Quanto tempo dura o luto? Como lidar com ele?

Passar pelo luto não é fácil. A perda de uma pessoa muito próxima e significativa causa um forte impacto na sua vida. O luto é definido como uma reação emocional e uma mudança no comportamento do dia a dia.

Todas as pessoas passam pelo luto em algum momento na vida, mas cada uma lida de uma forma diferente. Isso significa que não existe um luto igual ao outro, começando pelos sentimentos vivenciados.

Durante o luto, muitas emoções podem surgir, como tristeza, raiva, culpa, choque, perplexidade e desespero, e todas essas reações são consideradas normais dentro do processo de luto. Saiba que os sentimentos variam de acordo com o tempo, tanto o tipo de sentimento quanto a intensidade.

Existe uma teoria muito conhecida que divide o luto em cinco fases, sendo:

  • Negação;
  • Raiva;
  • Barganha;
  • Depressão;
  • Aceitação.

Vale ressaltar que cada luto tem suas próprias características e que nem todos passam por todas essas fases. Além disso, quando passam, a ordem desses fatores pode variar.

Quanto tempo dura o luto?

O tempo em que o luto dura varia para cada pessoa. Já houve um parâmetro que dizia que o luto durava, geralmente, dois meses. No entanto, atualmente, a maioria dos especialistas consideram que o tempo mais comum é entre um e dois anos. Mas, na verdade, o luto não tem tempo definido e cada pessoa tem seu próprio ritmo e forma de lidar com a perda.

Além disso, é difícil definir quando o luto acaba, porque, muitas vezes, a pessoa nunca mais volta a ser como antes. No luto pela morte de um filho, isso é muito comum, por mais que se passem décadas, muitos relatam que se lembram todos os dias do filho com uma nostalgia diferente do normal.

Apesar de não haver um tempo definido, o que é esperado é que a intensidade diminua ao longo do tempo. Contudo, isso não acontece de forma linear: podem ocorrer ondas, conhecidas como “dores do luto”. Haverá dias em que a pessoa se sentirá melhor e em outros a dor pode piorar. Essas ondas tendem a estar associadas a pensamentos ou lembranças da pessoa falecida.

O tempo em que o luto dura varia de pessoa para pessoa.

Como lidar com o luto?

Ao passar por um momento de luto, ou perceber que uma pessoa está passando por essa situação, é importante tentar ajudar:

  • Ficar ao lado da pessoa, ouvir e dar suporte no que for necessário;
  • Amigos e familiares próximos que possam ouvir e compreender, ou simplesmente estar ao lado para prestar apoio, podem ser extremamente reconfortantes.

Além do suporte social, algumas abordagens de psicoterapia podem ajudar no processo de luto, como a terapia cognitivo-comportamental ou a terapia em grupo.

Há também o apoio de grupos de ajuda, útil, principalmente quando há perda de um filho.

Nesses grupos, por exemplo, uma mãe que perdeu um filho frequenta reuniões com outras pessoas que passaram pela mesma situação. Isso pode ser muito proveitoso.

Se você perdeu um filho, procure um grupo de ajuda.

Quando há gravidade no luto?

É preciso se atentar aos sinais que indicam uma evolução fora do normal, ou gravidade do quadro. Entre os cinco mais importantes, estão:

  • Quando o luto não melhora ou não se transforma ao longo do tempo, e principalmente quando vai piorando;
  • Quando há um impacto significativo na vida cotidiana: se o luto está interferindo na capacidade da pessoa de realizar suas atividades diárias, como trabalhar, estudar, cuidar da família ou manter relacionamentos, é importante buscar ajuda;
  • Exacerbação de transtornos psiquiátricos: se a perda desencadeou ou agravou problemas de saúde mental preexistentes, como transtornos ansiosos, depressão ou transtorno do estresse pós-traumático. No caso da depressão, diferenciar o luto normal de um episódio depressivo pode ser muito difícil. A busca por ajuda profissional é essencial;
  • Isolamento social e falta de suporte;
  • Comportamentos autodestrutivos: quando a pessoa está fazendo mal a si mesma ou está pensando nisso, incluindo o abuso de álcool, outras drogas e o exagero de medicamentos.

Na presença dessas características, busque uma avaliação e orientação de um médico psiquiatra.

Continue acompanhando nosso site e tenha acesso às informações de saúde e bem-estar confiáveis para você se cuidar melhor!

Veja o vídeo com a explicação da especialista: