Idoso acamado: o que é e cuidados gerais

A imobilidade de um idoso pode ser resultado de graves problemas de saúde, como um Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores, doenças pulmonares, problemas cardíacos, entre outros. Aproximadamente 25% dos idosos internados em hospitais estão nessa condição. Mas como lidar com a situação de um idoso acamado? Quais cuidados gerais podem ser tomados para melhorar sua qualidade de vida? Este texto explora as mudanças no corpo e as medidas que podem ser adotadas para minimizar as complicações relacionadas à imobilidade.

Principais causas de imobilidade no idoso

A imobilidade no idoso pode ocorrer devido a diversas condições, como AVC, doenças como Parkinson, Alzheimer, complicações pulmonares e cardíacas, ou mesmo sequelas do COVID-19. À medida que o idoso se torna acamado, mudanças fisiológicas começam a ocorrer em seu corpo, muitas das quais são comuns entre os pacientes acamados, independentemente da doença que causou a imobilidade.

Mudanças no Corpo de uma Pessoa Imóvel

Músculos, ossos e articulações

Quando um idoso fica acamado, a falta de movimento leva à atrofia muscular, perda de massa muscular e fraqueza óssea, aumentando o risco de fraturas. As articulações também se tornam rígidas, dificultando o movimento e causando dores.

Hábito alimentar e peso

A imobilidade pode dificultar a alimentação adequada, com alguns idosos necessitando de sondas. Para os que se alimentam pela boca, é essencial ter cuidado para evitar engasgos. A perda de peso pode ser uma consequência, assim como a dificuldade para engolir.

Intestino preso e incontinência fecal

A falta de movimento prejudica o funcionamento do intestino, resultando em prisão de ventre. Em alguns casos, pode ocorrer incontinência fecal devido à perda do controle sobre a evacuação.

Problemas respiratórios

A posição deitada constante pode afetar a expansão dos pulmões, prejudicando a oxigenação do corpo e aumentando o risco de pneumonia, especialmente em idosos com dificuldades para mastigar e engolir.

Problemas urinários

A imobilidade também pode afetar o controle da bexiga, levando à retenção urinária e à incontinência. Isso aumenta o risco de infecções urinárias devido à proliferação de bactérias.

Escaras

As áreas do corpo que ficam em contato com a cama ficam mais vulneráveis a lesões por pressão, conhecidas como escaras, que podem se tornar dolorosas e difíceis de tratar.

Trombose

A falta de movimento prejudica a circulação sanguínea, especialmente nas veias, aumentando o risco de trombose.

Cuidados essenciais para idosos acamados

Embora a imobilidade de um idoso acamado seja uma situação difícil, algumas medidas podem minimizar os riscos e melhorar a qualidade de vida do paciente:

  • Exercícios passivos: movimentar os braços e as pernas do idoso com cuidado e frequência ajuda a prevenir a atrofia muscular e melhora a circulação;
  • Mudança de posição: realizar mudanças na posição do corpo a cada 2 horas evita escaras e melhora a circulação sanguínea.
  • Cuidado alimentar: oferecer alimentos pastosos e de fácil deglutição pode ajudar a evitar problemas de alimentação e engasgos;
  • Higiene adequada: manter a higiene do idoso é fundamental. Pode ser necessário realizar a limpeza no leito ou, se possível, no chuveiro, de acordo com a condição do paciente.

Consulta Médica Especializada

Embora essas medidas gerais ajudem, é fundamental que o acompanhamento médico seja realizado para que o tratamento seja adequado às necessidades de cada paciente. O médico geriatra é o especialista mais indicado para cuidar de idosos acamados, avaliando as condições de saúde específicas e orientando os cuidadores quanto às melhores práticas.

Se um familiar ou conhecido estiver em situação de imobilidade, procure orientação médica. O cuidado especializado pode fazer toda a diferença na recuperação e bem-estar do idoso.

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