Roncar é normal?
Muitas pessoas acreditam que roncar é normal, algo natural da vida, tanto que os estudos mostram que mais de 50% da população de meia idade ronca. De forma clara, o ronco nada mais é do que uma manifestação sonora da vibração de estruturas, como músculos e mucosas da garganta ou obstruções na região da rinofaringe. É comum o roncador buscar ajuda profissional devido o desconforto social que sofre. Porém, roncar não é normal e pode ter associação com problemas sérios de saúde como a apneia obstrutiva do sono.
A apneia do sono é uma doença em que a pessoa apresenta recorrentes paradas na respiração com redução na oxigenação do sangue. É um problema muito mais comum do que se imagina: uma pesquisa realizada em São Paulo mostrou que cerca de 32,8% das pessoas são portadoras deste transtorno do sono. Isso significa que a cada três pessoas, uma para de respirar repetidas vezes enquanto dorme. E o ronco pode ser um sinal importante de que o sono não está bom!
Tipos de ronco
Existem diversos tipos de ronco com características diferentes que depende da intensidade e da frequência em que ocorre. Aquele que acontece seguido a uma pausa na respiração enquanto dorme é o que tem mais chances de ter relação com a apneia obstrutiva do sono. Mas, não se engane: mesmo aquele ronco de leve intensidade não exclui problemas relacionados ao sono e precisa de avaliação médica. Além do mais, algumas situações podem intensificar o som do ronco: uso de bebidas alcóolicas, dormir de barriga para cima, obesidade ou mesmo problemas no nariz, como a rinite.
Vale lembrar que o ronco não é um problema só do roncador. Dependendo da intensidade, o som pode comprometer a qualidade de sono também de quem compartilha a cama. Imagina tentar dormir ao lado de alguém que ronca? Atualmente, essa é uma das principais causas de divórcio entre casais.
Crianças que roncam
Se para os adultos esse cenário é preocupante, para as crianças, roncar tem impacto ainda maior na saúde. A maioria dos casos de ronco na infância é causada pelo crescimento das amígdalas e da adenoide. Isso influencia o sono e também o dia-dia da criança, quando ela apresenta cansaço, dificuldade para se concentrar, agitação, alteração no desenvolvimento e respiração pela boca.
Tratamento
Existe tratamento para o ronco e para isso é preciso buscar avaliação médica. Em primeiro lugar, será necessário identificar se há relação com a apneia obstrutiva através de um exame que vai monitorar o sono. Em seguida, através de um exame físico, buscar alterações corporais que predispõem ao ronco. O tratamento vai depender da presença, ou não, da apneia e das alterações observadas em cada indivíduo.
Não deixe o ronco quebrar o silêncio e a tranquilidade do seu sono e do seus familiares. Converse com um Médico do Sono e durma com saúde!
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