Síndrome de burnout: entenda o que é, seus sintomas e tratamento
A síndrome de burnout é uma das doenças mais citadas atualmente. Ela é desencadeada pelo esgotamento profissional e ocorre, pois somos muito exigidos e, várias vezes, a carga de trabalho é além do saudável. As novas tecnologias também podem ser prejudiciais, já que elas fazem com que pessoas fiquem conectadas ao trabalho respondendo e-mails ou mensagens mesmo quando deveriam estar descansando ou em seu momento de lazer.
As metas, a acirrada competitividade e as responsabilidades são crescentes. Vamos nos acostumando com esse estilo de vida e muitas vezes achamos que lidamos bem com isso, e que só estamos cansados. Por este motivo, é importante ficar atento aos sintomas que serão mencionados, pois muitas pessoas sofrem com a chamada síndrome do esgotamento profissional, ou Síndrome de Burnout, e nem percebem.
O que é a síndrome de burnout?
A síndrome de burnout foi descrita pela primeira vez em 1974 por um médico americano, e recentemente a Organização Mundial de Saúde incluiu essa síndrome na classificação internacional das doenças, a CID 11. Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.
A síndrome de esgotamento profissional pode atingir até um terço das pessoas em algum momento da vida. Em algumas profissões como profissionais de saúde, policiais, bombeiros, professores e pessoas que fazem dupla jornada esse número ultrapassa os 40% dos trabalhadores.
Sintomas da síndrome de burnout
Os principais sintomas da síndrome de burnout são:
- Nervosismo, deixando a pessoa mais irritada que o normal, com o “pavio mais curto”;
- Cansaço excessivo físico e mental, prostração, ou seja, sem tem energia para fazer outras atividades;
- Sintomas físicos como dor de cabeça frequente, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais como gastrite, diarreia, alterações no ritmo cardíaco, entre outros;
- Alterações no sono e apetite;
- Alterações de humor, geralmente deixando a pessoa mais entristecida, depressiva ou, como mencionado anteriormente, mais irritada. Juntamente com isso, sentimentos de fracasso, incompetência, insegurança e negatividade constante;
- Tendência ao isolamento;
- Dificuldade de concentração, fazendo com que a pessoa comece a ter dificuldades de se lembrar das coisas, como se estivesse perdendo a memória. O desempenho mental fica diminuído e coisas que fazia e resolvia facilmente parecem mais difíceis e mais demoradas.
Diminuição de empenho
A condição leva a uma diminuição no empenho de suas atribuições e nas características do indivíduo, como autoconfiança, perseverança, e dedicação. É frequente a pessoa passar por uma espécie de despersonalização, ficando mais fria, embrutecida, se importando menos com os outros, ou seja, suas características de personalidade vão mudando.
Ocorre também uma alteração da percepção de satisfação pessoal e a pessoa passa a se sentir infeliz o tempo todo, infeliz com o seu trabalho e com sua vida pessoal.
Diagnóstico síndrome de burnout
O diagnóstico da síndrome de Burnout é realizado por profissional de saúde mental, seja ele psicólogo ou psiquiatra, a partir dos sintomas apresentados, da história pessoal e relatos da vida atual do paciente.
Tratamento para síndrome de burnout
Já em relação ao tratamento da síndrome de burnout, em muitos casos, será necessária a associação de medicação e psicoterapia, além das mudanças de comportamento. Porém, há algumas atitudes que para evitar e se livrar da síndrome de burnout:
- Atividade física: é muito importante para a saúde física e mental. Não se deve usar a falta de tempo como desculpa para não praticar atividade física, pois sem isso os prejuízos são muito maiores do que o tempo dedicado à prática de exercícios;
- Avaliar como estão as condições de trabalho e fazer algo para mudar. Muitas vezes a pressão excessiva colocada sobre nós, somos nós mesmo quem a colocamos. Devemos aprender a dizer não quando for preciso e puxar o freio antes que seja tarde;
- Muitas vezes não percebemos que estamos mais irritados ou desanimados. Devemos ouvir a opinião de outras pessoas e levá-las em consideração, pois muitas vezes quem sofre de Burnout não se identifica;
- Prestar atenção no consumo de álcool e outras drogas: É frequente as pessoas usarem substâncias para relaxar, dormir ou até mesmo ter mais energia. Isso só agrava a situação e cria um segundo problema;
- Exercícios de relaxamento e meditação como, por exemplo, a mindfullness tem uma eficácia comprovada na diminuição do estresse e no controle da síndrome de Burnout. É possível aprender a fazê-la com a ajuda de vídeos na internet;
- Participar de atividades de lazer, encontrar com amigos e pessoas queridas e fazer atividades que fujam da rotina. Podem ser coisas simples, como ir a um parque durante a semana, assistir um filme com amigos ou visitar pessoas que não se vê faz tempo.
O descanso é essencial
Muitas pessoas trabalham até tarde ou só vão para cama dormir quando estão exaustas. É importante respeitar o corpo, se preparar para dormir, reservar as horas necessárias de sono. Não se deve cair na cilada de pensar que se está adiantando o trabalho, pois o rendimento irá cair nos dias seguintes se não se cuidar do sono.
Não deixar de procurar ajuda. Muitas vezes não conseguimos mudar nossos hábitos sozinhos e frequentemente nem percebemos que estamos ficando esgotados sem ajuda de uma outra pessoa. Ao identificar com esses sintomas, ela não deve deixar de procurar um psiquiatra ou um psicólogo. Cuidar da saúde física e mental tem que ser uma prioridade.
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