Síndrome nefrótica infantil: caso raro na filha de Júnior Lima

Junior Lima e Mônica Benini, que raramente falam sobre os filhos nas redes sociais, fizeram uma exceção nesta terça-feira (22) para revelar que sua filha Lara, de 3 anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica. O motivo? Transformar dor em esperança e usar sua visibilidade para alertar outros pais sobre uma condição rara que pode passar despercebida até ser tarde demais.

Aparentemente abalado, Junior inicia o vídeo explicando que o primeiro sintoma da filha foi um inchaço que, inicialmente, parecia normal. Esta coragem em expor um momento tão delicado pode estar salvando vidas neste exato momento.

Síndrome nefrótica infantil: o desabafo que viralizou e abriu os olhos do brasil

O casal que também tem Otto, de 7 anos, e procura manter a vida pessoal fora dos holofotes e não costuma falar publicamente sobre os filhos, afirmou que decidiu fazer o vídeo como uma forma de alerta. Em menos de 24 horas, o vídeo gerou milhares de comentários de pais compartilhando experiências similares e médicos elogiando a iniciativa de conscientização.

Lara, de 3 anos, está em tratamento e apresenta boa resposta, segundo os pais, trazendo esperança para milhares de famílias que podem estar passando pela mesma situação.

O que é a Síndrome Nefrótica?

Imagine os rins como peneiras ultra-finas que filtram o sangue, mantendo as coisas boas (como proteínas) dentro do corpo e eliminando apenas os resíduos. Na síndrome nefrótica, essas “peneiras” ficam com “furos maiores”, permitindo que proteínas importantes “escapem” pela urina.

Dados que todo pai precisa saber

A síndrome nefrótica caracteriza-se pela alteração na permeabilidade da membrana glomerular, resultando em perda de proteína maciça, hipoalbuminemia e edema generalizado (inchaço). Apesar de a síndrome nefrótica estar associada a muitas doenças renais, sua forma mais comum na infância (cerca de 90%) é a Síndrome Nefrótica Primária ou Idiopática.

A notícia esperançosa: das crianças que são acometidas pela síndrome nefrótica, 80% conseguem se recuperar ao longo da vida.

Como funciona o problema:

1. Fase inicial: os rins começam a “vazar” proteínas;
2. Consequência: menos proteínas no sangue = menos capacidade de reter líquidos;
3. Resultado visível: inchaço (edema) que começa sutil e pode se agravar.

Sintomas que salvam vidas: o que observar no seu filho

INCHAÇO (Edema)  – o sinal mais comum

• Rosto: especialmente ao acordar, pálpebras “inchadas”;
• Pernas e pés: tornozelos que ficam “marcados” pela meia;
• Barriga: aumento do volume abdominal;
• Genitais: inchaço na região genital.

URINA ESPUMOSA

A síndrome nefrótica é uma alteração nos rins que causa a excreção excessiva de proteínas pela urina, provocando sintomas como inchaço no rosto, tornozelo e pés, cansaço, urina espumosa

• Urina com muita espuma (como detergente);
• Espuma que demora para sumir;
• Cor da urina pode estar alterada.

MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO

• Cansaço excessivo sem motivo aparente;
• Irritabilidade aumentada;
• Perda de apetite;
• Ganho de peso rápido (retenção de líquidos).

❗ IMPORTANTE: nem todos os sintomas aparecem juntos. Às vezes, o inchaço pode ser o único sinal inicial!

Quando buscar ajuda médica?

Procure ajuda médica imediata se:

• Inchaço repentino no rosto da criança (especialmente de manhã);
• Urina espumosa persistente por mais de 2-3 dias;
• Ganho de peso rápido sem explicação (mais de 1kg em poucos dias);
• Dificuldade para respirar (líquido no pulmão);
• Diminuição significativa da quantidade de urina.

Procure um nefrologista ou nefropediatra se:

• Inchaço leve mas persistente;
• Criança muito cansada sem motivo;
• Histórico familiar de doenças renais;
• Qualquer dúvida – melhor prevenir!

Tratamento: a esperança que Junior e Mônica querem compartilhar

O tratamento inicial é sempre com o uso de corticoide e na maioria dos casos há resposta positiva!

Como Funciona o Tratamento?

Primeira Linha  – corticoides:

• Medicação que reduz a inflamação dos rins
• Ajuda a “fechar os furos” nas “peneiras” renais
• Maioria das crianças responde bem em 4-6 semanas

Cuidados complementares: a terapia geral para a síndrome nefrótica inclui uma dieta que contenha quantidades normais de proteínas e potássio, mas que seja baixa em gorduras saturadas, colesterol e sódio

Medicações de apoio: diuréticos, como Furosemida e Espironolactona, que aumentam a quantidade de água eliminada pelos rins, diminuindo o inchaço provocado pela síndrome

Prognóstico esperançoso: Com acompanhamento adequado e remissão dos sinais, os pequenos podem levar uma vida normal.

Por que esta história importa para toda família brasileira?

Realidade Nacional:

• 1 em cada 15.000 crianças pode desenvolver síndrome nefrótica;
• Diagnóstico precoce aumenta chances de recuperação completa para 80%
• Tratamento disponível no SUS – não há barreiras financeiras;
• Conscientização salva vidas – como mostra o exemplo de Junior e Mônica.

O poder do exemplo: a coragem de Junior e Mônica em compartilhar sua dor está criando uma onda de conscientização. Centenas de pais já comentaram reconhecendo sintomas similares em seus filhos.

o que você pode fazer hoje para proteger seu filho

OBSERVAÇÃO DIÁRIA:

1. Rosto da criança ao acordar – inchaço nas pálpebras?
2. Urina no vaso – está fazendo espuma?
3. Energia da criança – muito cansada sem motivo?
4. Peso corporal – ganhou peso repentinamente?

AÇÃO IMEDIATA:

• Fotografe sintomas para mostrar ao médico;
• Anote quando começou cada sintoma;
• Não espere “melhorar sozinho”;
• Compartilhe informação com outros pais.

REDE DE APOIO:

• Identifique o nefropediatra mais próximo;
• Mantenha consultas pediátricas em dia;
• Converse com outros pais – compartilhem experiências.

PROCURE UM MÉDICO

Se você identificou qualquer sintoma mencionado no seu filho, não hesite. A síndrome nefrótica tem excelente prognóstico quando tratada precocemente. O exemplo de coragem de Junior Lima e Mônica Benini nos ensina que falar sobre a doença é o primeiro passo para vencê-la.

A saúde do seu filho não pode esperar. Agende uma consulta pediátrica hoje mesmo.

Uma mensagem de esperança

Lara, de 3 anos, está em tratamento e apresenta boa resposta, segundo os pais. Esta é a realidade da maioria das crianças diagnosticadas precocemente. O medo inicial dá lugar à esperança, e histórias como essa se transformam em vitórias médicas.

Junior e Mônica transformaram sua vulnerabilidade em força para milhares de famílias. Este é o poder da informação compartilhada com amor.

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