Vermes: Sintomas, Prevenção e Impacto em Todas as Classes Sociais

Os vermes são parasitas que infectam o trato digestivo e que podem causar diversas doenças, chamadas de verminoses. Existe uma crença de que apenas pessoas mais pobres e que moram em regiões sem estrutura tem vermes, mas isso não é verdade. No Brasil, os vermes podem infectar pessoas de todas as classes sociais e a estimativa é que 8% das crianças que frequentam escolas e creches tenham algum verme.

Existem vários grupos de parasitas, ou vermes, dentre esses:

  • Protozoários, como as amebas ou a Giardia;
  • Helmintos, como Tenia, Lombriga, Ancilostoma, Oxiuros e Esquistossoma Mansoni.

Como os vermes infectam as pessoas?

Esses parasitas habitam o intestino das pessoas contaminadas e, na maioria das vezes, são eliminados nas fezes. Se essas fezes não forem tratadas adequadamente, como em áreas sem saneamento básico, elas podem contaminar o solo, a água e os alimentos ao redor. Isso porque, a forma mais comum de contaminação é a ingestão do ovo, ou o próprio verme através da água contaminada ou por alimentos contaminados com a água ou solo.

Vermes contaminam através de fezes em áreas sem saneamento, afetando solo, água e alimentos. A contaminação ocorre ao ingerir ovos ou vermes presentes nesses recursos.

Além dessa forma de transmissão, existem outras menos comuns, por exemplo, pela entrada da larva do verme através da pele, como no caso do Ancilostoma (o Amarelão) ou do Esquistossoma. Por isso, se a pessoa esteve em ambientes com saneamento básico ruim ou se comeu alimentos mal lavados e carnes cruas, por exemplo, ela pode estar no grupo de risco para ter verme.

Sintomas de verminoses

Nos casos mais leves, a pessoa pode não ter sintomas ou sentir apenas um desconforto, dor em cólica na barriga e  diarreia eventual.

Os casos mais graves afetam pessoas, principalmente, em duas situações: 

  • Pessoas com a imunidade reduzida (pessoas com HIV ou em tratamento de algum câncer) e em pacientes desnutridos  
  • Pessoas com uma alta carga parasitária, ou seja, com muitos vermes. 

Nesses casos, os sintomas podem ser perda de peso, diarreia abundante, muitas vezes com sangue e até desidratação. Saiba que esse é um quadro grave e a pessoa deve ser avaliada por um médico no pronto-socorro.

Além disso, existem outros sintomas como:  

  • Coceira no ânus: observe se existem mais pessoas ao seu redor com esse problema, pois pode sugerir a presença de Oxiuros, um verme que deposita os ovos no ânus, especialmente à noite e, por isso, causa coceira. Também é comum em crianças .
  • Comer carne de vaca ou de porco crua: isso aumenta o risco de contrair um parasita,  a tênia;
  • Problemas no fígado: se a pessoa for diagnosticada com problemas no fígado, barriga de água ou se ainda nadou em lagoas com caramujos, pode sugerir esquistossomose;
  • Palidez ou anemia: as verminoses são importantes causas de emagrecimento e anemia. No caso das crianças, nem sempre é fácil ver essa palidez e a queixa que deve levantar essa suspeita é a falta de energia. 
Coceira no ânus pode indicar presença de Oxiuros, um verme que deposita ovos no ânus, especialmente à noite, causando coceira, e é comum em crianças.

Como prevenir os vermes?

Entre as melhores maneiras para prevenir a contaminação de vermes, estão:

  • Lavagem de mãos após usar o banheiro, antes de cozinhar algum alimento ou antes de sentar e comer;
  • Lavagem cuidadosa de alimentos que devem ser consumidos crus (como frutas com casca, verduras e legumes da salada). Essa lavagem deve ser feita com água corrente e potável; 
  • Cuidado com a água:  as fontes de água não tratada como água de poço, lagoas e rios podem causar surtos de parasitoses. Se a fonte da água não for confiável, use água mineral embalada. 

Essas orientações ajudam a diminuir as chances de contrair verminose e lembre-se: ao apresentar algum desses sintomas, procure um Clínico Geral, Gastroenterologista ou Infectologista.

Continue acompanhando nosso site e tenha acesso às informações de saúde e bem-estar confiáveis para você se cuidar melhor!

Veja o vídeo com a explicação da especialista: