção sexualmente transmitida mais comum em todo o mundo! Grande parte da população tem HPV, algumas pessoas têm sintomas, mas outras nem sabem que tem.

A estimativa é que, considerando a população em geral, uma em cada quatro mulheres tem HPV. Já nos homens esse número é o dobro: um em cada dois tem o vírus. Se avaliarmos a população sexualmente ativa esse número chega a mais de 80%!

Uma em cada quatro mulheres tem HPV.
Uma em cada quatro mulheres tem HPV.

O que o HPV pode causar?

O HPV infecta pele e mucosas das regiões oral, genital e anal tanto de homens quanto de mulheres. Mas, isso não significa que a pessoa infectada terá a doença. O vírus pode causar a doença, ficar presente no seu corpo e permanecer silencioso ou latente sem aparecer. Pode ainda ser eliminado.

O HPV se manifesta através de verruga.
O HPV se manifesta através de verruga.

A maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune que é o seu sistema de defesa. Nesses casos, há regressão da infecção entre seis meses e dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens.

Porém, cinco em cada 100 pessoas têm a doença em algum momento da vida, geralmente entre 2 meses e 20 anos após a infecção.

Quais os sintomas do HPV?

O HPV pode se manifestar como lesões benignas, como verrugas pequenas e imperceptíveis, crista de galo, figueira, couve-flor ou condilomas. Os locais mais comuns de aparecimento são a vulva, vagina, colo de útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ ou região pubiana.

As áreas menos frequentemente, mas que podem estar presentes são as extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea. Essas manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa, mas qualquer pessoa pode ter!

Saiba que o HPV pode se manifestar também quando está associado a doenças malignas, como câncer. É importante saber que o HPV tem relação com quase 100% dos casos de câncer de colo do útero; 85% dos casos de câncer de ânus; 35% de orofaringe e 23% de boca.

Vale destacar que a maioria das pessoas com HPV não terá câncer, mas quando acontece, o início da doença demora mais de 10 anos!

Verrugas genitais e câncer

Muitas pessoas acham que porque tem verrugas genitais vão ter câncer relacionado ao HPV, mas isso não é verdade. Existem mais de 150 subtipos de HPV e entre os subtipos que causam a verruga e câncer são diferentes.

Transmissão do vírus HPV

O HPV é transmitido, principalmente, por via sexual: contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Aqui cabem quatro esclarecimentos de dúvidas comuns:

  • “É possível pegar HPV mesmo sem penetração vaginal ou anal?”

Sim! O contato pele com pele já pode transmitir, por isso, ao usar camisinha diminui-se o risco de pegar, mas ainda assim pode se infectar pelo contato pele com pele com as áreas não cobertas pelo preservativo.

A camisinha diminui o risco de pegar HPV.
A camisinha diminui o risco de pegar HPV.
  • “É possível transmitir HPV mesmo sem ter lesão ou qualquer outros sintomas?”

Sim, mesmo sem ter nenhuma lesão evidente é possível transmitir.

  • “É possível saber quando ouve a infecção ou quem passou o vírus?

O período de manifestação pode ser entre dois meses e 20 anos após a infecção. Isso dificulta saber quando houve a infecção. E quem passou o vírus, é possível saber? Saiba que qualquer parceiro ou parceira que teve nesse período pode ser o transmissor do vírus.

Múltiplos parceiros aumentam chance de contaminação por HPV.
Múltiplos parceiros aumentam chance de contaminação por HPV.
  • “É possível pegar HPV por meio de objetos, do uso de vaso sanitário, piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas?”

Até o momento não existe comprovação dessa forma de contaminação.

Prevenção através da vacina

Existem diferentes tipos de vacina para o HPV que protegem de 2 a 9 desses tipos, sendo capaz de prevenir até 90% dos cânceres de colo de útero.

As vacinas são recomendadas para meninas a partir de 9 anos e meninos a partir de 11 anos. Essa idade tem alta taxa de resposta, já que normalmente as crianças não tiveram atividade sexual e, portanto, não tiveram contato com o vírus. É recomendada também para pacientes com alguma imunodepressão, como paciente oncológicos, transplantados ou que vivem com HIV/AIDS. Nesse caso até a idade de 26 anos;

A vacina é um método de prevenção.
A vacina é um método de prevenção.

Como a vacina é relativamente recente, muitas pessoas não foram vacinadas e já iniciaram atividade sexual. Mas, saiba que existe benefício para elas também: como a vacina protege contra mais de um tipo de HPV, a pessoa pode se beneficiar. Elas são encontradas no SUS. Também em clínicas privadas.

Os critérios para vacinação, número de doses e outras informações podem ser obtidos através do link do SUS clicando aqui.

Outros métodos de prevenção

  • Camisinha: usar camisinha nas relações sexuais previne o HPV, mas vale lembrar que pode ocorrer transmissão em áreas não cobertas pela camisinha;
  • Múltiplos parceiros: quanto maior o número de parceiros, mais risco de pegar HPV;
  • Rastreamento de câncer: mesmo fazendo tudo isso não é certeza que não haverá contaminação por vírus do HPV em algum momento da sua vida, e que podem causar, principalmente, um dos tipos de câncer citados. Desta forma, é essencial fazer o rastreamento de câncer. A lógica é: Se não é certeza que consigo evitar a infecção pelo HPV,  ao ter o vírus e evoluir para câncer, melhor descobrir no começo, quando as curas são mais altas.

Isso se aplica para mulheres entre 25 e 64 anos, quando é recomendado consultas de rotina com o Ginecologista para fazer os exames de rastreamento de câncer de colo de útero, o Papanicolau.

Mulheres ente 25 e 64 anos devem manter as consultas de rotina com o Ginecologista.
Mulheres ente 25 e 64 anos devem manter as consultas de rotina com o Ginecologista.

Como saber se há infecção com HPV?

Ao ter doenças associadas ao HPV, como verrugas ou cânceres citados, é provável que a pessoa tenha HPV. Isso vale para as lesões pré malignas identificadas no rastreamento do câncer de colo de útero.

É possível também saber por meio de pesquisa de HPV no colo de útero usados em alguns casos como parte do rastreamento. Não sendo esses os casos, não existe teste ou exame para descobrir se há ou se já teve HPV.

Tratamento para HPV

O sistema de defesa do corpo humano pode eliminar o vírus, mas nem sempre isso acontece e também não existe tratamento para combater e eliminar o vírus HPV. O que existe são tratamentos para as doenças que o HPV pode causar: as verrugas quando elas surgirem. Também é importante se atentar aos cânceres relacionados ao HPV, para descobrir e tratar o mais precoce possível.

 Ao notar alguma lesão suspeita ou se faz parte dos grupos indicados para vacina e rastreamento, ou se ainda tem alguma dúvida sobre isso, procure o médico Clínico Geral, Infectologista, Ginecologista ou Urologista.

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Veja o vídeo com a explicação da especialista: