Tumores Ósseos

Muitas pessoas já se depararam com saliências ou “caroços” em seus ossos, o que pode despertar preocupações sobre a possibilidade de ser um tumor ósseo. Aqui, abordaremos os tumores ósseos, explicando suas características, como diferenciar os benignos de malignos, os sintomas associados e os tratamentos disponíveis.

Tumores Benignos x Tumores Malignos

É essencial compreender a diferença entre tumores benignos e malignos. Os benignos surgem quando células normais começam a se multiplicar em um local específico do osso. Esse crescimento é organizado, lento e tem limites bem definidos. Ao contrário dos malignos, os benignos não invadem tecidos ou órgãos vizinhos, tampouco se disseminam pelo corpo através de metástases.

Já os tumores malignos têm origem em células que sofreram mutação, tornando-se diferentes das células normais em aparência e comportamento. Como resultado, essas células malignas se multiplicam de forma desordenada e descontrolada, crescendo rapidamente, invadindo tecidos e órgãos vizinhos e disseminando-se através dos vasos sanguíneos e/ou linfáticos, dando origem às temidas metástases.

Tumor ósseo - crescimento das células
Tumor ósseo – crescimento das células
Tumor ósseo - crescimento anormal das células
Tumor ósseo – crescimento anormal das células

Tumores Primários e Metastáticos

No contexto dos ossos, existem dois tipos de tumores malignos: primários e os metastáticos. Tumores primários são originados no próprio osso, enquanto os metastáticos surgem a partir de células tumorais que se deslocaram de outros órgãos, como próstata, mama, rim e tireoide, alojando-se nos ossos e formando metástases.

Essa diferenciação é crucial, pois o comportamento e tratamento dos tumores variam consideravelmente de acordo com sua origem.

Sintomas e Diagnóstico

Em muitos casos, eles apresentam poucos ou até mesmo nenhum sintoma, especialmente os benignos. Quando sintomas surgem, os mais comuns incluem aumento de volume, deformidades perceptíveis, dor, limitação funcional, redução da amplitude de movimento e fraturas patológicas (fraturas que ocorrem sem trauma aparente).

A história clínica do paciente também desempenha papel fundamental na avaliação diagnóstica. Tumores malignos primários tendem a afetar principalmente adolescentes e adultos jovens, como o osteossarcoma, tumor de Ewing e condrossarcoma, sendo mais comuns na região do joelho. Por outro lado, as metástases ósseas costumam ocorrer em pessoas acima de 50 anos, afetando ossos como a coluna, costelas, bacia e quadril. Essas metástases são, frequentemente, resultado do avanço de tumores de origem em outros órgãos.

Para confirmar o diagnóstico, o profissional solicita exames de imagem, como radiografias, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. Em casos suspeitos de tumores malignos, a origem do câncer é identidade através de exames específicos, como a cintilografia óssea. O especialista recomenda biópsia óssea, para que uma amostra do tumor seja retirada para análise microscópica.

Tratamento

O tratamento de tumores benignos pode envolver observação, acompanhamento com exames periódicos, medicamentos, fisioterapia ou, em casos mais invasivos, procedimentos como infiltrações, ablação tumoral e cirurgias para ressecção total ou parcial das lesões, com possibilidade de fixação, preenchimento cavitário ou reconstrução com enxerto de osso ou próteses.

Para os malignos, é necessária uma abordagem multidisciplinar. Em casos de tumores primários, o tratamento costuma incluir quimioterapia combinada à ressecção cirúrgica completa do tumor, com ou sem reconstrução. Já para casos de tumores metastáticos, o foco é no controle sistêmico do câncer, podendo incluir radioterapia ou cirurgia da metástase, conforme as características individuais.

Após avaliação, o especialista solicitará os exames necessários
Após avaliação, o especialista solicitará os exames necessários

A detecção precoce de tumores ósseos é essencial para um tratamento adequado e com mais chances de sucesso. Portanto, ao identificar quaisquer sintomas ou alterações nos ossos, é fundamental procurar um médico, especialmente um ortopedista oncológico ou oncologista.

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