Quando suspeitar de hanseníase?

A hanseníase é uma doença antiga, causada pela bactéria Mycobaterium leprae. No Brasil, ela é comum e o país ocupa o segundo lugar com mais pessoas doentes, se comparadas com o mundo todo. Estima-se que entre 25 e 30 mil pessoas sejam contaminadas anualmente, conforme dados do Ministério da Saúde.

Transmissão da hanseníase

A transmissão da hanseníase não ocorre após encostar na pele da pessoa infectada. A principal forma de transmissão é pelas vias aéreas, através do contato com gotículas de saliva ou secreções nasais. Normalmente, para que a transmissão ocorra de uma pessoa para outra, é preciso que a pessoa infectada apresente a forma transmissora, chamada multibacilar. Além disso, ela precisa ter contato e convivência prolongada com outras pessoas. É válido saber que quando o tratamento é iniciado, a pessoa com hanseníase não transmite mais a doença.

Quanto ao período de incubação, é importante destacar que pode ser prolongado, variando de seis meses a até cinco anos, e, em alguns casos, até dez anos. Por isso, em situações de exposição, é essencial estar vigilante quanto aos sintomas ao longo desse período.

A principal via de transmissão da hanseníase ocorre quando alguém entra em contato com gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa infectada.

Quais são os sintomas da hanseníase?

Existem cinco sintomas principais que merecem atenção, pois podem indicar a presença da hanseníase:

  1. Manchas: podem surgir manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em várias partes do corpo, principalmente em regiões mais frias, como orelhas, cotovelos, joelhos, glúteos e extremidades.
  2. Problemas de sensibilidade: a hanseníase pode afetar a sensibilidade térmica, levando à dificuldade em perceber calor e frio. Um teste simples envolve fechar os olhos da pessoa e aplicar objetos quentes e frios nas áreas suspeitas. Se ela não conseguir identificar a temperatura dos objetos, pode ser um sintoma da doença. Além disso, pode ocorrer redução da sensibilidade tátil e dolorosa, afetando o tato e a capacidade de sentir dor em áreas lesionadas da pele, mãos e pés.
  3. Problemas motores: alguns pacientes apresentam redução na força muscular e dificuldade em segurar objetos. Outros relatam dificuldade em manter os chinelos nos pés.
  4. Alterações na pele: podem surgir áreas de pele seca e sem suor, com perda de pelos, especialmente nas sobrancelhas.
  5. Sintomas neurológicos: a hanseníase pode causar sensações de formigamento, dormência, dor e choque ao longo dos nervos, principalmente nos braços e pernas. É comum sentir um choque que se estende do cotovelo até a ponta dos dedos nas mãos.
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas pode ser um sinal de hanseníase.

Em determinados casos, é fundamental buscar tratamento imediato, especialmente diante do inchaço das mãos e dos pés, ou quando há caroços dolorosos no corpo, acompanhados de febre e mal-estar.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da hanseníase geralmente é feito com base na avaliação clínica, incluindo a história médica e o exame físico. Exames adicionais podem ser necessários em casos específicos, mas na maioria das vezes não são exigidos. Se o diagnóstico for confirmado, é importante examinar todos os familiares da pessoa afetada. Mesmo aqueles sem sintomas devem receber uma dose adicional da vacina BCG como medida preventiva.

É fundamental destacar que a hanseníase é tratável e os medicamentos necessários podem ser obtidos gratuitamente nos serviços de saúde pública. Um diagnóstico precoce seguido por um tratamento adequado é essencial para prevenir complicações e interromper a propagação da doença.

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