Lúpus: quais os sintomas? Quais os fatores de risco?

O lúpus é uma doença autoimune, isto é, quando o organismo produz anticorpos que atacam o próprio corpo e cuja causa não é bem esclarecida, embora exista um forte componente genético. Ele é mais comum em mulheres jovens, entre 20 e 30 anos, podendo ser mais grave em mulheres não brancas. No entanto, essa doença pode acometer pessoas de qualquer idade, inclusive as crianças.

É importante saber que a exposição ao sol é um dos fatores que pioram o lúpus, pois os raios ultravioleta estimulam a liberação de componentes celulares. Além disso, o cigarro também é conhecido por ser um fator de piora das lesões e ainda leva a uma pior resposta ao tratamento.

O cigarro é um dos fatores de piora do lúpus.

Existem dois tipos de lúpus:

  • Lúpus cutâneo: com manifestações apenas na pele;
  • Lúpus sistêmico: pode acometer a pele e os órgãos internos.

Sintomas de lúpus

O lúpus pode se apresentar desde formas leves até quadros mais graves, capazes de levar a danos permanentes, como a perda do funcionamento dos rins e necessidade de hemodiálise. Além disso, ele pode acometer todos os órgãos do corpo, principalmente a pele, articulações, rins, sangue, coração e pulmão.

Na pele, o lúpus tem característica de uma mancha em formato de asa de borboleta, chamada de rash malar. Ela piora com a exposição ao sol. Além do rash malar, é comum o aparecimento de manchas com coloração mais escura nas orelhas, no V do decote, dorso, braços e em todas as áreas mais expostas, bem como aftas recorrentes na boca.

Um dos sintomas do lúpus é o rash malar na pele, caracterizando por um formato em “V” no rosto.

Já em relação às articulações, dor e inchaço, podem ocorrer principalmente nas mãos, punhos e joelhos, limitando as atividades do dia a dia. Também são comuns sintomas como febre, ínguas aumentadas no pescoço, conhecidas como adenomegalia, perda de peso, queda de cabelo e cansaço fora do normal.

Outros sintomas de lúpus

Se notar que estes sintomas estão presentes, atente-se aos outros sintomas de lúpus que incluem inchaço nas pernas e no rosto ao acordar, aumento da pressão arterial e urina com espuma, que podem indicar um acometimento dos rins pelo lúpus.

Pode também ocorrer redução no número das células sanguíneas, causando anemia e surgimento de manchas roxas na pele, quando a quantidade de plaquetas esta baixa. No caso de redução dos glóbulos brancos, que são células de defesa, os leucócitos, a pessoa fica mais suscetível a infecções.

Vale se atentar para a falta de ar ou dor ao respirar fundo que pode ocorrer devido presença de líquido ao redor do coração e pulmão, conhecidos como derrame pericárdico e pleural, que também são possíveis sintomas de lúpus.

O lúpus pode também acometer o sistema nervoso, causando dor de cabeça, paralisia das pernas, formigamentos nas mãos e nos pés, alterações de comportamento ou distúrbios mentais mais graves, como psicose, alteração da visão e até convulsões.

Genética

Se houver na família casos de lúpus ou de outras doenças autoimunes, como vitiligo e tireoidite de Hashimoto, existe maior risco de ter uma doença autoimune como o lúpus.

É essencial saber também que o lúpus pode estar associado ao maior risco de trombose. Isso ocorre porque existem anticorpos que podem estar presentes no lúpus e na síndrome antifosfolípide, uma doença conhecida por aumentar as chances de formar coágulos.

Quem tem lúpus tem mais chances de ter trombose.

Fertilidade e lúpus

As mulheres com lúpus devem se atentar, pois embora a fertilidade seja normal, a gestação pode induzir à atividade da doença. Por este motivo, é recomendado que mulheres com lúpus programem a gestação no momento em que a doença estiver controlada e com uso de medicações seguras para o bebê.

Diagnóstico e tratamento de lúpus

O diagnóstico de lúpus é realizado com base nos sintomas clínicos que o paciente apresenta e em achados laboratoriais que confirmem as alterações descritas, associado à presença de autoanticorpos, como FAN, anti-DNA e dosagem baixa de complemento. Exames simples, como hemograma e de urina podem ajudar, mas às vezes pode ser necessária uma biópsia do rim ou da pele.

Em geral, a doença responde bem ao tratamento e permite que a pessoa tenha uma qualidade de vida boa. No entanto, vale frisar sobre os sintomas mencionados e a importância de buscar ajuda de um Reumatologista, caso suspeite. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para prevenir complicações e garantir tratamento adequado.

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