Qual a relação entre sono e ganho de peso?
A relação entre sono e ganho de peso é bem mais próxima do que imaginamos. Dormir bem não é importante apenas para o descanso mental e físico, mas também desempenha um papel fundamental na regulação de hormônios ligados ao apetite e ao metabolismo.
Imagina que uma pessoa precisou ficar a noite inteira acordada, o que ela gostaria de comer? Certamente não seria uma salada! Em situação de privação do sono, a ciência já demonstrou que o corpo prefere alimentos mais calóricos, como os carboidratos e com menor poder nutritivo. Isso acontece porque o sono é um importante aliado do no metabolismo corporal. Nessa situação, não dormir bem desregula esse mecanismo e impacta no peso.
Muitas pessoas se dedicam a uma alimentação saudável e à pratica de exercícios regulares. Mas, esquecem ou ignoram completamente a importância do sono nesse processo. Enquanto dormimos, são produzidos e liberados hormônios que vão atuar em funções específicas do corpo. Como exemplo, o apetite e a sensação de saciedade são regulados pelo sono.
A grelina é uma substância que coordena o nosso apetite, enquanto a leptina é responsável pela saciedade. Ambas são liberadas enquanto dormimos. Qualquer situação que comprometa a qualidade de sono, pode desregular a liberação desses dois hormônios. Dessa forma, quem tem insônia, apneia obstrutiva do sono ou qualquer outro transtorno enquanto dorme, tem chance aumentada de problemas metabólicos como alteração da glicemia, do colesterol e até no controle do peso corporal. Ou seja, quando não dormimos bem temos mais fome e menor sensação de saciedade.
Quem dorme pouco tem mais fome
Estudos científicos mostram que pessoas que dormem pouco apresentam maior ganho de peso e isso ocorre, pois o sono regula o apetite, logo não dormir bem faz com que a pessoa consuma mais carboidrato, que são alimentos mais calóricos e daí que vem a obesidade. Até mesmo o controle mental da fome fica comprometido após noites de sono sem qualidade.
E se a falta de sono pode levar a obesidade, o contrário também é verdadeiro: a obesidade pode piorar a qualidade do sono. A obesidade aumenta o risco para a apneia obstrutiva do sono, que é caracterizada por pausas recorrentes na respiração enquanto dormimos, seguidas de episódios de redução na oxigenação do sangue e fragmentação do sono.
Atualmente, sabemos que a ocorrência de apneia obstrutiva do sono em obesos é muito maior do que na população geral. Para suspeitar dessa doença, basta ficar atento aos seguintes sinais e sintomas:
- Roncos seguidos por pausas na respiração;
- Sono fragmentado;
- Dor de cabeça;
- Cansaço ao acordar;
- Sonolência excessiva durante o dia;
- Dificuldade de atenção e memória;
- Fadiga crônica.
Para uma saúde integral, é preciso focar no tripé: alimentação saudável, exercício físico regular e sono de qualidade. Enquanto dormimos, não há um desligamento do corpo, pelo contrário! Muitas ações são executadas predominantemente neste momento, como o controle do apetite e saciedade. Não podemos deixar para segundo plano uma função primordial para nosso corpo: o sono! Dormir bem, é viver bem!
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