Medicamentos para controlar a pressão alta

É notório que existem no mercado brasileiro mais de 200 medicamentos para controlar a pressão alta, ou hipertensão arterial, cada um com suas particularidades em termos de marca, dosagem e possíveis combinações. A pergunta que persiste é: como identificar a terapia mais adequada quando necessário?

Neste artigo, exploraremos as classes predominantes de medicamentos para a pressão arterial, seu mecanismo de ação e os efeitos colaterais mais comuns.

Existem mais de 200 medicamentos para controlar pressão alta

5 medicamentos para controlar a pressão alta

Dentre as opções terapêuticas, cinco classes de medicamentos são consideradas de primeira linha no tratamento da hipertensão. Muitas vezes, são empregadas em sinergia, e, a seguir, detalharemos cada uma delas.

  • Diuréticos

Os diuréticos, uma das classes mais antigas e ainda considerados eficazes, englobam agentes como hidroclorotiazida e clortalidona. Sua ação primordial consiste em estimular a eliminação de sódio pelos rins, reduzindo o volume de líquidos no corpo.

Um dos benefícios notáveis desses medicamentos é sua dosagem geralmente única ao longo do dia. São uma escolha frequentemente recomendada para o tratamento inicial e são frequentemente utilizados em combinação com outras classes de medicamentos.

Os efeitos colaterais predominantes incluem tontura leve e aumento da frequência urinária, que costumam se dissipar nas primeiras semanas de tratamento.

Alguns medicamentos podem estimular a eliminação de sódio
Alguns medicamentos podem estimular a eliminação de sódio
  • Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA)

Os IECA, remédio que faz parte dos 5 medicamentos para controlar a pressão alta são conhecidos por seus nomes terminados em “PRIL” e exercem sua ação em todo o organismo, inibindo a formação de angiotensina II, um vasoconstritor potente. Além de controlar a pressão arterial, protegem o coração e os rins, sendo eficazes em várias outras condições médicas.

O captopril, membro pioneiro dessa classe, demanda múltiplas tomadas diárias, sendo em geral administrado pelo menos três vezes ao dia. Versões mais contemporâneas, como o enalapril e o lisinopril, reduzem a frequência de administração. Uma tosse seca é um efeito colateral possível, mas geralmente transitório, levando à troca do medicamento em casos isolados.

  • Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina II (BRA):

Os BRA, cujos nomes encerram-se em “SARTANA,” como valsartana e candesartana, têm uma ação semelhante à dos IECA, inibindo a ação da angiotensina II nos receptores. Protegem o coração e os rins, sendo altamente eficazes, tanto em monoterapia como em terapia combinada. Efeitos colaterais específicos são raros.

A tosse seca pode ser um efeito colateral
A tosse seca pode ser um efeito colateral
  • Bloqueadores dos Canais de Cálcio:

Os bloqueadores dos canais de cálcio, com nomes que terminam em “DIPINA,” exercem seu efeito dilatando os vasos sanguíneos, resultando em uma diminuição da pressão arterial. São amplamente utilizados, especialmente em casos de hipertensão mais grave. Um efeito colateral relativamente comum, embora temporário, é o inchaço leve nas pernas.

  • Betabloqueadores:

Os betabloqueadores, com nomes terminados em “OLOL,” atuam reduzindo a ação da adrenalina nas artérias, diminuindo a frequência cardíaca e a força de bombeamento do coração.

Embora tenham sido amplamente prescritos para hipertensão, estudos recentes sugerem que seu benefício principal está no tratamento de problemas cardíacos e arritmias. Contudo, os betabloqueadores ainda podem ser úteis quando combinados com outras classes de medicamentos. Um efeito colateral comum é a fadiga, devido à diminuição da frequência cardíaca.

Como evidenciado, as alternativas disponíveis para o tratamento da hipertensão arterial são diversificadas. Cada organismo responde de maneira singular, tornando impossível predizer o medicamento ideal de antemão.

Muitas vezes, a abordagem envolve testes e ajustes na terapia, inclusive a combinação de medicamentos para otimizar o tratamento. Portanto, é imperativo manter um diálogo constante com seu médico, exercer a paciência e compreender que a busca pela terapia mais eficaz pode demandar tempo e experimentação.

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