Pressão alta: causas, riscos e quando se preocupar

A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é um dos problemas de saúde mais comuns e perigosos da atualidade. Estima-se que entre 20% e 40% da população tenha hipertensão – o que significa que uma ou duas em cada cinco pessoas convivem com o problema. Acima dos 70 anos, a prevalência chega a 70%.

O que torna a hipertensão ainda mais preocupante é o fato de ser uma doença silenciosa: a grande maioria dos pacientes não sente nenhum sintoma, mesmo que já esteja sofrendo os efeitos do aumento da pressão arterial no organismo.

Por que a pressão alta é perigosa?

A hipertensão está diretamente relacionada a problemas graves como:

  • Infarto do coração;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC ou derrame) – ambas são as principais causas de morte no Brasil e no mundo;
  • Doenças renais, podendo levar à necessidade de hemodiálise e transplante;
  • Complicações oculares, como lesões na retina e visão embaçada;
  • Aneurismas, especialmente em grandes vasos e no cérebro;
  • Feridas nas pernas de difícil cicatrização;
  • Pré-eclâmpsia e eclâmpsia na gravidez, com risco para mãe e bebê;
  • Disfunção erétil, problemas de memória e alguns tipos de demência.

Por ser uma doença comum, silenciosa e com consequências potencialmente graves, a hipertensão exige atenção constante.

Como saber se você tem pressão alta

Todos os adultos devem medir a pressão arterial regularmente, preferencialmente em consultas médicas anuais ou, no máximo, a cada três anos. Também é possível medi-la em farmácias, postos de saúde ou em casa, desde que sejam respeitados os cuidados para uma medição correta:

  • Não fumar, fazer exercícios ou tomar café por pelo menos 30 minutos antes;
  • Estar sentado, confortável, sem fome, dor ou bexiga cheia.

Se a pressão estiver acima de 140 por 90 mmHg (ou 14 por 9), é considerado hipertensão. O ideal é manter os valores abaixo de 120 por 80 mmHg.

É recomendável repetir a medição entre uma semana e um mês após a primeira leitura alterada para confirmar o diagnóstico.

Causas da hipertensão

Na maioria dos casos, não existe uma causa específica. Essa forma é chamada de hipertensão primária ou essencial, e tende a surgir gradualmente com o avanço da idade.

Em outros casos, a hipertensão é consequência de outras doenças ou condições, sendo chamada de hipertensão secundária. Entre as causas estão:

  • Apneia do sono;
  • Doenças nos rins ou na glândula adrenal;
  • Problemas na tireoide;
  • Doenças dos vasos sanguíneos;
  • Uso de medicamentos como descongestionantes nasais, anti-inflamatórios, anticoncepcionais, corticóides e moderadores de apetite;
  • Drogas ilícitas, como derivados de anfetamina e cocaína.

Quem tem maior risco

Alguns grupos estão mais propensos a desenvolver hipertensão:

  • Filhos de pessoas hipertensas;
  • Pessoas com mais idade;
  • Indivíduos obesos;
  • Quem consome álcool em excesso (mais de 15g por dia para mulheres e 30g para homens, equivalente a uma ou duas latas de cerveja diárias);
  • Pessoas que consomem muito sal (o recomendado é até 6g por dia);
  • Diabéticos;
  • Sedentários;
  • Indivíduos sob estresse frequente.

Tratamento e controle

O controle da hipertensão envolve:

  • Uso de medicações indicadas pelo médico;
  • Mudanças no estilo de vida, como dieta com pouco sal, atividade física regular e controle do peso;
  • Evitar o abandono do tratamento — algo que ocorre com 1 em cada 3 pessoas diagnosticadas.

Mesmo sendo silenciosa, a hipertensão pode ser controlada com grande sucesso, desde que o tratamento seja seguido corretamente. O acompanhamento pode ser feito com clínico geral, cardiologista ou nefrologista.

Dica final: reduza o sal no dia a dia

O brasileiro é um dos povos que mais consome sal no mundo. Para reduzir esse risco:

  • Cozinhe com menos sal;
  • Não deixe o saleiro na mesa;
  • Evite alimentos industrializados e temperos prontos.
  • Essas mudanças simples podem fazer grande diferença no controle da pressão.

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