O que é pneumonia? Causas, sintomas e quando procurar ajuda médica
A pneumonia é uma das principais causas de morte por doenças infecciosas no mundo. No Brasil, representa a principal causa de óbito entre crianças. Apesar disso, muitas pessoas ainda confundem seus sintomas com os de gripes fortes ou resfriados, o que pode atrasar o diagnóstico e agravar o quadro clínico.
A doença é provocada por uma infecção nos alvéolos pulmonares, pequenas estruturas responsáveis pelas trocas gasosas entre o ar e o sangue. Quando inflamados, esses alvéolos se enchem de líquido ou pus, dificultando a respiração e desencadeando os sintomas da pneumonia.
Sintomas e sinais de alerta
Os sintomas iniciais podem ser parecidos com os de uma gripe comum, mas na pneumonia eles tendem a se prolongar ou piorar com o tempo. A maioria das pessoas apresenta febre acima de 38 °C, muitas vezes acompanhada de calafrios, fadiga e mal-estar. É comum haver dor no peito ao respirar, cansaço intenso, inapetência e tosse, geralmente com catarro, embora nem sempre ele esteja presente. A sensação de falta de ar também pode surgir. Vômitos e diarreia são sintomas possíveis.
Nos bebês e crianças menores de dois anos, os principais sinais são cansaço excessivo e perda de apetite. Já nos idosos, a febre pode não estar presente. Nestes casos, sonolência e confusão mental costumam ser os sinais predominantes.
Existem sinais que indicam maior gravidade do quadro: sonolência intensa, confusão mental, coloração arroxeada nos lábios ou dedos (cianose), falta de ar intensa e queda da pressão arterial. Quando esses sintomas estão presentes é fundamental procurar atendimento em pronto-socorro com urgência.
Como a pneumonia é transmitida?
Todos os dias, os pulmões são expostos a partículas e microrganismos presentes nas vias aéreas. Bactérias e vírus podem alcançar os pulmões por microaspiração. Na maioria das vezes, o sistema imunológico consegue impedir o avanço da infecção. No entanto, quando o agente é muito agressivo ou a imunidade está comprometida, a pneumonia pode se instalar.
Qualquer pessoa pode desenvolver pneumonia, mas alguns fatores aumentam o risco de contrair a doença e também de apresentá-la de forma mais grave.
Fatores de risco mais comuns
- Extremos de idade: crianças menores de 2 anos e adultos acima de 65 anos são os mais vulneráveis;
- Doenças crônicas: como asma, DPOC, doenças cardíacas e diabetes;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Infecções virais em atividade, especialmente gripe;
- Imunossupressão: causada por HIV, câncer, transplantes ou uso de medicamentos como quimioterapia;
- Risco de aspiração: comum em casos de AVC, convulsões, uso de drogas ou refluxo;
- Internação hospitalar: especialmente em ambientes de UTI ou com uso de aparelhos respiratórios, onde há maior exposição a microrganismos resistentes.
- A presença desses fatores exige vigilância redobrada diante de qualquer sintoma respiratório.
Prevenção e vacinação
Existe vacina para o tipo mais comum de pneumonia, indicada para alguns grupos de risco. Além disso, manter hábitos saudáveis, como boa alimentação, prática de atividades físicas e sono de qualidade, também fortalece o sistema imunológico e ajuda na prevenção.
Apesar de a maioria dos casos responder bem ao tratamento, a pneumonia é uma doença séria. Estima-se que uma em cada seis pessoas acometidas pela doença venha a óbito. Por isso, diante de sintomas sugestivos, especialmente em pessoas com fatores de risco, é essencial procurar avaliação médica o quanto antes.
Veja o vídeo com a explicação da especialista: