Paralisia facial: o que é, sintomas, causas e tratamento

A paralisia facial periférica ocorre quando há uma lesão ou inflamação no nervo facial, responsável pelo controle dos músculos da face. Esse nervo transmite os comandos do cérebro para os músculos, permitindo expressões faciais como sorrir e piscar.

Quando o nervo facial é afetado, os músculos da face perdem sua função, resultando em assimetrias e dificuldades de movimentação.

Principais sintomas da paralisia facial

Os sintomas surgem de forma súbita e afetam geralmente um dos lados do rosto. Os cinco principais sinais são:

  • Diminuição da movimentação de metade do rosto;
  • O lado afetado apresenta menos rugas;
  • Dificuldade em franzir a testa e realizar expressões faciais;
  • Assimetria da boca: a boca fica torta para o lado oposto ao da paralisia, comprometendo o sorriso;
  • Dificuldade em fechar o olho do lado afetado: o piscar reduz, o que pode causar ressecamento ocular e aumentar o risco de lesões na córnea;
  • Alterações no paladar e lacrimejamento excessivo: algumas pessoas relatam um gosto metálico na boca e aumento do lacrimejamento no olho afetado;
  • Afeta um lado do rosto na maioria dos casos: em casos raros, a paralisia pode comprometer ambos os lados da face.

Diferença entre paralisia facial periférica e AVC

A paralisia facial periférica pode ser confundida com um Acidente Vascular Cerebral (AVC), pois ambos podem causar desvio da boca para um dos lados. No entanto, há diferenças importantes:

  • No AVC, além do rosto, há dificuldade para movimentar o braço e a perna do mesmo lado. Pode haver confusão mental e dificuldade na fala;
  • Na paralisia facial periférica, apenas os músculos do rosto são afetados, sem comprometimento dos membros ou do nível de consciência.

Em caso de suspeita, é essencial procurar atendimento médico imediato.

Causas da paralisia facial

As principais causas da paralisia facial periférica incluem:

  • Idiopática (Paralisia de Bell): Sem causa definida, mas associada a vírus como o herpes simples e fatores autoimunes;
  • Traumas: Fraturas no osso temporal, lesões por arma de fogo ou cirurgias no ouvido;
  • Infecções: Causadas por vírus (caxumba, mononucleose, herpes-zóster) ou bactérias (tuberculose, sífilis, doença de Lyme);
  • Tumores: Tumores que afetam o nervo facial, como schwannomas e hemangiomas, ou compressão por tumores do sistema nervoso central;
  • Causas congênitas: Algumas condições genéticas podem afetar o desenvolvimento do nervo facial.

Diagnóstico da paralisia facial

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico detalhado. Em alguns casos, exames complementares podem ser necessários, como:

  • Audiometria (para avaliar a audição);
  • Eletroneuromiografia (para analisar a atividade do nervo facial);
  • Ressonância magnética (para investigar tumores ou outras causas neurológicas).

Tratamento da paralisia facial

O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para reduzir o risco de sequelas. As principais abordagens incluem:

  • Uso de corticoides e antivirais: indicados para casos de paralisia de Bell e algumas infecções virais.
  • Fisioterapia motora: exercícios ajudam a estimular a recuperação dos músculos da face.
  • Cirurgia: necessária em casos de paralisia traumática grave ou tumores que comprimem o nervo facial.
  • Cuidados com os olhos: 0 ressecamento ocular pode causar lesões na córnea, sendo essencial o uso de colírios lubrificantes.

A paralisia facial periférica pode ter diversas causas e exige tratamento rápido para evitar complicações. Em caso de sintomas, é fundamental procurar um otorrinolaringologista ou um neurologista para avaliação e acompanhamento adequados.

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