Lacrimejamento: quando se torna um problema?

O lacrimejamento é uma condição comum, mas em algumas pessoas, incluindo crianças, pode ser constante e tornar-se um problema. As lágrimas são produzidas pela glândula lacrimal e outras glândulas menores ao redor dos olhos. Elas seguem um caminho natural, drenando para os pontos lacrimais localizados no canto interno dos olhos, que funcionam como pequenos ralos, e seguem por um canal até o nariz e, posteriormente, à garganta. Por isso, é possível sentir o gosto de colírios quando aplicado nos olhos.

Entretanto, algumas pessoas apresentam anomalias nesta via de desvio, o que pode fazer com que as lágrimas se acumulem nos olhos, resultando no lacrimejamento excessivo. Esse problema pode ocorrer desde a infância, como a obstrução congênita da via lacrimal, que é comum em recém-nascidos. Nesses casos, o canal lacrimal pode estar estreito ou bloqueado. Normalmente, esse quadro se resolve espontaneamente até o primeiro ano de vida, mas em casos persistentes, pode ser necessário realizar um procedimento chamado sondagem da via lacrimal, onde um pequeno instrumento é utilizado para desobstruir o canal. Em alguns casos mais complexos, a colocação de um tubo de silicone (sonda de Crawford) é necessária para garantir a abertura definitiva da via lacrimal.

Lacrimejamento em adultos

Nos adultos, especialmente após os 60 anos, a via lacrimal pode sofrer interferência progressiva devido a fatores como traumas ou cirurgias anteriores no nariz. Nestes casos, pode ser indicada uma cirurgia chamada dacriocistorrinostomia, que cria uma nova via entre o olho e o nariz para garantir a drenagem adequada das lágrimas.

Além disso, tanto em crianças quanto em adultos, uma via lacrimal obstruída pode levar a infecções graves, como a dacriocistite, onde as lágrimas acumuladas servem de ambiente para o crescimento bacteriano, provocando dor intensa e até a necessidade de cirurgia para drenagem. Este tipo de infecção pode ser particularmente perigoso devido à proximidade da região com áreas sensíveis, como o cérebro.

Se houver lacrimejamento constante ou qualquer outro sintoma relacionado, é essencial procurar um oftalmologista para avaliação e diagnóstico adequado. O tratamento precoce pode evitar complicações graves e garantir a saúde ocular.

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