Obesidade Infantil: prevenção e tratamento

Atualmente, cerca de 1 em cada 3 crianças tem excesso de peso. Em uma sala com 30 alunos, isso significa 10 crianças com sobrepeso, obesidade ou obesidade grave. O que fazer para evitar que seu filho esteja nesse grupo?

Aqui vão 6 dicas essenciais de prevenção:

1. Pré-natal

A prevenção começa na gestação. Um pré-natal bem feito, alimentação equilibrada e controle do ganho de peso reduzem o risco de obesidade infantil. Ganho excessivo de peso na gravidez e diabetes gestacional aumentam a chance de obesidade no bebê.

2. Aleitamento materno

  • Começa já na gestação, com preparo e orientação;
  • Mamada na primeira hora de vida, apoio das equipes de saúde e consultas precoces;
  • Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses;
  • Amamentação continuada até 2 anos ou mais.

O leite materno reduz em até 25% o risco de obesidade infantil.

3. Introdução alimentar correta

  • Começa aos 6 meses;
  • Prefira frutas in natura em vez de sucos;
  • Evite alimentos industrializados e ultraprocessados;
  • Modere o consumo de gordura, sal e açúcar, especialmente até 2 anos;
  • Evite leite de vaca antes de 1 ano.

Leia os rótulos: se tiver nomes que você nem conhece, melhor não comprar.

4. Rotina saudável

  • Horários adequados para sono e refeições;
  • Nada de telas (TV, tablet, celular) durante as refeições;
  • Alimentação à mesa, com a família reunida;
  • Controle do tempo de tela conforme a idade.

5. Atividade física desde cedo

  • Estimule o movimento já na primeira infância;
  • Lembre-se das recomendações de tempo diário por faixa etária;
  • Encontre atividades que a criança goste e pratique em família.

6. Sono adequado

  • O sono regula hormônios que controlam apetite e saciedade.

Recomendações:

  • 4–12 meses: 12–16h/dia;
  • 1–2 anos: 11–14h/dia;
  • 3–5 anos: 10–13h/dia;
  • 6–12 anos: 9–12h/dia;
  • 13–18 anos: 8–10h/dia.

Quando a prevenção não foi suficiente?

O tratamento da obesidade infantil inclui:

  • Mudança de hábitos alimentares, priorizando qualidade e quantidade adequadas;
  • Envolvimento de toda a família;
  • Redução progressiva de açúcar, fast foods e ultraprocessados;
  • Redução do tempo de tela;
  • Atividade física regular;
  • Correção da rotina e sono.

Medicamentos são reservados apenas para adolescentes a partir de 10–12 anos e em casos mais graves.

Por que tratar é urgente?

Se não tratada, a obesidade infantil pode trazer:

  • Diabetes tipo 2;
  • Colesterol e triglicerídeos altos;
  • Hipertensão;
  • Problemas cardíacos e respiratórios (como apneia do sono);
  • Impactos psicológicos (autoestima, depressão, exclusão social).

Combater a obesidade infantil é responsabilidade de todos. Começa cedo, envolve mudanças de hábitos e precisa do apoio da família. A prevenção é sempre o melhor remédio.

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