Maconha faz mal para a saúde?

A maconha, cientificamente conhecida como Cannabis sativa L. , é a droga ilícita mais consumida no Brasil e no mundo. Estima-se que cerca de 8 milhões de brasileiros já experimentaram a substância, sendo que 20 a 30% fazem uso semanalmente e aproximadamente 10% se tornam usuários diários. Mas quais são os reais efeitos da maconha na saúde? Ela pode causar dependência? A seguir, esclarecemos os principais pontos sobre o tema.

Efeitos da maconha no organismo

A maconha pode ser consumida de diversas formas, sendo o mais comum o fumo em cigarros. Seus efeitos começam poucos minutos após o uso e incluem:

  • Aceleração dos batimentos cardíacos;
  • Alteração na melhoria motora e equilíbrio;
  • Boca seca e olhos vermelhos;
  • Aumentar o apetite;
  • Déficit de concentração, memória e percepção de tempo e espaço;
  • Sensação de relaxamento, bem-estar ou, em alguns casos, ansiedade e paranoia
  • Possibilidade de alucinações auditivas e visuais,

Os efeitos agudos costumam durar entre 2 e 3 horas, mas podem se prolongar por até 24 horas, dependendo da quantidade e da potência da substância consumida.

Consequências do uso frequente e prolongado

O uso contínuo da maconha pode impactar níveis de saúde, especialmente quando iniciado na adolescência, fase em que o cérebro ainda está em desenvolvimento. Entre os principais riscos, destacamos:

  • Déficits cognitivos: dificuldade de concentração, aprendizado e tomada de decisões.
  • Redução do QI: estudos indicam que o uso frequente pode reduzir o quociente de inteligência (QI) em até 8 pontos.
  • Transtornos psiquiátricos: aumento do risco de ansiedade, depressão, transtorno bipolar e psicoses, incluindo esquizofrenia.
  • Doenças respiratórias: maior predisposição a problemas como asma, bronquite, enfisema e câncer pulmonar.
  • Problemas cardiovasculares: maior risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
  • Disfunção sexual masculina: alteração na qualidade dos espermatozoides, podendo afetar a fertilidade.

A maconha causa dependência?

Durante anos, eu acreditei que a maconha não causava dependência química, mas estudos atuais comprovam o contrário. Dados mostram que:

  • 1 em cada 10 usuários desenvolve dependência;
  • Quando o uso se inicia na adolescência, o risco aumenta para 1 em cada 6 usuários;
  • Entre consumidores diários, aproximadamente 50% tornam-se dependentes.

A dependência da maconha se manifesta através da tolerância (necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito) e síndrome de abstinência, com sintomas como irritabilidade, insônia, diminuição do apetite e desejo intenso pelo consumo.

Dificuldade no reconhecimento da dependência

Muitos usuários não percebem que desenvolveram um quadro de dependência, pois os prejuízos da maconha surgem de forma lenta e progressiva. Além disso, a crença de que a maconha é uma “droga leve” leva à subestimação de seus riscos.

Uso medicinal da cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) confirma que algumas substâncias presentes na maconha podem ser utilizadas para a produção de medicamentos. No entanto, isso não significa que o uso recreativo seja seguro ou benéfico , nem que fumar maconha seja uma prática saudável.

Quando procurar ajuda?

Se um usuário ou alguém próximo apresenta sinais de dependência ou sofre com os efeitos adversos da maconha, a orientação de um psicólogo ou psiquiatra pode ser essencial. Em muitos casos, tratamentos específicos ajudam a reduzir os danos e melhorar a qualidade de vida.

A maconha pode trazer uma série de riscos para a saúde, principalmente quando utilizada com frequência e de forma prolongada. Seus efeitos variam de acordo com o organismo e a suscetibilidade de cada pessoa, mas é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda profissional sempre que necessário.

Se precisar de mais informações, consulte um especialista e evite o uso incluído na substância.

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