Sintomas físicos da depressão
A depressão é um dos transtornos mentais mais comuns. Ela afeta pessoas de todas as idades e classes sociais, sendo a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Mesmo assim, muitas pessoas passam anos sofrendo com esse transtorno sem ter um diagnóstico adequado. Por isso, é importante conhecer os sintomas da depressão e os sinais dela na mente e no corpo.
O que é depressão?
A depressão é um transtorno psiquiátrico em que a pessoa tem sintomas, como tristeza profunda a maior parte do tempo, desânimo, perda de interesse e prazer pelas atividades que antes gostava, sensação de inutilidade ou de culpa, desesperança, irritabilidade e, por vezes, pensamentos de morte e ideias de suicídio.
Esses sintomas são diferentes da tristeza normal que todos sentem devido ao motivo específico ou desânimo. Saiba que na depressão tudo é mais intenso, a doença interfere no funcionamento da pessoa e persiste por mais tempo do que a tristeza normal, podendo durar semanas, meses e até anos.
Sintomas físicos da depressão
Além dos sintomas emocionais, existem várias alterações físicas no corpo que podem acontecer na depressão. Os mais comuns e que inclusive fazem parte dos critérios diagnósticos da depressão são:
1- Alterações do sono
Pode haver dificuldade para dormir ou excesso de sono. O mais comum na depressão típica é a pessoa ter insônia, que pode ser insônia inicial (dificuldade para pegar no sono), intermediária (acordar várias vezes no meio da noite) ou insônia terminal (acordar cedo demais ou de madrugada e não conseguir mais dormir).
Saiba que algumas pessoas com depressão têm excesso de sono, dormem muitas horas à noite, e até de dia, e ainda assim continuam cansadas, com a sensação de que o sono não foi reparador.
2- Alterações de apetite
Podem ser para mais ou para menos. O mais comum é a pessoa perder o apetite. Ela pode não sentir fome, ou até sente, mas não consegue comer, não tem vontade ou sente que a comida “não desce” ou não dá prazer. Muitas vezes, as pessoas relatam que estão assim há meses e que tiveram uma grande perda de peso por conta disso.
Existem outros casos, nas depressões atípicas em que a pessoa tem excesso de apetite ou hiperfagia (comer em excesso), mais do que o necessário, como se não conseguisse se satisfazer. Alguns também contam que não tem vontade de comer comida “de verdade”, mas tem muita vontade de doces ou alimentos gordurosos. Nesses casos, costuma haver um ganho de peso considerável.
3- Falta de energia
Esse é outro sintoma de depressão. A falta de energia pode variar em intensidade: tem pessoas que continuam fazendo atividades diárias, mas que sentem que tem que fazer um esforço enorme para coisas que antes eram comuns. Outros, pela falta de energia e cansaço, começam a deixar as atividades de lado: primeiro aquelas que consideram menos “obrigatórias” ou menos “essenciais” como atividades de lazer, hobbies, cuidados com a aparência, como fazer as unhas ou ir ao cabeleireiro, sair com amigos e praticar esportes. Depois, podem deixar de trabalhar ou de estudar, de cuidar da casa e até da higiene pessoal. Em casos mais severos, a falta de energia é tanta que a pessoa não consegue nem sair de casa.
Sintomas de depressão
Existem outros sintomas que não fazem parte dos critérios diagnósticos, mas que são comuns e que também podem ajudar a chegar no diagnóstico correto:
- Dores: a percepção da dor nas pessoas com depressão fica aumentada, como dores no corpo ou dor de cabeça. Algumas pessoas relatam que essas dores se intensificam. Além disso, pode haver relato de dores fortes e até incapacitantes, como dores osteomusculares, dor nas costas, no ombro, joelho, pescoço e também dor de cabeça. Por vezes essas pessoas ficam meses indo a vários médicos para descobrir a causa da dor, sendo submetidas a diversos exames, procedimentos e até cirurgias, mas não costumam obter um resultado satisfatório se não for diagnosticada e tratada a depressão junto com o tratamento físico.
- Sintomas gastrointestinais: a diminuição do fluxo do sistema digestivo que ocorre na depressão pode causar sensações como má digestão, inchaço, azia, flatulência, constipação intestinal e dores abdominais.
- Dor e aperto no peito: essa queixa é muito comum e está ligada a um sintoma emocional, mas que reflete no físico, que é a angústia. Geralmente quando as pessoas vão descrever a angústia, elas fazem até um movimento de aperto com a mão para demonstrar como elas sentem isso no peito, chegando a doer. Na depressão, a angústia nem sempre tem uma causa aparente ou uma causa proporcional, a intensidade é muito forte e dura muito tempo. É bastante comum as pessoas já acordarem com esse aperto no peito e passarem todo o período da manhã assim ou até o dia todo.
Diagnóstico de depressão
O diagnóstico da depressão é clínico. Não existem exames que façam esse diagnóstico, por isso, ele é feito com base na história do paciente, nas queixas e na observação do exame psíquico. A depressão não vai aparecer nos exames.
Porém, existem vários sintomas físicos que acompanham esse quadro e eles podem e devem ser investigados com a ajuda de exames para descartar outras causas. Afinal, a pessoa pode ter depressão e também ter uma doença física que esteja causando aquele sintoma. Ou então é possível pensar que o sintoma é da depressão, mas ele está totalmente relacionado com a doença clínica.
Lembre-se de que os exames solicitados vão depender da queixa apresentada e da avaliação do médico na consulta.
Tratamento para depressão
Os sintomas físicos costumam melhorar com o tratamento da própria depressão, feito com o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças de estilo de vida. Se houver sintomas físicos, as mudanças do estilo de vida se tornam ainda mais importante e fazem parte do tratamento: prática de atividade física, alimentação equilibrada, evitar o abuso de álcool e drogas, ter atividades de lazer e investir nas relações sociais como amigos e familiares, aumentando a rede de apoio da pessoa.
Podem parecer coisas simples, mas saiba que não é tão fácil para quem está passando por um quadro depressivo. Mesmo que pareça difícil, a pessoa que está passando por isso deve procurar um Psiquiatra e um Psicólogo para acompanhamento adequado.
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Veja o vídeo com a explicação da especialista:
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