Fibromialgia: o que é, sintomas e como diagnosticar?
A fibromialgia é uma condição médica crônica que se manifesta, principalmente, através de dor generalizada e sensibilidade em várias partes do corpo. Ela é mais comum em mulheres do que em homens e a estimativa é que sete em cada dez pessoas com fibromilagia sejam do sexo feminino.
Uma dúvida comum relacionada a fibromialgia é: “a dor realmente existe ou é um problema psicológico?”. É importante saber que na fibromialgia ocorre uma alteração no funcionamento do cérebro para o processamento da dor, um fenômeno conhecido como sensibilização central. Com isso, a pessoa fica mais sensível aos estímulos dolorosos e não dolorosos, como toque, calor e frio.
Como resultado, a pessoa tem maior percepção da dor e dificuldade em inibir essa dor. Saiba que tudo isso pode ser causado por traumas físicos e emocionais, alterações genéticas e doenças sistêmicas. Portanto, é importante ressaltar que a dor é real e que o estresse e as alterações emocionais podem piorar o quadro de dor.
Sintomas de fibromialgia
A fibromialgia tem um impacto importante na qualidade de vida devido à dor crônica, isto é, dor que dura mais de seis meses. Em geral, o corpo tem um processo para curar a dor, que dura cerca de três meses. No entanto, se a dor dura mais de seis meses, ela é uma doença.
As pessoas com fibromialgia relatam sensação de dor no corpo todo. Essa dor muda de lugar: ela pode começar nas costas, ir para as pernas e no outro dia estar doendo nas mãos. Além disso, é importante saber que a dor pode ter muitas características diferentes e apresentar sensação de queimação, latejamento, pontadas e pulsação, por exemplo. Vale saber também que ela pode ocorrer em qualquer lugar do corpo.
Diagnóstico
A fibromialgia é um problema de saúde difícil de ser diagnosticado. Por isso, o diagnóstico é clínico e baseado, principalmente, nas queixas do paciente. No entanto, existem cinco aspectos importantes que podem ajudar no diagnóstico da fibromialgia:
- Humor: pessoas com dor crônica ficam irritadas, ansiosas, nervosas ou tristes. É comum também apresentar problemas mais graves como depressão e transtornos de ansiedade, principalmente porque a dor traz prejuízos para a rotina.
- Sono: pessoas com essa doença têm alterações nas fases profundas do sono, ou seja, têm sono superficial. Elas acordam com a sensação de que não dormiram bem, e essa alteração de sono traz prejuízo para o dia a dia. Elas ficam cansadas, estressadas, sentem mais dor e ainda prejudicam o sono do dia seguinte, tornando um ciclo vicioso.
- Cansaço: com quadro de dor diária e as alterações no sono próprias da fibromialgia, o cansaço aparece como consequência inevitável. Ele surge diariamente em atividades costumeiras: a pessoa tem a sensação de palpitações e fraqueza em atividades que requeiram esforço mínimo, como tomar banho, varrer a casa ou escrever.
- Intestino: queixas de intestino preso ou de cólicas e diarreias constantes são comuns. Ao investigar a causa dessa alteração intestinal, o médico não encontra nenhuma alteração alimentar, doença intestinal ou doença infecciosa.
- Bexiga: essa doença pode ser uma das causas de dor ao urinar e de urgência miccional, a sensação de ter que sair correndo para ir ao banheiro para não perder urina na roupa.
Além disso, a fibromialgia pode piorar a dor em cólicas nas mulheres, ser causa de dor durante a relação sexual, causar formigamento ou adormecimento dos braços e pernas, zumbido, tonturas, sensação de inchaço, problemas de atenção, falta de concentração e de memória, e dores de cabeça frequentes, por exemplo.
O diagnóstico é baseado em sintomas
Saiba que o diagnóstico de fibromialgia é realizado com a junção de alguns sintomas. O paciente pode, por exemplo, ter dor crônica, alteração do sono ou do humor, além de outras queixas como alteração intestinal, dor de cabeça, zumbido e tontura. Vale ressaltar que não é necessário ter todos os sintomas mencionados para o diagnóstico de fibromialgia.
Isso significa que uma pessoa que apresente os sintomas descritos deve procurar um médico e relatar o que está sentindo para um diagnóstico correto. Apesar de não existir uma cura para a fibromialgia, há tratamentos que permitem uma qualidade de vida muito boa.
Para o diagnóstico e tratamento da fibromialgia, são indicados reumatologistas, fisiatras, neurologistas e médicos especialistas em dor.
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